O empresário guabirubense e filho do vereador Vilmar Gums (Mala), Jean Carlo Gums, foi condenado pelo crime de receptação, em primeira instância, pela Justiça de Brusque. Ele começou a ser investigado na primeira fase da Operação Fio Solto, que apura crimes relacionados à associação criminosa, furto e receptação qualificada.
Jean foi condenado a quatro anos de reclusão em regime inicial fechado e pagamento de 80 dias-multa, no valor de um décimo (1/10) do salário mínimo vigente à época dos fatos. Alexandro Antonio Caetano e Cleiton Rothermel, também réus no processo, foram condenados a três anos e seis meses de reclusão. Já a irmã de Jean, Vilmara Gums, foi absolvida.
Na sentença, o juiz Edemar Leopoldo Schlosser, levou em consideração que Jean é “primário e não registra antecedentes criminais contra si, apesar de já ter sido condenado em primeiro grau pelo mesmo crime” e negou o direito de recorrer em liberdade.
“Não é razoável que Jean tenha a liberdade restabelecida quando imposto o regime fechado para o início de cumprimento da pena corporal que lhe foi imposta. Além disso, Jean demonstrou ser portador de alta periculosidade, havendo risco notório de reiteração criminosa, já que há suspeita de que integre associação criminosa voltada à prática de delitos desta natureza”, relata o juiz na sentença.
O que diz a defesa
Para o advogado de defesa do empresário, Rogério Ristow, houve um grande equívoco do juiz tanto na apreciação da prova quanto na fixação do regime carcerário. “Produzimos provas suficientes no processo para comprovar que o Jean e a sua irmã foram vítimas de um golpe! Tanto é que sua irmã foi absolvida e estava incluída na mesma denúncia. Ainda que Jean realmente tivesse praticado o crime de receptação, jamais poderia continuar preso. Por isso, estamos fazendo imediatamente um recurso para que o tribunal corrija essa injustiça”, afirma.