Créd. da Foto: Arquivo Pessoal

Mãe, esposa, dona do próprio negócio. Rita Comper Lang, 52 anos, é empresária e vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Guabiruba (CDL). Também integra a diretoria da igreja do bairro Lageado Baixo, onde mora e possui seu negócio, e é membro da Associação de Moradores local.

Há 26 anos, fundou a Loja Perttuti junto com um salão de beleza. Embora tenha fechado o salão há dois anos, muitas pessoas ainda a chamam de “cabeleireira Rita”.

A filha de Apolonia e Pedro Comper é casada com Marcial Felipe Lang e têm três filhos: Brian Ricardo Mannrich, Briana Carla Mannrich e Sabine Lordes Lang.

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Ela possui o segundo grau concluído no Instituto Federal Catarinense e já atuou como desenhistas das empresas Buettner e Schlosser. Com o pensamento empreendedor em mente, realizou vários cursos profissionais de cabeleireira, manicure e empreendedorismo.

Você confere como ela tem encarado os desafios de mulher empreendedora em meio à pandemia da Covid-19.

Guabiruba Zeitung: Como você iniciou seu negócio próprio, a Loja Perttuti?

RCL: A loja Perttuti foi fundada por mim em 1994 devido a uma grande vontade de ter o meu próprio negócio e acima de tudo desenvolver as minhas próprias ideias e projetos. No entanto, não foi fácil pois houve momentos em que trabalhava sete dias por semana e 15 horas por dia. Mas posso dizer que, apesar de todas as dificuldades financeiras e muitas vezes problemas de saúde, faria tudo de novo.

GZ: O que suas experiências lhe ensinaram sobre empreender?

RCL: As experiências que acumulamos ao longo da vida são o que nos ensinam que depois de cairmos é preciso levantar a cabeça e continuar tentando. Quem, como eu, trabalha com pessoas, entende que é muito importante saber entender as pessoas, porque ainda há muita gente honesta no mundo, e uma palavra bonita e um sorriso cativam mais do que dez rostos mau humorados.

GZ: Que desafios tem encontrado com a pandemia da Covid-19?

RCL: A Covid-19 trouxe muitas tristezas e causou grandes dificuldades para todos nós. Mas para o meu tipo de negócio, meu maior desafio desde o início da pandemia foi tentar entender, ou melhor dizer, aprender como me aproximar das pessoas, fazer com que o meu negócio funcionasse através da mídia, já que com as lojas fechadas grande parte do tempo, o número de vendas reduziu consideravelmente. Sempre fui uma empresária acostumada a lidar diretamente com o público e pouco me dediquei ao marketing. Com as dificuldades que a Covid-19 trouxe, como lojas fechadas, distância social, entre outros, tive que me reinventar. Me inscrevi em um curso online onde aprendi passo a passo de como lidar com redes as sociais, a ganhar mais confiança e finalmente descobri novas formas de vender, onde o resultado acabou sendo melhor do que antes da pandemia.

GZ: Como você analisa as diferenças entre lojas físicas e virtuais e considera necessário que os comércios físicos estejam no meio virtual?

RLC: Nada substituirá a experiência de que todos gostamos de ter de ir às compras, perambular e tocar tecidos e peças que gostamos. Mas a minha própria experiência me diz que podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Têm coisas que não precisamos tocar, como um típico jeans ou uma marca de produtos que já conhecemos e só precisamos repetir a mesma compra ou fazer um refil e, portanto, isso pode funcionar bem online. Hoje ando com os pés fincados no chão e posso garantir que tudo está caminhando no sentido de combinar loja física e virtual, pois o que realmente importa nisso é dar exatamente o que o cliente quer, e o mercado atual pede facilidade e rapidez.

GZ: Como você analisa o desenvolvimento do bairro Lageado Baixo? Seus clientes são a maioria do bairro ou seu comércio atrai pessoas de outros locais?

RLC: O desenvolvimento do Lageado Baixo se deve, em grande parte, ao enorme esforço da população local para tornar o bairro economicamente independente. Uma grande prova disso é o elevado número de empresários e microempresas locais, o contrário de há 20 anos em que as pessoas tinham que se locomover diariamente para Brusque para trabalhar. Também acredito que os emigrantes que aqui se instalaram, contribuíram em muito para o nosso sucesso. A maioria dos meus clientes é local, e um assunto que temos todos discutido recentemente é da importância de um ônibus local que circule com maior frequência entre os bairros de Guabiruba.

GZ: Como tem organizado seu tempo entre as atribuições de esposa, mãe, empreendedora, participante de entidades?

RLC: Como grande parte das mulheres, aprendi desde cedo a desenvolver várias funções ao mesmo tempo; esposa, mãe, empresária, para além de outras causas e associações às quais também me dedico esporadicamente. Me considero uma pessoa muito ativa e fico feliz em me dedicar a várias coisas ao mesmo tempo.

GZ: Há quanto tempo você participa da CDL e por quais cargos já passou? Teve algum deles que considerou mais desafiador?

RLC: Eu estou na CDL desde a sua fundação em Guabiruba no ano de 2014. Já ocupei os cargos de fiscal, tesoureira e atualmente vice-presidente. É muito gratificante ver a evolução da entidade já que começamos com pouco mais de 50 associados e hoje contamos mais do que o dobro. Isso apenas confirma que nosso trabalho é consistente e bem executado. Pela minha própria experiência, posso dizer que cada cargo que ocupei foi um grande desafio e uma experiência única.

GZ: Na sua visão, qual a importância da CDL para o fortalecimento do comércio local?

RLC: A CDL é a base dos nossos empreendedores. Guabiruba está crescendo e o comércio precisa dessa estrutura e apoio.

GZ: Tem algo a mais que gostaria de destacar?

RLC: Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para informar que, quando a pandemia passar, nós pretendemos estender o horário do Sábado Mais, que será um grande benefício aos nossos associados. Aproveito também para lhe agradecer a oportunidade de expressar a minha opinião nessa entrevista.

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