No início da tarde de domingo, 26 de janeiro, a Delegacia de Polícia Civil de Brusque recebeu uma ligação de um médico do Hospital Azambuja dizendo que havia sido internada naquele hospital uma parturiente que possivelmente teria apresentado documento falso. Isto porque, a gestante apresentou apenas uma cópia de uma carteira de identidade e diante da suspeita, a equipe médica realizou algumas perguntas básicas àquela grávida, tais como: seu nome completo, nome de sua mãe, sua idade, local de nascimento, sendo que a mulher não soube responder nenhuma das perguntas, apresentando-se confusa e nervosa diante da situação. A gravida teria chegado ao hospital acompanhada de um casal, seu suposto marido e uma outra mulher que estava de acompanhante.
De posse das informações, o delegado de polícia plantonista dirigiu-se até o Hospital para conversar com o médico e com a enfermeira que estavam atendendo a parturiente, ocasião em que foi apresentada ao delegado a cópia da identidade que a gestante trazia consigo, sendo possível constatar uma suposta falsidade material na cópia do documento, uma vez que aparentava ter sido colada uma foto da grávida por cima da foto original daquele documento de identidade.
Após algumas diligências, verificou-se que o número do RG apresentado pela parturiente pertencia, na verdade, àquela mulher que a levou ao hospital e que esta mulher era esposa do homem que inicialmente se apresentou como marido da gestante, sendo que o homem estava na maternidade com a mãe e o bebê recém-nascido.
O casal consentiu em prestar esclarecimentos na Delegacia, oportunidade em que o homem admitiu que ele e sua esposa estariam tentando assumir a paternidade daquela criança que acabara de nascer, e que tinham entrado em contato com a grávida pela internet, tendo esta se deslocado de Goiás até Brusque para ter o bebê nesta cidade. Segundo disse o suspeito, a grávida tinha consentido em registrar seu filho como sendo filho do casal, por não ter condições de criar a criança. A mulher, por outro lado, negou todas as acusações, dizendo que não tinha interesse em assumir a paternidade da criança recém-nascida, mas que apenas estava ajudando aquela mãe que estava em uma situação difícil.
Junto com o casal, estava uma criança de apenas 4 anos que foi identificada como filha da grávida, sendo que essa criança teria vindo junto com sua mãe de Goiás até Brusque, com passagens custeadas pelo casal suspeito. A criança foi entregue ao Conselho Tutelar.
Foi instaurado Inquérito Policial para a melhor apuração dos fatos e as investigações.