O tempo de espera para receber a vacina contra Covid-19 tem gerado reclamações entre os usuários da Policlínica. O motorista Antônio Garcia, por exemplo, já foi três vezes à unidade de Saúde para tomar a terceira dose e não conseguiu ser atendido.
“Dai a gente pergunta pras enfermeira e elas respondem que é só aguardar. Estão tomando café, mas tenho horário para cumprir no meu trabalho, não tenho como ficar lá uma manhã inteira para tomar a vacina, que passou do prazo”, relata.
O motorista conta que buscou o atendimento uma vez pela manhã e duas vezes no período da tarde.
De acordo com a secretária de Saúde, Amanda Kormann, uma das vacinadoras da Policlínica está afastada por problemas de saúde. “Temos quatro vacinadoras para atender a sala de vacinas durante a semana e elas se dividem em turnos, das 6h às 19h. Com o afastamento de uma delas, as demais estão se revezando e fazendo horas extras”, explica.
Amanda também ressalta todo o trabalho realizado pela equipe durante a pandemia. “Elas estão bem sobrecarregadas e cansadas. Estamos reorganizando a sala de vacinas e a partir da semana que vem já teremos uma nova funcionária no local. Acredito que um pouquinho para a frente vamos remanejar mais uma, por conta da demanda, que é alta”, detalha.
A secretária lembra que além das vacinas de Covid-19 também são realizadas as de rotina e campanhas, como a da Gripe. “Realmente são muitas pessoas para serem vacinadas por poucas profissionais. Pedimos desculpas as pessoas que estão tendo transtornos, mas realmente às vezes elas precisam parar para ir ao banheiro ou tomar um café. Quando elas estavam em quatro conseguiam se organizar para sempre ficar uma no atendimento. O que agora não é possível. Estamos passando por um momento delicado”, frisa.
Curso específico
Outro empecilho citado pela secretária é a necessidade de um curso específico para atuação nas salas de vacina. “Não é qualquer profissional que pode estar ali. Quando é vacina de campanha, como os mutirões que eram feitos no ano passado, nós chamávamos profissionais das unidades básicas de saúde, mas durante a semana isso não é possível, por conta dos afazeres deles na unidade. Tivemos uma dificuldade muito grande em conseguir o curso, pois o Estado teve que autorizar o ETSUS (Escola Técnica do Sistema Único de Saúde) a ministrar”, completa.