A vereadora Maria Simone Fischer (MDB) respondeu nesta terça-feira (7) na tribuna da sessão do legislativo guabirubense, aos comentários do prefeito Valmir Zirke na matéria publicada pelo Zeitung sob o título: “Quer ser candidata a prefeita? Qualquer um pode ser, mas não é assim que se faz política”. Na matéria, o prefeito comentava a respeito do pronunciamento da parlamentar sobre as obras na escola Reunida Municipal João Jensen, na sessão ordinária de 21 de fevereiro, quando ela questionou a qualidade das obras da escola, que fica no Holstein, bairro São Pedro.
Simone ressaltou que a Câmara de Vereadores é a Casa Legislativa da cidade e que os parlamentares são fiscalizadores, legisladores. “Não somos puxadinho da prefeitura. Eu continuo com a convicção de que o vídeo que fiz e apresentei para os senhores vereadores aqui, sensibilizou vocês, porque muitos concordaram, mas sensibilizou também o próprio Poder Executivo, porque foram lá e fizeram as coisas. Foram lá e consertaram o rufo, tiraram o fio de telefone pendurado na caixa d’água, tudo certo. Simone está feliz. Fizeram”, ressaltou.
A vereadora ainda comentou que não faria sensacionalismo sobre o caso, e que não existe uma definição em concorrer às eleições para o paço municipal no próximo ano. “Me surpreendeu hoje a matéria no jornal. Não vou fazer sensacionalismo em cima disso não. “Quer ser candidata a prefeita?” Não sei. Já sabem por mim? Puxa! Só digo uma coisa. Aqueles que ficam tentando atravancar o caminho da gente: eles passarão e eu passarinho”, afirmou, utilizando um trecho do poema de Mário Quintana. “Tem outra coisa que está incomodando o Poder Executivo, é o meu posicionamento enquanto funcionária pública em defender a minha categoria. Eu sou funcionária efetiva e vou brigar pelos meus direitos e pelos meus, sim”, acrescentou.
Simone relatou na tribuna a conversa com uma eleitora que comentou sobre seus questionamentos. “Eu recebi de uma pessoa: ‘puxa Simone, se tu enquanto vereadora não pode fiscalizar, não pode questionar, imagina nós?!’. Ao finalizar, a parlamentar destacou sua participação nos eventos da cidade, questionada pelo prefeito. “Eu sei da minha agenda. Eu prestigio todos os eventos. Quando não consigo fazer pessoalmente, porque concílio com minha família também, tenho uma irmã especial e uma bebê a caminho, eu os faço conversando diretamente”, ressaltou.
“Ninguém vai me calar, só vou dizer isso. O prefeito disse que qualquer um pode ser candidato a prefeito, mas não é assim que se faz política. Acho que está na hora de parar de fazer política e pensar em administrar”, frisou.
Bocas de lobo
Sete dos nove parlamentares usaram a tribuna para solicitar manutenção nas bocas de lobo e ruas da cidade. O primeiro a se pronunciar foi o vereador Ronaldo Kohler (MDB) que relatou a solicitação dos guabirubenses acerca dos problemas causados por tubulação obstruída. “Não se sabe se foi mal projetado. Tantas coisas que recebemos durante a semana. No Lageado Baixo novamente as pessoas relataram a necessidade de consertos por parte da secretaria de obras”, frisou. Os parlamentares emedebistas Simone e Wagner Fischer Westarb também comentaram sobre os pedidos de moradores de outras regiões. Os vereadores progressistas Alexandre Felipe Pereira, Cristiano Kormann, Jair Francisco Kohler e Ricardo José Schlindwein também relataram problemas com as bocas de lobo em diversos bairros.
Ordem do dia
Foram aprovados os requerimentos n. º 4/2023 dos vereadores Alexandre Felipe Pereira, Cristiano Kormann, Jair Francisco Kohler, Ricardo José Schlindwein e Waldemiro Dalbosco, solicitando que sejam fornecidos os dados relativos ao valor da arrecadação, as despesas e a origem dos gastos com a Cosip pelo município durante o exercício financeiro de 2022, e n.º 5/2023 dos vereadores Maria Simone Fischer, Ronaldo Kohler, Vilmar Gums e Wagner Fischer Westarb, que requerem detalhes sobre as medidas de segurança nas cachoeiras do Parque Municipal Érico Vicentini.
Os vereadores ainda aprovaram em regime de urgência especial o Projeto de Lei Ordinária nº 5/2023 do Executivo, que cria o incentivo financeiro da assistência farmacêutica (IAFAR) provenientes de recursos financeiros de custeio do eixoestrutura do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (QUALIFAR–SUS).