Coronavírus: Empresários driblam problemas com a atual situação da China

Atraso e falta de mercadoria estão entre as dificuldades apresentadas

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Crédito Foto: Alex Plavevski/PA-EFE/Shutterstock

Covid-19, nome do novo tipo de Coronavírus que saiu da cidade chinesa de Wuhan e se espalhou pela província de Hubei, epicentro do surto, com uma velocidade assustadora. O vírus, que é transmitido pelo ar, se espalhou pelas cidades da China, chegando rapidamente a outros continentes, assustando a humanidade. Até a manhã desta terça-feira, 18, foram confirmados 59,8 mil casos e 1,7 mil mortes na China. No Brasil, dos 38 casos suspeitos restaram 11, que ainda estão em análise.

Diversas cidades da China entraram em quarentena com aeroportos, portos e estações de metrô fechados. As ruas que viviam lotadas estão vazias e as pessoas saem sempre com máscara, apenas para comprar alimentos e medicamentos. Os problemas atingiram a economia chinesa e chegaram a interferir os negócios de Guabiruba e região.

O presidente do núcleo da Associação Empresarial de Brusque e região (ACIBr) em Guabiruba, Maico Tomasi, informou que diversas empresas do município que importam e exportam produtos para a China registraram problemas no envio e recebimento de diversos produtos. Já a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Guabiruba não registrou nenhum problema, segundo o presidente Giovani Piaz. 

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Segundo Júlio Ariel Schumacher, sócio-diretor da empresa Guabifios, apesar de não ter nenhuma viagem agendada para a China, algumas mercadorias atrasaram e estão faltando no estoque. “Seguimos com dificuldades em relação aos embarques. Seja na questão documentacional, que precisamos para efetuar os pagamentos e liberar a mercadoria do porto, seja na falta do produto em si. Como a maioria dos portos chineses ainda está fechado, eles não embarcam. Fatalmente faltará mercadorias que são majoritariamente importadas da China”, explica o empresário.

Apesar de trabalhar com antecedência de um ano em suas coleções, Jussara Caetano dos Santos, proprietária da marca WJ, resolveu em 2019 adiantar ainda mais as coleções de 2021, e ao invés de ir para a China em janeiro, como programado, resolveu ir em novembro do ano passado, o que garantiu a coleção de verão do próximo ano.

“Trabalho com as fábricas chinesas há 13 anos, foi por sorte que adiantei, diante dessa loucura do novo vírus. Mesmo se eu não tivesse adiantado a minha coleção eu não iria para a China diante desse surto. Então, de fato, não gerou nenhum problema para mim, a princípio, porque acabei adiantando”, explica. 

A próxima viagem de Jussara para a China está programada para dia 25 de maio. Até lá, ela espera que as coisas tenham normalizado no país. “Me preocupa a questão do Ano Novo Chinês, pois apesar de ser dia 25 de janeiro eles param muito antes dessa data e voltam muito depois para a cidade de Guangzhou e Dongguan, onde eu trabalho. Porém os chineses são muito rápidos em tudo e acho que até maio as coisas estejam normalizadas”, salienta.

Ela enfatiza ainda que, caso as fronteiras ainda estejam fechadas em maio, ela fará a produção de inverno do próximo ano a distância. “Não é o que eu gostaria de fazer, pois gosto de colocar a mão na massa e aprovar tudo de perto, mas se não houver alternativa farei por Skype”, revela.

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