Créd. da Foto: Arquivo Zeitung

No início de 2020, quando entrevistado pelo Zeitung, o chef de cozinha Diego Hodecker, hoje com 30 anos, planejava ampliar a oferta de lanches que levavam o nome de bairros de Guabiruba. Ele não imaginava que uma pandemia estivesse prestes a marcar 2020.

Neste mês, a lanchonete Brotfleisch, do Centro na cidade, anunciou o fechamento. Hodecker conta que um dos motivos para encerrar as atividades foi a pandemia da Covid-19. “Houve o aumento dos produtos. Tivemos que nos adaptar ao delivery, pois não tínhamos esse serviço. Acabamos não tendo mais como dar o giro. Quando o negócio não dá lucro, nem se paga, não vale mais a pena ser mantido. Antes da pandemia, tínhamos clientes fixos”, diz o empreendedor, que atualmente trabalha em Itapema.

Como a Brotfleisch, outras 51 empresas de Guabiruba foram fechadas de janeiro a abril de 2021 e outras 15 foram suspensas. No mesmo período do ano passado, 45 haviam encerrado as atividades. Já contabilizando todo o ano de 2020, 115 foram as empresas baixadas, conforme levantamento do Setor de Tributação da Prefeitura de Guabiruba.

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Por outro lado, muitas outras empresas registraram suas atividades na Prefeitura de Guabiruba. Os números do Setor de Tributação mostram que de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020 foram abertas 400 empresas. Em 2021, abriram 195.

Comércio mais afetado

Conforme a fiscal de tributos, Giselia Lucia Soares, a pandemia afetou todas as áreas, principalmente os estabelecimentos que possuem atendimento direto com o público, como lanchonetes, restaurantes, lojas e comércios no geral. Também possibilitou a abertura de novos empreendimentos.

“Analisando a situação toda e comparando com outros anos, não foi um impacto tão grande. As empresas conseguiram se manter. Não temos os dados de demissões, então não sabemos dizer como andam essas empresas, mas os pagamentos de impostos estão ocorrendo, os alvarás que venciam em março foram quitados”, explica.

Ela também esclarece a diferença entre empresas que dão baixa e as que são suspensas. “Uma empresa para ser baixada precisa estar em dia com todos os seus débitos. Embora a baixa seja feita aqui, tem todo um processo na Junta Comercial. Quando é solicitada a suspensão, os débitos que existiam continuam, inclusive correndo juros. O benefício da suspensão é que não têm os encargos todos durante o período e não é necessário o pagamento de todos os débitos da empresa como ocorre no fechamento. Conforme o Código Tributário, o prazo de suspensão pode ser de até dois anos. Após esse período, a empresa deve retornar a atividade ou solicitar a baixa”, esclarece.

Para um início de ano, é um número considerável o de baixas e suspensões, afirma Giselia. No entanto, há uma realidade específica que envolve os Microempreendedores Individuais (MEIs). “Sobre as baixas, principalmente em MEI, a rotatividade é muito grande. Como é uma empresa individual, muitas pessoas não baixaram definitivamente a empresa, mas alteraram para outro município. Para nós é baixa, mas na realidade é transferência para outra cidade”, contextualiza.

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