Imagem: Rodrigo Bustamante

O candidato a prefeito entrevistado desta semana pelo Guabiruba Zeitung é Valmir Zirke (Progressistas). Em disputa ao paço municipal com chapa pura, ele conta com o empresário Cledson Kormann como candidato a vice.

Zirke é guabirubense, nascido no dia 3 de fevereiro de 1969, casado há 27 anos e pai de um filho. Atual vice-prefeito, o candidato é voluntário na Apae de Guabiruba, entidade da qual já foi presidente por três oportunidades, e também participou da organização da Stadtplatzfest.

Concorreu a um cargo político pela primeira vez em 2004, como candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores, recebendo 1331 votos na ocasião. Em 2008, como postulante a uma vaga de vereador, recebeu 648 votos, sendo o segundo candidato mais votado ao cargo, embora não tenha conseguido se eleger, e participa da atual gestão desde 2013.

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Guabiruba Zeitung: Por que você quer ser o próximo prefeito de Guabiruba? 

Valmir Zirke: Pela experiência que eu adquiri nestes oito anos, a minha participação, de estar todos os dias na prefeitura, e isso na história de Guabiruba você nunca viu, porque o vice-prefeito não tem obrigação de estar na prefeitura todos os dias, mas eu entendo que quem tem salário, tem que trabalhar, e é isso que eu fiz, e poder participar, acompanhar, não só dentro da parte administrativa, mas também nas obras, eu comparecia todos os dias, onde tivesse uma eu estava ali marcando presença, fiscalizando, cobrando para que ela fosse feita da melhor maneira possível, com o cuidado com o dinheiro público, essa sempre foi a minha preocupação. Isso me fez adquirir experiência também. E quando o Matias pegava férias, ou quando ele viajava para a Alemanha, isso me dava tranquilidade de assumir a administração. Eu e ele nunca tivemos queda de braço para mostrar quem é melhor. A nossa vontade sempre foi (unir forças) e fizemos isso nesses quase oito anos, nós somos um governo único e buscamos sempre mostrar um trabalho sério e é por isso que eu posso dizer com muita tranquilidade: hoje eu sou o melhor candidato a prefeito da cidade e porque hoje as pessoas reconhecem, nessas visitas que nós viemos fazendo nas empresas, nas casas, as pessoas nos falam isso, agora chegou a tua vez, pelo trabalho que o Matias e Zirke fizeram, mas neste momento Guabiruba tem que continuar avançando, e as pessoas enxergam que para isso teria que ser (com) Zirke e Cledson.

GZ: Quais serão suas prioridades na administração caso seja eleito? 

VZ: Temos várias prioridades, e eu posso dizer que nas próximas semanas, que antecedem a eleição, nós vamos entregar o plano de governo de casa em casa para as pessoas realmente conhecerem as propostas do Zirke e do Cledson. Mas eu diria que a primeira seria a transparência, a honestidade, aquilo que nós já estamos fazendo nesses oito anos eu vou dar continuidade, pra quem me conhece também, não só na política. Eu sempre digo e peço para que as pessoas me conheçam e me avaliem por aquilo que eu fiz antes. O fato de estar na política, o que a gente fez é uma obrigação também. Agora compromisso maior é você cuidar do dinheiro público, mostrando para as pessoas a honestidade. Elas já nos conhecem dessa forma, é uma marca desse governo, e com toda certeza vai ser uma marca do Zirke e do Cledson também. O que nós queremos fazer é o Guabiruba Fácil, que seria um aplicativo que facilitaria para as pessoas procurarem a gestão. Vai ser um canal onde elas vão acessar, se é na educação, já vai ser direto, se for na saúde vai ser direcionado, mas o bom é que não só as pessoas terão o acesso, mas a cobrança também (vai) existir da nossa parte, do prefeito e do vice, para que os nossos secretários estejam atendendo essas pessoas que procuram. É uma obrigação nossa atender os munícipes muito bem, pois todos são contribuintes, trabalham para que Guabiruba cresça, e isso seria o primeiro passo. Mas o portal da transparência hoje já existe, onde todos podem acessar e saber como estão as contas do município, e isso realmente nós vamos fazer, porque isso é a transparência da administração pública.

