Imagem: Divulgação

Imagina descobrir que a brincadeira que você mais ama é, na verdade, uma arte, que pode se tornar uma fonte de renda? Foi mais ou menos isso que aconteceu com Maicon Schaefer, 33 anos, morador do bairro Pomerânia. Quando criança, ele abusava da criatividade para fazer miniaturas e cenários divertidos.

“Depois que eu descobri que o nome daquilo que fazia desde pequeno era Diorama, me dei conta que já brincava com cenários desde a infância. Como na época não havia tanta facilidade e recursos para comprar brinquedos tecnológicos como hoje, acabava inventando histórias com os brinquedos que eu tinha. Lembro muito de um rancho atrás de casa onde montava casinhas com restos de madeira (taquinhos de assoalho), soldadinhos de plástico, carrinhos, galhos secos, que viravam ‘grandes batalhas’. Ou quando meu pai comprava areia pra espalhar no terreiro, sempre sobrava um pouco pra eu montar uma mini cidade com os carrinhos e caminhões, fazia estradas, pontes, túneis”, relembra.

A “brincadeira” começou a chamar a atenção quando Schaefer começou a ajudar seu avô nos presépios de Natal. “Lembro muito também de meu opa todos os natais enfeitar a árvore e num final de ano, meus pais compraram as peças de um presépio, aí montei pela primeira vez embaixo da árvore, de lá pra cá nunca mais parei. A partir de 2015 eu e minha esposa, Franciele Kohler Schaefer, na época namorada, ajudamos na montagem do presépio da igreja matriz, isso aconteceu até 2018. Foi durante essas montagens que descobri o nome Diorama, já que nesse período o presépio sempre tinha um tema além do convencional e fazíamos muitas pesquisas de materiais e técnicas para usar nas cenas”, conta Schaefer. 

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Desde então, a paixão pela montagem dos cenários só cresceu e cada vez mais tem sido aperfeiçoada. “Me apaixonei por essa arte e mesmo não participando mais do CPC, desde 2018 consumo todo tipo de material relacionado a Dioramas como vídeos no YouTube, perfis de artistas no Instagram, entre outros. No último Natal ganhei de presente da Franciele um presépio e fiz um diorama para ele, postei no meu Instagram pessoal e recebi alguns questionamentos de amigos se fazia pra vender”.

Foi assim que a possibilidade de tornar os Dioramas uma fonte de renda começou a se tornar cada vez mais real.

Schaefer criou um perfil no Instagram (@artediorama) para divulgar seu trabalho e criar conteúdo voltado para pessoas que desejam desenvolver a arte. Desde então, o guabirubense vem desenvolvendo a produção de diferentes temas, tanto regionais como Pelznickel, quanto religiosos, entre outros. 

“Cada Diorama é único e conta a sua própria história. Sempre que alguém encomenda um, começa um trabalho de pesquisa e desenvolvimento do Diorama junto com a pessoa. Depois faço um sketch [esboço] para aprovação e são incluídos elementos que têm haver com a história dos personagens do Diorama ou com a vida do cliente. Por isso, é difícil escolher aquele que mais gostei. Talvez o presépio por ser o primeiro e mais antigo que fiz. Sem contar pela linda história que ele simboliza”, enfatiza Schaefer. 

Além do Instagram, o interessados podem solicitar orçamentos também pelo WhatsApp (47) 99283-7303.

O que é Diorama?

É um modo de apresentação artística tridimensional, de maneira muito realista, de cenas da vida real para exposição com finalidades de instrução ou entretenimento. O termo “diorama” foi inventado por Louis Daguerre em 1822, para um tipo de display rotativo. A palavra significa literalmente: “através daquilo, o que é visto” do grego di- “através” + orama “o que é visto, uma cena”.

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