Imagem vista do Centro/Arquivo

A população de Guabiruba cresceu três vezes mais que a média nacional e acima da maioria dos municípios da região, segundo dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), referentes ao mês de julho de 2019. Pelos números do IBGE, a população estimada de Guabiruba atualmente é de 23.832 habitantes e há um ano era 23.272 (julho de 2018), o que representa crescimento de 2.40% em um ano.

Estima-se que o Brasil tenha 210,1 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,79% ao ano, apresentando queda do crescimento quando comparado ao período 2017/2018, conforme a Projeção da População 2018.

Guabiruba cresceu nos últimos 12 meses três vezes mais. Se comparado com os municípios da região, Guabiruba só perde em crescimento para São João Batista, que passou de 36.244 para 37.424 (+3,25%). Nova Trento 14.549 (14.312 em 2018), aumento de 1.65% e Botuverá 5.246 (era 5.169) o que representa crescimento de 1.48%.

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Se por um lado os números mostram que a qualidade de vida tem atraído um número maior de habitantes, por outro mostra a necessidade do poder público se preparar para este crescimento, sem necessariamente representar garantia de aumento nos repasses estaduais e federais, em especial o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os setores que mais refletem no aumento populacional são da saúde e da educação.

Para o prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, os números divulgados pelo IBGE não o surpreende, pois já vem de uma série histórica de dez anos ou mais, onde o município aumenta acima da média regional, estadual e até nacional. “Isso em termos gerais simboliza de que a obrigação aumenta a cada dia. O maior número de habitantes enseja uma melhor e maior oferta da quantidade de serviços nas áreas de educação, de saúde, de infraestrutura primária, enfim, de tudo aquilo que é de obrigação da cidade, mas por outro lado também nos leva a continuar acreditando que o trabalho, a construção econômica social,  administrativa, política, enfim, de todos os meios, que a gente vem fazendo em nossa cidade nos últimos tempos tem refletido nesta vontade”, avalia.

Para o prefeito, esse crescimento demográfico não vem do índice de natalidade, vem justamente da procura, da vinda de pessoas das mais diversas regiões do país, buscando um novo lar, buscando uma nova realidade para conduzir a sua vida. “Guabiruba tem sido esse porto, onde na verdade as pessoas procuram uma ancoragem segura e aqui eles vêm para construir uma cidade cada vez melhor. É um desafio para a administração pública, porque há uma obrigação de melhoria e acompanhamento deste índice demográfico, na oferta da rede de serviços básicos, mas por outro lado também são pessoas que vêm para contribuir e isso acaba alavancando também a economia do município”, frisa.

Para o Núcleo Empresarial de Guabiruba, a linha de raciocínio é basicamente a mesma da administração municipal. O coordenador Maico Tomasi ressalta que esse número (crescimento de 2,40) deve ser melhor avaliado, mas aparentemente ele é interessante para o município porque cria  uma demanda maior de consumo, principalmente no comércio, paralelamente existe uma oferta maior de mão de obra para as próprias indústrias e também para o próprio comércio, assim como também cria uma busca maior por atividades que geram receita na região.

Tomasi frisa ser necessário olhar por outro lado também: a estrutura do município tem que crescer na mesma proporção. “Esse crescimento um pouco maior que outras cidades da região não é algo exorbitante. Ele demonstra que a nossa cidade tem uma qualidade de vida, assim como nossa região como um todo na verdade, da qual a gente sabe que a pessoa busca um pouco mais de tranquilidade, não que Brusque não tenha, mas às vezes procuram uma região um pouco mais pacata. Com certeza ainda têm pessoas de outras localidades que estão migrando para cá, como sempre houve. O crescimento de Guabiruba sempre se deu em cima disso, mas com certeza esse número é muito menor do que já foi um dia”, diz o coordenador do Núcleo Empresarial.

Segundo ele, outra coisa importante é que crescer 2% em uma população de uma cidade que tem 20 mil habitantes é aumentar 1% em uma cidade que tem 100 mil habitantes, o percentual pode ter um dígito maior, mas em população não muda tanta coisa, portanto, tem que ter cuidado quando se avalia esse número. “Com certeza a gente pode dizer que para o comércio deve ter uma relevância positiva e com certeza a mão de obra é também bastante positiva”, conclui.

Crescimento populacional na região

Guabiruba

2014: 21.046
2015: 21.612
2016: 22.174
2017: 22.732
2018: 23.272
2019: 23.832
+2,4%

Brusque

2014: 119.719
2015: 122.775
2016: 125.810
2017: 128.818
2018: 131.703
2019: 134.723
+ 2,23%

Botuverá:

2014: 4.864
2015: 4.943
2016: 5.022
2017: 5.100
2018: 5.169
2019: 5.246
+ 1,4%

São João Batista

2014: 31.534
2015: 32.720
2016: 33.897
2017: 35.065
2018: 36.244
2019: 37.424
+ 3,25%

Nova Trento

2014: 13.379
2015: 13.621
2016: 13.861
2017: 14.099
2018: 14.312
2019: 14.549
+1,65+

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