Foto: Anderlei Zen

 

O sonho dos atletas da Associação de Futebol Educacional de Guabiruba (Afeg) está mais próximo. Tanto que neste ano 17 meninos, com idade entre oito e 13 anos, participam de testes no Centro de Treinamento (CT) do Trieste, clube paranaense que integra o Núcleo de Captação do Clube de Regatas do Flamengo, em Curitiba-PR, desde março deste ano. Novos atletas de 13 anos devem ir para o CT do Trieste até agosto.

De acordo com o treinador da Afeg, Marcio Cesari, foi depois de um jogo no interior de São Paulo, que o coordenador de captação do Flamengo, Nelson Kuroki fez uma visita em Guabiruba para conhecer a associação e ver a atuação dos meninos em um jogo.

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Márcio conta que atualmente os grandes times de futebol buscam meninos cada vez mais novos para avaliar e em alguns casos convidam para treinar diariamente nos CT’s até a idade em que podem ser aceitos nos times, como no caso do Flamengo, no Rio do Janeiro, que recebe meninos a partir de 14 anos. “O futebol hoje é um trabalho de longo prazo. A chance eles estão tendo, a visão da profissão. Vai do desempenho de cada um,” observa o treinador.

Segundo ele, a participação de cada um é importante. “É uma participação importante para eles que desejam ser jogadores. Eles ficam uma semana e são avaliados desde a técnica até a reação de ficarem longe da família”, frisa Cesari.

A estada dos garotos em Curitiba não tem custo, apenas os responsáveis pagam diárias. Conforme Cesari, os valores são bastante acessíveis e incluem alojamento e alimentação.

Três guabirubenses

Três meninos participaram de testes na capital paranaense na última semana de maio. Mateus Celva Siegel, Pedro Henrique Leal Zen e Nathan Adam Schaeffer.

 

Mateus, filho do talhador Marjori Siegel e da costureira Crislaine Morgana Celva, tem outro time no coração, o Palmeiras, mas a mãe diz que ele e a família não veem problema na participação nos treinos pelo Flamengo. “Qualquer clube que ele jogar nós iremos torcer e apoiar”, defende.

Ela também conta que foi uma alegria receber o convite para ir para Curitiba. “Ele sempre teve o dom com a bola. Acreditávamos que esse dia chegaria”, comemora e emenda ressaltando que não tem o que o filho de oito anos saiba fazer melhor. Como em um campeonato recente no Aymoré, em que o menino marcou seis gols.

Quem acompanha Mateus é o avô Amarildo Celva. Ele e os outros responsáveis pelas crianças ficam hospedados no CT. Crislaine diz que como seu pai é aposentado, fica mais fácil, já que é ele que costumeiramente leva o neto nos treinos de que participa pela Afeg.

Já quem viaja com Pedro Henrique é o pai Anderlei Zen. Torcedores do Flamengo, ele comenta que o convite para participar veio do coordenador, em um jogo no Aymoré. 

Anderlei conta que cada atleta é responsável por organizar suas roupas no armário e arrumar a cama. “Ele está gostando”, relata o pai, que elogia a estrutura e organização.”É um belo espaço com uma ótima equipe técnica. E bem disciplinar, muito bom para os atletas”, opina.

Para ele, é inexplicável o sentimento de ter o filho convidado para ser avaliado no clube. “Isso é uma chance única. É um orgulho muito grande poder vir, sentar na arquibancada e ver o filho jogar”, comemora.

Filho de pai palmeirense e mãe flamenguista, Nathan puxou a mãe. Torcedor rubro negro, o menino treina na Afeg desde os três anos. 

Serralheiro, Edio Natalino Schaffer, pai do Nathan, conta que a mãe Vania Becker está com o filho em Curitiba. “Ela é flamenguista doente, pelo filho nem se fala”, comenta ele.

Vania fala que por ser torcedora, o coração bateu mais forte quando o filho recebeu o convite do time do coração. Diferente do pai, que diz ficar feliz pela experiência do filho, o chamado vindo de qualquer time. “Não dou bola pra essa questão de ser o time A ou B. É um sonho dele ser jogador, então para onde for chamado nós temos que torcer para ele ir bem”, completa o pai.

 

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