Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, divulgada pela Federação Brasileira de Bancos em junho deste ano, o Pix já representa 30% das operações de pagamento em todo o país. E nos próximos meses, teremos muitas novidades dentro do sistema capitaneado pelo Banco Central.
Duas delas são o Pix Saque e o Pix Troco, funcionalidades que vão ampliar as possibilidades de uso do Pix na rede varejista. Além disso, ainda neste ano o Pix entra no contexto do Open Banking, e passa a permitir a iniciação de um pagamento por outras instituições regulamentadas para atuar dessa forma (como o WhatsApp, por exemplo).
“Ainda para o final deste ano está previsto o lançamento do QR Code do Pagador. A funcionalidade permitirá realizar um pagamento sem acesso à internet. E para 2022, o Pix Garantido, que vem para possibilitar compras parceladas através do Pix”, adianta Carolina Canto de Macedo Villar, especialista em Pix do Ailos.
Mas, mesmo já sendo popular, alguns mitos ainda cercam o Pix. Confira:
- Com o Pix, TED, DOC e boletos não vão mais existir.
Mito. Nenhum meio de pagamento será extinto. TED, DOC e boletos ainda têm utilidade para empresas ou pessoas físicas, dentro de suas características. Alguns estão, inclusive, passando por processos de modernização para se tornarem mais ágeis e atenderem novas demandas de mercado, como é o caso do boleto bancário.
Porém, acredita-se que com o tempo e a consolidação do Pix, os demais meios de pagamento sejam menos utilizados ou até substituídos em determinados casos de uso. “Será um movimento natural, causado pelas evoluções do mercado e adesão de cada vez mais pessoas e empresas ao Pix”, explica Carolina.
- Chaves do Pix são mais suscetíveis a fraudes. O sistema é inseguro.
Mito. A chave Pix nada mais é que um “apelido” para a sua conta bancária. Não há como fazer nada com a informação além de transferir dinheiro para você.
“Caso prefira passar uma chave para alguém sem revelar qualquer informação pessoal, você pode criar uma chave aleatória, que é uma combinação de números e letras criada pelo Banco Central. Os golpes ainda podem ocorrer porque, infelizmente, os criminosos focam na parte mais frágil da segurança: o usuário. Por isso, mesmo com toda a segurança do produto, precisamos manter comportamentos que não nos coloquem em risco, como enviar informações pessoais a estranhos e efetuar pagamentos a empresas duvidosas.”
- Usar o QR Code é mais seguro do que digitar a chave Pix.
Mito. Os códigos QR funcionam como um atalho para a chave Pix. Assim, em vez de divulgar a chave, basta exibir o seu código QR no caixa de uma loja, na tela do celular ou em uma mensagem no WhatsApp, por exemplo.
“A segurança é exatamente a mesma de digitar uma chave para fazer o pagamento no Pix e, para ambos os casos, é possível conferir os dados da conta destino antes de digitar a senha e efetivar o pagamento”, comenta Carolina.
- Todas as transações passarão a ser tarifadas.
Mito. Nem todas as transações no Pix serão tarifadas. Confira abaixo as regras aplicadas pelo Banco Central para tarifação do Pix:
“Dentro destas regras, cada Instituição pode aplicar as tarifas conforme desejar, desde que esteja tudo divulgado nas tabelas de tarifas”, explica Carolina.
- É obrigatório cadastrar a chave Pix no banco em que cai o meu salário.
Mito. Não existe obrigatoriedade de cadastro de chaves em nenhuma Instituição Financeira.
“É uma opção do usuário/cliente, que tem total autonomia para manter a chave na Instituição de sua preferência”, finaliza Carolina.