A Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), fez o envio de um ofício destinado ao governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, no qual se posiciona contrária à nomeação de 90 auditores fiscais e 17 procuradores entre o quadro de servidores estaduais. O documento, subscrito pelo Conselho de Entidades de Brusque, repreende o ato, que representará um incremento de R$ R$ 3,87 milhões por mês, na folha de pagamento do Governo Estadual.
A aprovação da medida foi feita pelo Grupo Gestor do Estado, mas ignora e contraria a determinação do próprio órgão, que suspendeu a nomeação de servidores até o fim de 2020, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) e a necessidade de contenção de despesas para o enfrentamento da doença.
“Diversas entidades de Brusque e região receberam com preocupação e perplexidade tal informação. Em um momento no qual todas as atividades econômicas se esforçam na reestruturação de seus processos, para garantir o emprego e a renda, o Governo de Santa Catarina também deveria demonstrar sua preocupação diante do cenário e sinalizar investimentos em incentivos à geração de emprego e renda, infraestrutura, saúde e educação. Tais medidas garantiriam o aumento da arrecadação. Certamente, é esta a solução que o empreendedor catarinense espera, precisa e merece”, pontua o ofício, assinado pela presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti.
O documento não contesta a necessidade de admissão dos fiscais que, na avaliação dos empresários, pode até ser legítima. O momento, no entanto, é considerado inoportuno. “Todos os esforços públicos deveriam se concentrar na contenção da Covid-19 e em medidas que garantam o emprego e o sustento dos catarinenses. É com esta missão que o empreendedor brasileiro vive há quatro meses, o que também deveria estar refletido nas decisões dos representantes e gestores públicos”, finaliza o conteúdo do ofício.