Por David T. Silva 

Em uma coisa todos os pais concordam: os filhos são tudo para um pai. E eu não sou diferente. Pode parecer clichê, mas não existe amor maior, por mais que a gente se esforce para definir. Também sou pai, minha filha tem cinco anos. É apenas amor, puro, intenso e sem reservas. Um pai nasce quando é dada à luz a criança. Li outro dia e concordei: um pai tem a mesma idade dos filhos. Antes era alguém com rótulos, menos o de pai. Era empresário, filho, namorado, vendedor e tantos outros que carregamos, eu e todos os pais, por toda a nossa vida.

E é com a definição, de que seus filhos são tudo para ele, que o motorista, empresário e pai, Janio Benjamin de Souza, fala do amor pelos seus quatro filhos. “Meus filhos são tudo para mim. Sou muito chegado à família e quando chego de viagem todos vão lá em casa. É uma festa, adoro meus filhos”, fala com alegria.

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Janio Benjamin é pai de Greice, Marcos Alexandre, Janio Jeferson e Jeneiza. E avô de Ingride, Patrick, Monique, Yasmin e Maria Cecília. Todos moram em Guabiruba, Greice no Aymoré, Marcos Alexandre no Pomerânia e Janio Jeferson com a esposa Tânia e a filha, no Centro, na mesma casa com seus pais e a irmã caçula, até conseguir se mudar para a nova casa que comprou. Janio, o pai, fala que hoje é muito bom ser avô, porque tem tempo para ficar com os netos.

Ele saiu de casa cedo. Aos 11 anos foi estudar para ser técnico agrícola. Quando terminou o curso voltou para casa dos seus pais, casou com Irene, com quem já namorava e morou um ano com eles. Depois foi morar com os sogros. “Quase não convivi com meus pais, mas tínhamos um relacionamento muito bom”, relembra. Depois de algum tempo, Janio Benjamin decidiu mudar de profissão, virar caminhoneiro, influenciado pelo sogro que tinha cinco caminhões.

Janio Jeferson, um dos dois filhos que seguiu a profissão do pai, diz que sempre que o pai estava em casa, quando crianças, era muito presente. “A vida de caminhoneiro é viver na estrada e passear em casa. Ele é um pai como todos os outros”, fala o filho que se tornou caminhoneiro porque era seu sonho desde criança, também por influência do pai.

Durante essa reportagem, por volta das 18h de quarta-feira (4), entre uma conversa e outra por aplicativo de mensagens, Janio Benjamin disse que eles já estavam voltando e juntos. Estavam ainda no estado de Minas Gerais, pai e filho, mas cada um dirigindo um caminhão.

Janio, o filho, conta que a comemoração do dia dos pais da família é estarem todos juntos, no almoço preparado por dona Irene, na casa dos pais, e que este ano vai ser ainda mais especial, recuperados da Covid-19. “Vai ser uma comemoração maior por ter passado a doença e estarmos aqui para contar, e muitos outros para comemorar o dia dos pais juntos”, celebra. 

Ele conta que no retorno de uma de suas viagens sentiu alguns sintomas da doença e se isolou num dos quartos de casa, mas a pequena Maria Cecília, hoje com um ano e quatro meses, também testou positivo na época. “Graças a Deus foi só um susto”, comenta emocionado.

O motorista que aprendeu a profissão com o pai, fala que o significado de ser pai para ele é como um dom, uma dádiva de Deus, e usa aquela expressão lá do início: “minha filha é tudo para mim”.

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