GZ: No plano de governo está previsto a implantação de um anel viário em Guabiruba. Já há algum estudo sobre essa obra? 

VZ: Pra quem acompanhou nossas lives já viu as imagens aéreas de onde seria isso. Será no bairro Imigrantes, na (rua) Evaldo Fischer, e eu já tive a oportunidade de participar de reuniões na Guabifios, onde estava o Núcleo de Empresários, inclusive o vice-prefeito de Brusque, o Ari (Vequi), que hoje é candidato também. Ele participou, porque não adianta só nós fazermos, temos que ter uma parceria junto com a Prefeitura de Brusque. Ele se comprometeu, num próximo mandato, e eu e o Matias já fomos conhecer onde passaria esse anel viário. Então será na Evaldo Fischer, ligando com a (rua) Varginha. Brusque viria então com a (avenida) Beira Rio, ali pelo Instituto Federal, que eles querem dar continuidade até Dom Joaquim e onde é a associação do Archer seria construída uma ponte, aonde quem vem do litoral, automaticamente, não passaria mais pelo Guarani, pegaria essa nova via, cairia na Guabiruba Sul, até porque ali tem um estudo também para a criação de uma área industrial que queremos fazer, então seria um acesso fácil para os caminhões conseguirem circular. Também queremos continuar as obras de ligação da rua Independência até o loteamento Dez de junho: queremos levar ela até a rua André Schaefer, na Pomerânia, bem como ligar até o bairro São Pedro, através da rua Lorena.

GZ: O candidato citou a realização de diversas obras, a Prefeitura terá orçamento para tirá-las do papel? Serão recursos que a administração ainda terá de pleitear? 

VZ: Eu digo isso com muita tranquilidade, como acompanhei e estou acompanhando e, passando as eleições, dia 16 de novembro, eu volto para a Prefeitura, pois meu mandato vai até o dia 31 de dezembro. Pra quem acessar e ver as contas da prefeitura hoje, nós estamos com um caixa muito bom e vai ser a primeira vez na história de Guabiruba, em 58 anos, que um prefeito assume em janeiro já fazendo obras, porque esse dinheiro está disponível pra que a gente possa inicia-las o mais rápido possível.

GZ: Um outro ponto do plano de governo do candidato é a ampliação da estrutura de atendimento de saúde. Como isso vai funcionar? 

VZ: Já estamos fazendo uma nova policlínica, temos a nossa no Centro, estamos construindo a nova no bairro Imigrantes. Com essa pandemia, está se gastando menos, são menos pessoas fazendo exames, menor procura por consulta, menor gasto com combustível para o transporte de pacientes para outras cidades, e isso realmente nos fez iniciar a construção do novo espaço. No Centro, onde é a atual, vamos fazer a Unidade Básica de Saúde Central, que hoje funciona em um imóvel alugado. E ali, quando foi construída essa policlínica também, há uma dificuldade com a sala do secretário (de saúde) que fica no segundo piso: se um cadeirante, uma pessoa quiser conversar com alguém, como ele vai acessar? Outra melhoria que a gente quer fazer hoje é na Associação Hospitalar. A Prefeitura repassa em torno de R$ 80 mil por mês, nós vamos ampliar esse repasse, e isso a gente ouve bastante que é ampliar o atendimento, então o que queremos é aumentar o aporte, e isso vamos fazer logo no início do governo, claro que com a autorização da Câmara de Vereadores. Queremos gradativamente aumentar o atendimento, que hoje é das 10h às 22h, nós queremos fazer 24h, para que as pessoas também possam ser atendidas durante a madrugada. Hoje qualquer coisinha depois das 22h você tem que correr pro Hospital de Azambuja. Vamos ampliar o posto de saúde do Guabiruba Sul, já ampliamos o do Lageado Baixo, que é um bairro que cresce muito, e ampliamos quase o dobro daquilo que já existia, e vamos fazer também com que diminua o tempo de espera no atendimento de consultas, exames. Hoje temos um consórcio que é da Cimvi (Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí), nós compramos muita coisa como exames, medicamentos, onde a gente consegue também agilizar esse atendimento às pessoas. Outra coisa que queremos fazer é firmar um convênio com a Unifebe, com o curso de medicina, porque a partir do prazo de três anos (do início) desse curso, os estudantes podem começar a atender nos postos, então já conversamos com a Rose (Rosemari Glatz, reitora da universidade) e vamos fazer essa parceria, além de apoiar as ONG’s, que a gente vê a importância, o trabalho bonito que elas vem fazendo.

