Nas últimas eleições municipais, ocorridas em 2016, os dois vereadores mais votados foram Harri Westarb Neto “Godo” (Podemos) com 798 votos (6,62% dos votos válidos) e Felipe Eilert dos Santos (PT) com 693 votos (5,75%). Ambos não irão concorrer ao pleito de 2020.
Antes das convenções, estimava-se que Godo seria o candidato a vice-prefeito ou de Valmir Zirke (PP) ou de Orides Kormann (MDB), o que acabou não se concretizando. O Podemos ficou fora de coligações para a majoritária e não colocou candidatos a vereador as eleições deste ano.
“A reeleição a vereador não ocorreu porque dei a palavra a uma pessoa que tinha o desejo de se candidatar a vereador deste ano, pessoa que um tenho um carinho muito grande e admiro a vontade que ele se expressou em querer ser candidato”, afirmou Godo.
Ele também declarou que seu objetivo era concorrer ao Executivo. “A preferência seria a vice-prefeito para pegar mais experiência para um futuro próximo concorrer a prefeito. E o maior exemplo disso tudo é o prefeito da cidade de Colatina que não irá para a reeleição a prefeito. Nossos legisladores também deveriam pensar desta forma”, pontuou.
Já Felipe Eilert dos Santos (PT), que assume uma cadeira no Legislativo há quase oito anos, chegou a colocar seu nome como pré-candidato, mas declinou. “Quanto as candidaturas na proporcional, gostaria também de comunicar que por motivos pessoais, declino da minha candidatura a vereador”, disse.
Conforme o vereador e líder do PT em Guabiruba, o partido deliberou orientar os filiados para escolherem as candidaturas na majoritária que melhor simpatizarem. “Acreditamos que assim, nossos pré-candidatos a vereador poderão atuar com independência, caso se elejam, sem nenhum tipo de vínculo com o Executivo, para fiscalizar e defender unicamente os interesses da população e não partidários”, afirmou Santos.
A atual presidente da Câmara de Vereadores, Rosita Koher (PP), a primeira mulher a presidir o Legislativo guabirubense, também não irá concorrer ao pleito em 2020. “Estou encerrando o meu segundo mandato como vereadora. Neste tempo, pude aprender e contribuir muito. Penso que esta contribuição que dei ao povo guabirubense deve continuar, porém, com novas lideranças femininas. Por isso que a tempo já venho incentivando as mulheres”, declarou.
Rosita reforçou que a atuação da mulher na política precisa continuar. “Hoje, Guabiruba conta com mulheres em diversos cargos da administração municipal, em todos os escalões, e isto me deixa muito feliz. Feliz também por ter sido a primeira mulher da história a assumir a Presidência do Legislativo Guabirubense. Meu compromisso com Guabiruba vai até 31 de dezembro, e até lá honrarei a cada um, sempre com muita transparência e respeito ao povo”, enfatizou. “Vejo como algo normal não estar concorrendo novamente ao cargo, pois estou em meu segundo mandato (não seguido), e justamente pelo Partido ter ótimas opções femininas nesta nova nominata de candidatas ao pleito de 2020, fiquei ainda mais tranquila. Assim poderei estar mais com minha família, meus pais, curtir os netos, e agora, os gêmeos que acabaram de nascer. Enfim, estou fazendo minha parte e com certeza, novas mulheres irão continuar este legado que iniciei”, manifestou ela, que acaba de ser novamente avó. Desta vez, de gêmeos.
O vice-presidente da Câmara, Paulo Ricardo Gums “Minhoca” (PP) também não será candidato neste ano, embora fosse um dos atuais vereadores que mais demonstrava interesse em continuar no Legislativo.
Ele afirma que foi o vereador mais jovem da história política da cidade, assumindo o mandato aos 25 anos, com o fim de representar os interesses da população em geral, especialmente a juventude e os munícipes do bairro Aymoré. “Algumas das metas traçadas para o bom desempenho da atividade política foram frustradas pelos entraves que permeiam a Administração Pública, notadamente porque muitas delas dependem da determinação do Poder Executivo, que também não consegue atender tudo e não exclusivamente do Poder Legislativo”, declarou, acrescentando que: “levando em conta ainda o contexto da pandemia Covid-19, o desgaste da classe política, a fragilidade e o desestímulo de alguns apoiadores da campanha anterior e da existência de outros projetos pessoais, optei em abrir mão de ser candidato. Apesar dos dissabores dessa desistência, normal a quem é agente político, estou feliz pela minha atuação neste mandato, que finalizarei ao fim do ano, porque sei que dei o melhor de mim”, disse ele, declarando que lança seu nome como pré-candidato a prefeito em 2024 e neste ano apoiará
Jaime Luiz Nuss (MDB) também não concorre as eleições em 2020. O emedebista foi vereador de 1997 a 2000 e de 2013 a 2020, ou seja, 12 anos. Ele afirma que dois motivos o levaram a essa decisão. “Assumi a presidência do MDB em 2019 com a intenção de ajudar o partido na organização das eleições deste ano, inclusive o trabalho do diretório já rendeu frutos. Pela primeira vez o MDB tem cota máxima, 14 candidatos participando da eleição. Então ficamos muito felizes: temos nove candidatos homens e cinco mulheres”, destacou Jaime, revelando que o segundo motivo é pessoal e familiar. “Trata-se de uma situação de doença na família”.