Após oito anos frente ao Executivo, o prefeito Matias Kohler (PP) despede-se da função em 2020. O filho de Erico Kohler e Olívia Wippel Kohler (ambos in memoriam), Kohler é pai de cinco filhos e marido de Patrícia Heiderscheidt. Foi vereador entre 1993 e 1996 e de 2009 a 2012, sendo o legislador mais votado nas eleições de 2008. Também foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores em 2009 e 2010, além de diretor geral da Câmara de 1997 a 1999.
De 1994 a 2002 foi presidente do Partido Progressista de Guabiruba. De 2001 a 2004 foi Secretário de Administração e Finanças, durante o mandato do Prefeito Guido Kormann. Foi membro e presidente do Coral Cristo Rei e presidente e tesoureiro da Associação de Pais e Professores – APP da Escola Municipal Paulo Schmidt, no bairro Pomerânia, completando dez anos de participação.
Atuou como presidente entre 2001 e 2009 na Associação Hospitalar de Guabiruba e é sócio Fundador de duas associações: Associação Catarinense de Intercâmbio e Cultura ACIC e Associação para o Desenvolvimento Rural de Guabiruba.
Sócio da Sociedade Recreativa Guabirubense e do Clube Esportivo São Pedro, Kohler também é sócio-diretor da Kohler Tinturaria Ltda, empresa da família localizada em Guabiruba. Kohler foi ainda o primeiro prefeito de Guabiruba a presidir a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI).
Confira qual o sentimento do atual prefeito e seus planos futuros.
Guabiruba Zeitung: Qual é o pensamento e o sentimento nesse momento de despedida do Executivo Municipal?
Matias Kohler: primeiramente de gratidão a Deus e aos guabirubenses que confiaram no nosso trabalho e participaram deste governo, por meio das parcerias, das sugestões e de todas as formas, permitindo um melhor resultado e uma Guabiruba em plena transformação.
GZ: Quais são seus planos a partir de 2021?
MK: Devo retornar as atividades da nossa empresa (KOHLER E CIA LTDA) ao mesmo tempo que continuarei apoiando e auxiliando a nova administração do Zirke e Cledson naquilo que puder ser útil em favor de Guabiruba.
GZ: Pretende continuar na vida política sendo candidato a algum cargo público ou vinculado de alguma outra forma ao meio político?
MK: Desde que ingressei na vida pública em 1993, sempre estive à disposição da comunidade, desta forma continuarei apesar de não ter nenhum projeto definido. A vida é feita de oportunidades e o importante é estar preparado quando elas se apresentarem e elas forem benéficas para o guabirubense e região.
GZ: Quais foram os momentos mais difíceis do seu mandato? 2020, pela pandemia, foi o mais desafiador?
MK: Num mandato de oito anos, muitos são os desafios, mas sem dúvida nenhuma a pandemia que estamos vivendo nos impõe uma responsabilidade e uma necessidade de vigilância diária buscando as melhores medidas de enfrentamento.
Tivemos outros momentos difíceis, como a crise financeira de 20015/2016, com a queda de arrecadação e necessidade de ajustes para aquele momento, a greve dos caminhoneiros que trouxe repercussões em nossa cidade também. Mas o importante é que conseguimos superar essas dificuldades sempre com o apoio e a compreensão dos guabirubenses.
GZ: Como foi estar internado na UTI com Covid-19? Mudou algo na sua visão sobre a doença após passar por essa experiência?
MK: A minha experiência com a Covid-19, que me levou à internação em UTI por seis dias e mais um dia de internação hospitalar, de certo modo só veio a confirmar aquilo que desde o início da pandemia todos já falávamos e sempre alertamos: o vírus não tem preferências e ninguém está livre dos seus perigos. Precisamos continuar cumprindo os protocolos e seguir as orientações de saúde já amplamente conhecidos.
No aspecto pessoal, alguns conceitos acabam mudando quando você está à beira da morte e consegue voltar. A importância da vida em si, valores como família, amigos e trabalho hoje vejo de forma diferente.
GZ: Na sua visão, qual o principal legado deixado na administração pública de Guabiruba nesses oito anos?
MK: Definir um legado talvez seja difícil, pois cada um de nós pode ter uma visão diferente, mas diria que a aproximação da comunidade com o governo, onde as decisões foram tomadas com base naquilo que a população quer, através das entidades organizadas, das audiências públicas e reuniões comunitárias, para mim será um legado forte que fica destes dois mandatos.
GZ: Quais os bônus e os ônus de ser prefeito de uma cidade?
MK: Como bônus diria que fica a oportunidade de poder mostrar que é possível fazer uma administração pautada em princípios éticos e morais onde a correta aplicação dos recursos públicos, a qualidade nas obras e a transparência nos atos resultam numa cidade melhor para todos.
Quanto ao ônus, em alguns momentos, a falta de compreensão por parte da população, somada aos interesses pessoais e/ou políticos geram algum desconforto, mas sempre soube entender e aceitar como parte do modelo democrático que vivemos.
GZ: Qual mensagem gostaria de deixar aos guabirubenses?
MK: Uma mensagem de gratidão, de carinho e de que possamos continuar unidos na defesa de nossa cidade e dos interesses dos guabirubenses. Saber distinguir as necessidades pessoais das coletivas, entender o processo de organização que Guabiruba vem experimentando nos últimos anos em relação ao crescimento ordenado e principalmente viver em harmonia superando as adversidades políticas que devem ficar resumidas ao pleito eleitoral.
GZ: Tem algo a mais que o senhor gostaria de destacar?
MK: Reforçar os agradecimentos a todos pela oportunidade de governar Guabiruba junto com meu vice prefeito Zirke nestes oito anos, e pedir que neste Natal sejamos abençoados pelo Menino Jesus, e que a proteção Divina nos ampare nestes tempos de pandemia. Que 2021 seja um ano de alegrias e prosperidade para todas as famílias. Feliz Natal e Abençoado Ano Novo para todos.