Por Grazielle Guimarães
Pessoas de diversas regiões visitam Guabiruba com o intuito de descobrir as belezas naturais que as inúmeras trilhas ecológicas do município oferecem. Com o desenvolvimento da cidade, muitas pessoas redescobrem Guabiruba como um ótimo destino para conhecer cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego.
Lucas Amaro, 36 anos, se apaixonou tanto pelas trilhas da cidade que acabou se tornando um guia turístico amador para os amigos e conhecidos. Há um ano ele começou a praticar caminhadas em trilhas de forma mais constantes e há oito meses coordena grupos.
“A procura de trilhas para Guabiruba chama bastante atenção pois as pessoas são muito interessadas em conhecer o município. Os principais destinos são as trilhas do Gueba, do morro São José, Spitzkopf, além de trilhas que levam à cachoeiras o que atrai muitas pessoas”, conta.
Segundo Lucas, ele primeiro faz um reconhecimento da trilha, e posteriormente, o grupo faz o percurso com ele, que auxilia no passeio. Segundo o empresário, outro atrativo é a religiosidade. “Muitas pessoas fazem o morro São José, por exemplo, por que são católicas e desejam ver a estátua do santo ao fim do percurso”, salienta.
Agora Lucas coordena grupos não somente para trilhas na cidade. O gosto pelo esporte foi tanto que organiza aventuras por outras cidades, como Florianópolis, e outros estados, como Paraná e Rio Grande do Sul.
O guabirubense Guilherme Stedile, 27 anos, pratica trilhas há quase dois anos e destaca que a procura na cidade aumentou muito nos últimos anos. “Tem muita gente que está fazendo trilha aqui em Guabiruba. As pessoas procuram a atividade porque, além de ser um bom exercício físico, você vai conhecendo a natureza, às vezes aparecem uns passarinhos diferentes, sem contar nas amizades que se fazem durante os passeios”, conta.
Uma questão importante para fazer ou não a trilha é o quanto de condicionamento físico o percurso exige. O secretário Municipal de Turismo de Guabiruba, Andrei Müller, explica que é difícil especificar se a trilha exige ou não um alto condicionamento físico, mas é importante que as pessoas se informem como é realmente o trajeto, quanto tempo demora ida e volta e como são as subidas.
“Nós sempre orientamos que as pessoas tenham a presença de um guia experiente na região, a prefeitura pode indicar agências que façam esse serviço e também, que as pessoas se informem sobre o trajeto e se preparem para a caminhada”, salienta Andrei.
As principais trilhas de Guabiruba
Morro São José
O caminho entre as árvores e a vista deslumbrante do alto do morro não são os únicos atrativos do São José, conhecido também como Trilha das 40 Curvas. As pessoas buscam a caminhada como forma de turismo religioso, tanto para conhecer a imagem que está no alto, quanto para realizar orações e promessas.
A caminhada pode ser feita através de trilha com percurso de aproximadamente 800 metros, o percurso conta com 40 pontos de oração com a imagem de santos e suas orações. No alto do morro há um acesso para o Oratório de São José, onde é possível ter uma vista panorâmica de Guabiruba e outro que leva ao parapente. O percurso total entre subida e descida dura em torno de 1h30.
Trilha da Gueba
Contemplando uma das maiores altitudes de Guabiruba a trilha do Gueba tem um mirante que permite ver, em dias de céu limpo, até o mar de Tijucas. O caminho requer um bom preparo físico dos aventureiros, que precisam estar dispostos a encarar subidas íngremes e constantes.
A trilha tem aproximadamente 3,2km de extensão. O trajeto é bastante íngreme e tem poucos trechos planos e, se tiver chovido no dia anterior, fica bastante embarrado e liso. Porém, a descida é mais fácil, e demora cerca de uma hora apenas.
Spitzkopf de Guabiruba
A trilha do Spitzkopf fica entre Gaspar e Guabiruba e é conhecida por ser a que mais aventureiros se perdem. Por isso, o recomendado é ir com uma ou mais pessoas que conheçam bem a área, incluindo guia turístico experiente na região.
Morro do Carneiro Branco
O ponto mais alto de Guabiruba está no Morro do Carneiro Branco e atrai diversos aventureiros que não se inibem com a mata fechada que contempla a região. O mirante fica a 940 metros acima do nível do mar, tendo 14,6km de extensão contando ida e volta, que dura cerca de sete horas.
Por falta de sinalização o local é conhecido como um dos mais difíceis e a companhia de um guia turístico experiente é obrigatória, tendo em vista o risco eminente de se perder dentro da mata.