Peterson Bueno Klock e Lenon Polheim, ambos atualmente no Presídio Regional de Blumenau, foram denunciados pelo Ministério Público pelo assalto a malharia no bairro Guabiruba Sul. Segundo a denúncia, em síntese, no dia 26 de maio de 2020, por volta das 9h, em comunhão de esforços com outros dois comparsas ainda não identificados, após contratarem um suposto serviço de frete, os acusados exibiram uma arma de fogo ao motorista do caminhão baú Ford Cargo e o amarraram no baú do veículo.
Na sequência, se deslocaram com o caminhão até uma malharia em Guabiruba, onde, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, renderam as vítimas, amarraram suas mãos e as colocaram no refeitório da empresa. Enquanto um dos assaltantes cuidava dos reféns, os demais subtraíram cinco toneladas em rolos de malha, com valor aproximado de R$ 70 mil. Além disso, foram subtraídos aparelhos celulares e outros objetos pessoais das vítimas. Os acusados e seus comparsas fugiram para Blumenau, onde o caminhão foi abandonado, com a vítima amarrada no baú. A carga e demais objetos foram baldeados para outro veículo, não sendo mais recuperados.
Os acusados foram localizados pela Polícia Militar de Blumenau, sendo autuados em flagrante na posse de um veículo VW/Gol, de cor vermelha, também utilizado durante o assalto para garantir a fuga dos agentes.
O Vara Criminal de Brusque condenou o acusado Peterson Bueno Klock à pena de 14 anos, três meses e três dias de reclusão, em regime inicial fechado (art. 33, §2º, ‘a’, do CP), e ao pagamento de 146 dias-multa, no valor de um trigésimo do salário-mínimo vigente à época dos fatos, por cada dia multa. Lenon Polheim, também identificado nos autos, foi condenado a 20 anos, quatro meses e 13 dias de reclusão, em regime inicial fechado (art. 33, §2º, ‘a’, do CP), e ao pagamento de 206 dias-multa, no valor de 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos, por cada dia multa, corrigidos na forma legal.
Ambos também deverão pagar as custas processuais na proporção da metade para cada um. Não foi concedido aos acusados o direito de recorrerem em liberdade, razão pela qual permanecem no Presídio de Blumenau.