Crédito Foto: Valci S. Reis

Desde o início da quarentena, no dia 18 de março, o último domingo, 29, foi o primeiro dia em que o reservatório da Guabiruba Saneamento não ficou completamente vazio. O esvaziamento ocorreu já no dia 19, e desde então toda a água que entra é consumida direto pela rede. Em alguns pontos da cidade, foi preciso enviar caminhões-pipa para atender a população que, nas regiões mais altas, são os primeiros lugares a ficar sem água.

Segundo o gerente de contrato da prestadora de serviço Thyago Freitas de Araújo, nesta segunda-feira, 30, o reservatório conseguiu acumular uma lâmina de 90 centímetros no final da tarde, com previsão de novo esvaziamento até a noite. “Aos domingos geralmente o consumo é menor. Porém, no início do isolamento, com todo mundo em casa, isso não aconteceu. Pelo contrário, o reservatório esvaziou. Agora, com mais tempo em casa, as pessoas estão gastando um pouco menos de água, mas mesmo assim a situação ainda é crítica. É preciso usar de forma consciente ou vai faltar”, explica.

Desperdício
Apesar de já terem sido feitos apelos à comunidade pela economia de água, a Prefeitura de Guabiruba tem recebido denúncias quase diárias da população sobre pessoas lavando telhados, calçadas, muros, cercas e carros. Ao serem informadas do local, as equipes da Guabiruba Saneamento fazem a fiscalização, mas os casos continuam acontecendo. Essa é uma das principais causas que fazem com que os pontos mais altos da cidade fiquem sem água primeiro e, se os hábitos não mudarem, mais casas ficarão desabastecidas.

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Mesmo quem tem poço artesiano deve se precaver. Guabiruba está há mais de 50 dias sem chuvas, com eventos isolados e insuficientes para restabelecer o volume normal de água nos rios. O ponto de captação no Bairro Guabiruba Sul, como mostra a imagem, está com as pedras à mostra.

Conforme a previsão da Epagri/Ciram, não deve chover significativamente em Guabiruba até o final desta semana. Mesmo que ocorram pancadas de chuvas, elas ainda não serão suficientes para que os rios voltem à normalidade. “E quanto mais próximo do final de semana, mais aumenta o consumo. Portanto, a situação tende a piorar. É preciso conscientização urgente”, finaliza Araújo.

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