GZ: Como irá funcionar o plano motivacional dos servidores presente entre as propostas do candidato? 

VZ: Nós tivemos um (bom) relacionamento com o sindicato (dos servidores), eu acompanhei todas as reuniões, e vamos dar continuidade com (esse relacionamento) com a classe, chamando os servidores também, porque muita gente sabe que um servidor motivado, com bom salário (rende mais). Hoje damos o cartão de vale alimentação de quase R$ 300 e vamos continuar melhorando naquilo que a gente pode. Não adianta virmos aqui prometer aquilo que a administração não tem.  Tivemos recentemente uma reunião com o sindicato e nos propomos a sentar, quando eles vêm até nós para discutirmos a melhoria dos salários dos servidores, e isso realmente aconteceu nesses oito anos, e com toda a certeza vai continuar.

GZ: Outro ponto do plano de governo diz respeito ao estudo sobre a situação das secretarias. O que pretende este estudo? Há a possibilidade de uma reforma administrativa? 

VZ: Eu deixei bem claro numa reunião que tivemos com o Núcleo de Empresários que nós não negociamos cargos. Queremos ganhar a eleição, esse é o primeiro passo, e quando eu digo isso é garantido. A partir do momento que nós ganharmos a eleição, aí sim vamos chamar o Núcleo de Empresários, pessoas, porque hoje, realmente, temos secretarias que estão funcionando muito bem. A gente sabe que algumas nós temos que melhorar, mas com certeza, não será nós sozinhos, prefeito e vice, que vamos decidir. Naquilo que está bom, vamos continuar, no que dá pra melhorar, vamos, e esse cuidado a gente sempre teve. O limite de gastos a gente sempre cuidou, porque sabemos da importância que é cuidar do dinheiro do guabirubense. Nós não produzimos dinheiro, se hoje temos um caixa, uma prefeitura enxuta, (foi) por causa do cuidado que a gente sempre teve. E é aquilo que eu sempre digo: eu tive um bom professor que é o Matias, mas eu também participei diariamente e posso dizer que fui um bom aluno, porque não faltava nas aulas, então não tem porque mudar aquilo que está funcionando, e a gente ouve isso das pessoas, então nós estamos ouvindo, anotando, e o tempo agora é mais curto. Na minha fala no Núcleo de Empresários deixei claro que passou a eleição, vamos convidar eles, junto ao vice e alguns vereadores, associações e entidades para que nos ajudem a escolher não um cargo político, mas um cargo técnico, aquilo que realmente a pessoa vai assumir e saiba o que vai fazer.

GZ: Apesar de representar então uma continuidade da atual gestão, seu governo deverá trazer mudanças na administração? 

VZ: (Será) um governo de continuidade, novo, e eu posso dizer pelo meu vice. Há uma renovação, o nosso partido é diferente, não é aquela coisa que tem que ser sempre as mesmas pessoas, nós não somos os donos. Temos que trazer pessoas novas, com ideias novas e isso fizemos escolhendo o nosso vice, mas com certeza eu não prometi cargo para ninguém. Como eu vou sair prometendo? Primeiro eu tenho que ganhar a eleição, essa é a maior preocupação. Então a gente quer que as pessoas nos ajudem, mas vamos fazer da mesma forma que eu e o Matias fizemos.

