Crédito Foto: Grazielle Guimarães

O anúncio de que os comércios não essenciais como lojas e restaurantes deveriam ser fechados, inclusive em Guabiruba, criou certa resistência e muitos empresários não acreditaram que, realmente, teriam que fechar as portas e dispensar os funcionários por sete dias. Até que a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Guabiruba, seguindo as recomendações da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) informou na manhã de quarta-feira, 18, que o comércio da cidade deveria permanecer fechado por sete dias. 

Segundo a nota divulgada, as entidades compreendem a necessidade e importância das medidas, ainda que extremas, assinaladas no Decreto publicado pelo Governo do Estado. “A orientação aos nossos associados é de que se adaptem a essa realidade, ainda que provocando impactos altíssimos na economia, entendendo que as restrições contidas no Decreto, são em busca da preservação da vida e da qualidade da prestação dos serviços médicos e hospitalares”, explica o presidente da FCDL/SC, Ivan Roberto Tauffer.

O presidente da CDL Guabiruba, Giovani Ricardo Piaz, destacou que o cumprimeto da medida deve ser realizado assim que possível, visto que a partir de quinta-feira, 19, poderá ser utilizada força policial para garantir o total cumprimento do Decreto. 

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“Temos uma imensa preocupação com os prejuízos econômicos que esta medida vai trazer aos nossos comerciantes. Por outro lado, precisamos entender que se trata de um caso gravíssimo de saúde pública, de modo que além de recursos financeiros podemos perder entes queridos”, ressalta. 

Trabalho remoto

Diante disso, muitas empresas adotaram o trabalho remoto ou o home Office, incluindo a própria CDL Guabiruba, que durante este período de sete dias atenderá os associados e a comunidade de forma remota, pelo WhatsApp (47) 9 9211-0220. Outras empresas e entidades anunciaram a suspensão dos atendimentos como o Guabirubense, que apesar de comunicar que manteriam os atendimentos, teve que informar aos seus clientes e que a equipe trabalharia de forma remota.

A Kohler & Cia fez uma paralisação parcial, tomando cuidado com a higiene e arejamento da fábrica, realizando algumas atividades de forma remota e suspendendo os atendimentos. Funcionários com doenças crônicas ou com 60 anos ou mais, foram dispensados temporariamente. A Apae Guabiruba também paralisou suas atividades. A Guabiruba Saneamento anunciou na quinta-feira, 19, que atenderia aos clientes de forma remota.

Até mesmo a equipe do Guabiruba Zeitung adotou a medida e finalizou a edição desta semana em home office. 

Preços abusivos e falta de produtos

Apesar de anunciar a suspensão do atendimento presencial, o Procon de Guabiruba, que funciona na Casa da Cidadania, reiterou que reclamações podem ser encaminhadas para o e-mail procon@guabiruba.sc.gov.br. Outro canal para denúncias e esclarecimento de dúvidas é o www.consumidor.gov.br, site ligado ao Ministério da Justiça e que é monitorado pelo Procon estadual.

O coordenador geral do Procon de Guabiruba, Eduardo Machado, alerta para a prática de aumentos abusivos de preços. “A elevação exagerada de preços dos itens de prevenção à doença como máscaras descartáveis, álcool gel e luvas é considerado prática abusiva e fere o Código de Defesa do Consumidor”, explica. “A abusividade, no caso, consiste no fato de que a elevação do preço decorre não de uma prática comum e permitida, mas da angariação de lucro à custa de uma situação emergencial”, complementa.

Conforme orienta o Procon estadual, os consumidores podem enviar suas denúncias acompanhadas por fotos. A elevação do preço a partir de 50% do valor comumente praticado é sinal de alerta e deve ser denunciada.

As farmácias de Guabiruba já na terça-feira, 17, apresentavam faltas de máscaras e álcool gel, as que tinham os preços estavam cinco vezes mais o valor comum. Na Guabifarma, situada no Centro de Guabiruba, foram vendidas 200 unidades de álcool gel em um único dia. Máscara só havia um modelo. “Não existe mais nem mesmo o frasco no mercado, algumas poucas indústrias têm a matéria prima. O álcool já vem com o preço superfaturado para nós, uma média de cinco vezes mais do que o normal”, salienta Roni Ferreira, farmacêutico.

Já a Farma Mais, localizada próximo à Câmara Municipal de Guabiruba, optou por não comprar álcool em gel dos fornecedores, justamente por conta dos preços elevados. O material está em falta desde segunda-feira, 16, sem previsão de chegada. A Farmaplus também está sem álcool gel e máscara sem a previsão de chegada. 

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