A rua Sibéria, no bairro Aymoré, é a via que dá acesso à Serra Paulo Kohler e se tornou uma rota de cicloturismo na cidade. Pensando nisso, a guabirubense Juliana Bohn resolveu homenagear a sua rua e também auxiliar os visitantes a se localizarem na região. Ela, os pais Geraldo e Guisela Bohn e o marido Jaison Luiz Habitzreuter trabalharam na criação e implantação de uma placa indicativa, que foi batizada de Sibéria Hof – pátio da Sibéria, em alemão.
“Na casinha está escrito em alemão Ich Liebe Sibéria (Eu amo a Sibéria) pois gostaria de demonstrar o amor por essa rua, que foi onde toda minha família nasceu e cresceu, tanto por parte de pai quanto de mãe. É aqui que meus antepassados se estabeleceram quando vieram da Alemanha, e, por isso, tenho orgulho de ser daqui”, conta a jovem.
Segundo ela, a ideia do projeto é embelezar a rua, mas também trazer orientação aos visitantes. “Como os nomes das ruas aqui perto são todos alemães (Sternthal, Russland, Grünerwinkel) também super combinou com a técnica de pintura utilizada, que é alemã também. Assim como a letra escolhida foi a gótica, para ficar mais alemã ainda”, detalha.
A placa fica ao lado da calçada, porém dentro do terreno da família, que também não poupou esforços no ajardinamento do espaço, que está cheio de flores. Eles também instalaram um banco na calçada para que as pessoas possam posar para fotos.
O projeto
Juliana conta que gosta muito de viajar e sempre fica encantada quando vê o trabalho de artesãos, pois eles têm o propósito de encantar as pessoas, de trazer mais beleza para as cidades.
“Sempre tive muita vontade de fazer isso na Guabiruba também. Fiz o curso de Bauernmalerei (Pintura camponesa Alemã) na Fundação Cultural por um ano e participava do Conselho de Turismo, na época. Dei a ideia de pintar a ponte da subida do morro São José e ano passado entre os meses de junho e julho fizemos a pintura. Desde que finalizamos a ponte, me deu uma vontade muito grande de continuar esse trabalho de pintar mais coisas pela cidade. Juntamente com o meu pai, que trabalha com madeira e ferro, desenhamos este novo projeto”, conta.
Depois de desenhado, o pai começou a fazer a estrutura do projeto, que foi todo executado com madeira reutilizada. “Meu pai terminou no final do ano passado a estrutura, mas eu só comecei a pintar em abril deste ano, pois estava envolvida em outros trabalhos. Desta forma, posso dizer que levaram uns 10 meses desde a ideia até a conclusão. Como é um hobby para gente, acabamos fazendo apenas nas horas vagas”, revela.
A finalização dos trabalhos ocorreu neste final de semana com a plantação das flores. “Colocamos uma estrutura para pendurar vasos com flores e também temos mais projetos em andamento para colocar perto deste. A intenção é que as pessoas se encantem, parem e façam fotos, pois o topo da Serra Paulo Kohler fica exatamente atrás da placa”, ressalta.
“O meu propósito é este: espalhar um pouco de arte e do amor pelo que faço pelo mundo. E tenho milhares de ideias em minha cabeça, que tenho certeza que um dia se tornarão realidade”, completa a artesã.