Por Padre Marilton Nuss

Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 

 

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A representação do nascimento de Jesus Cristo aconteceu pela primeira vez em 1223, na cidade de Greccio, na Itália. Emocionado com o tema da natividade, São Francisco de Assis reuniu os pastores e os que trabalhavam com a terra para proclamar o Evangelho, onde Deus se faz humano tornando-se um de nós. Assim sendo, São Francisco realizou uma grande obra de evangelização e o seu ensinamento penetrou o coração dos cristãos que reproduzem a cada ano, essa importante simbologia, que nos ajuda na reflexão.

A criatividade dos presépios, neste tempo, é notável em muitos lugares, principalmente nas nossas casas, igrejas e na praça central da nossa cidade. Visitando alguns lugares, conseguimos encontrar variados tipos e origens: clássicos e contemporâneos, simples e grandiosos, nacionais e internacionais, das mais variadas técnicas e cenários. O objetivo é celebrar o nascimento do Menino Jesus e despertar a solidariedade, fraternidade e a esperança por um mundo melhor.

Num dos escritos do Papa João Paulo II encontramos: “O presépio é um elemento de nossa cultura e antes de mais nada, é um sinal de fé em Deus”. Portanto, armar o presépio em nossas casas e outros lugares ajuda-nos a reviver a história que aconteceu em Belém. 

É importante que as pessoas abram o espaço dentro de sua casa, o lugar mais íntimo para acomodar a manjedoura do Menino Jesus, uma vez que Jesus não tinha onde nascer, por causa do recenseamento da época. Que as pessoas preparem um ambiente propício para hospedar Cristo no seu coração, tornando-se um momento que perdure para a vida e não só na época de Natal. 

No Presépio encontramos alguns pastores que são “os mais humildes” e que se põem a caminho para encontrar Jesus. Eles sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade, mostrando que no Presépio há espaço para toda a criatura.

Todavia, os grandes personagens deste cenário são as figuras de Maria e de José. Maria é a mãe que contempla o Menino. Sua figura representa o grande mistério que envolveu esta jovem mãe que se colocou disponível e até hoje sempre presente. José, por sua vez, assume uma atitude de quem protege o Menino e sua mãe. É o guardião que nunca se cansa de amparar a sua família. O grande educador, homem justo e grande modelo de entrega à vontade de Deus.

Admirar o presépio é colocar-se em contemplação. É contemplar o rosto humano de Deus, tão parecido com o nosso, conseguindo assim conversar com Deus e entender que somos feitos à sua imagem e semelhança. É o Deus todo-poderoso, eterno e, agora, humano como nós. Já não estamos sós neste mundo, Deus tornou-se um de nós e mora conosco. Ele conhece nossas aspirações, nossos desejos, nossos sorrisos e nossas dores.

“Não importa como se constrói o presépio, se é sempre igual ou diferente; o que importa é que ele fale à nossa vida”. (Papa Francisco)



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