GZ: Uma questão que foi exaustiva nos últimos anos foi com relação ao abastecimento de água. Hoje a Atlantis tem a concessão para explorar os serviços na cidade. A Prefeitura vai continuar olhando com atenção para essa área apesar da concessão?

VZ: Com certeza, e eu falo isso com muita tranquilidade, porque acompanhei essa conversa quando o contrato estava quase vencendo, com o presidente da Casan. Em diversas vezes ele esteve aqui em reuniões com a Prefeitura, comigo e com o Matias, com os vereadores, quando ele nos garantiu investimentos de mais de R$ 3 milhões, e isso ficou só no papel, nunca aconteceu, e isso de uma empresa igual a Casan, que ficou 40 anos na cidade e nunca investiu ou fez um metro de tratamento de esgoto, o que no contrato era previsto. E aí eu digo que quando o contrato venceu, não tinha como continuar com a empresa que só falou e não fez. Quem seria o prefeito que renovaria com uma empresa dessas? Eu participei de toda negociação, tínhamos o interesse em municipalizar a água de Guabiruba, mas quando fomos conhecer aquilo que nos foi deixado de herança, que ninguém gostaria de receber, tivemos que contratar uma empresa, que era a Atlantis, e foi na época a melhor proposta, por isso foi contratada emergencialmente pra dar continuidade, porque não tinha como a gente assumir algo que a gente nem conhecia, e ai não tivemos outra opção a não ser abrir uma concessão. O que nos estranhou foi quando uma única empresa (Atlantis) participou desse processo de licitação e a Rio Vivo quis participar, mas apresentou uma proposta de querer fazer um consórcio, e o município não concordou, pois entendíamos que a empresa que fizesse o tratamento de água teria de fazer o de esgoto também, e ela poderia ter participado. Depois a empresa entrou com uma ação contra o município, alegando algo de irregular (no processo), e a AGIR (Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí) acompanhou, sabendo do trabalho sério que vinha sendo feito, mas isso parou (por) um ano no Tribunal de Contas, e ai não houve investimentos. Se me perguntarem hoje (sobre a situação), eu não concordo com o que está acontecendo, eu também sou consumidor, não concordo com a falta de água, com a qualidade, mas eu digo sempre que estamos cobrando, eu cobro diariamente para que façam as melhorias necessárias, e estão sendo feitas. Quando houve essa mudança, o Matias deixou muito bem claro que a torneira seria a mesma no dia seguinte, que isso não aconteceria de uma hora para a outra, porque os investimentos teriam de ser iniciados, e eles estão sendo feitos, e hoje existe uma luz no fim do túnel.

  GZ: Como quer ver Guabiruba daqui quatro anos caso seja eleito?

VZ: Eu faço parte desse governo também e participei da transformação da nossa cidade, e isso não é só um mérito meu e do Matias, é também da sociedade, dos guabirubenses, dos empresários que nos ajudaram a fazer isso, porque abrimos as portas para que as pessoas viessem nos ajudar a fazer a diferença. Fizemos várias reuniões em todos os bairros, audiências públicas, aonde as pessoas puderam trazer a sua opinião, e hoje muita coisa mudou, e a gente quer dar continuidade, porque as pessoas percebem a mudança nos quase oito anos com a nossa administração e vai ver na minha pessoa e na do Cledson, a continuidade, mas também um governo novo, mas da forma que foi feito, chamando a população para nos ajudar mais uma vez. Então vamos chamar o Núcleo de Empresários, as entidades, as associações, para que venham nos dizer aquilo que eles querem que nós façamos. A gente quer fazer com que as pessoas procurem Guabiruba, e isso a gente está fazendo. Quem anda por todos os cantos da cidade percebe pessoas vindo de Brusque e de outros lugares, vários investidores estão procurando Guabiruba por hoje ser uma cidade organizada, planejada e isso faz com que pessoas de outros estados (venham para cá), atrai pessoas para investir na nossa cidade. É isso que nós queremos fazer, dar continuidade na transformação da nossa cidade, chamando todas as pessoas que realmente querem ajudar a fazer uma Guabiruba ainda melhor.

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