A comunidade São Cristóvão, no Aymoré, em Guabiruba, realizou neste sábado (6) e domingo (7), a 54ª Festa dos Motoristas.

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De acordo com o coordenador do Conselho de Pastoral da Comunidade (CPC), Marcos Antônio Schweigert, o início das comemorações foi em 25 de julho, dia de São Cristóvão, com uma missa em honra ao padroeiro da comunidade. No domingo seguinte, dia 31, iniciaram as missas todos os dias em preparação para o domingo dia 7, data escolhida para a realização da festa dos motoristas.

Nesta semana de oração em preparação para a festa, o coordenador conta que foram vendidos mais de 1,2 mil cachorros-quentes após as missas. Já na sexta-feira (5) foi iniciada a venda de cucas de diversos sabores às 6h e só foi finalizada no sábado às 17h porque acabaram os recheios. “Ao todo, foram vendidas 1.005 cucas. Mesmo com trigo e açúcar não conseguimos fazer mais, porque não tínhamos recheio como banana e abacaxi”, revela.

A chuva

Marcos frisa que mesmo com a chuva as pessoas participaram da festa no final de semana. “No sábado à noite, mesmo com a chuva, o pavilhão estava lotado, tinha muitas pessoas”, comenta.

A comunidade se preparou para receber cerca de 800 churrascos e 800 pratos para o almoço de domingo, além de bolo, cachorro-quente e café.

Segundo o coordenador, a festa contou com aproximadamente 200 voluntários. “A festa acontece pela participação da comunidade que trabalha de forma voluntária”, ressalta.

O início

O coordenador conta que a Festa dos Motoristas iniciou no ano de 1967 após a instalação de uma imagem de São Cristóvão na capelinha do Aymoré, onde havia somente a cruz de madeira. Ele relata que Anselmo Boos questionou o padre Matias, em uma viagem que fizeram juntos para o oeste do estado, sobre uma imagem do santo que viram por onde passaram.

Segundo Marcos, Anselmo disse que deveriam ter uma imagem do santo na capelinha do Aymoré. E logo depois foi colocada a imagem. 

“As primeiras festas eram realizadas em frente à capelinha. Depois foi construída e igreja, neste terreno, que parte foi doado pelo padre Antônio Boos e seus irmãos e parte adquirido pela comunidade”, conta.

 

A procissão

Antes da saída da procissão da igreja matriz, no centro, no horário marcado, a comunidade já se colocava a postos para ver e seguir com seus carros. Como o aposentado Heinz Alfarth, que mora em Guabiruba há 30 anos e desde então participa das procissões e festa dos motoristas. “É uma tradição bonita, que fica para a história”, comenta ele, que também conta que ele e a esposa Jacinta participam com seus dois automóveis para receber a benção. “Ela vai no meio e eu vou depois”, emenda.

Ela também elogia a tradição da procissão e festa. “Acho lindo e é importante receber a bênção porque estamos sempre na estrada”, acredita.

Diferente do empresário e cinegrafista Irineu Oliveira que conseguiu a bênção do carro da família apenas uma vez por precisar chegar antes no local. Ele é contratado por um empresário guabirubense para gravar a passagem dos veículos e motoristas que recebem a benção. “Uma vez a minha esposa conseguiu vir dirigindo, mas eu sempre preciso estar antes do começo, o que dificulta a participação”, revela.

Irineu, que faz o trabalho há 30 anos, é filho do fotógrafo mais antigo de Guabiruba, o seu Luiz de Oliveira, que também exerce um trabalho importante de registro fotográfico dos veículos para empresas e particulares que querem ter a imagem do momento da benção.

De acordo com ele, cerca de 750 veículos estiveram nesta 54ª edição da festa e procissão. Ele revela que fez uma foto por veículo, seja caminhão ou automóvel, que passou pela frente da igreja para receber a bênção.

 

 

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