Entrevista: Aline Zem

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Em 2013, Aline Zem, agora com 34 anos, abriu mão de seu concurso público na Prefeitura de Brusque para integrar a equipe de Matias e Zirke em seu primeiro mandato. Formada em Administração com Ênfase em Finanças, pela Uniasselvi, Aline começou como agente de controle interno e em 2017 assumiu a Secretaria de Administração e Finanças. Aline é casada com Hilário Odizi e está esperando o primeiro bebê do casal. Nasceu em Brusque e reside no bairro São Pedro, em Guabiruba, há dez anos. 

Guabiruba Zeitung: Como você iniciou suas atividades na Prefeitura de Guabiruba?

Aline Zem: Em 2011, eu passei no concurso público da Prefeitura de Brusque e atuei como auxiliar administrativo no setor de DGI. Minha função era auxiliar em todos os trâmites burocráticos do Executivo. 

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No final de 2013, já havia sido definida a vitória do Matias e do Zirke, mas eu não conhecia ninguém aqui. O Beto Fischer, contador que trabalhava na prefeitura, entregou meu currículo ao Matias e o então prefeito eleito me chamou para conversar. Eu tenho experiência também no Setor de Compras e Licitações, então eu assumi o Controle Interno com a função de auxiliar também o Setor de Compras, porque a forma que a Prefeitura de Guabiruba trabalhava era um pouco diferente da de Brusque. 

Junto com a então secretária, que também veio de Brusque, a Edena Censi, que tinha experiência no setor de compras e órgãos fiscalizadores, nós abraçamos a causa e com a nova gestão conseguimos mudar o jeito de trabalho em Guabiruba, deixando da forma mais legal e correta, para que todo o trâmite seguisse as regras que os órgãos fiscalizadores exigem. Houve uma resistência, pois as pessoas estavam acostumadas a um certo ritmo, e mediante a troca de governo, houve uma quebra de paradigma. Mas conseguimos implantar essa nova forma de trabalhar, fazendo com que as pessoas que não conheciam aprendessem a trabalhar com o sistema de compras públicas e empenhos, porque é muito diferente do setor privado.

Trabalhamos também em parceria com a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI) para a regularização em toda a lei de acesso à informação e transparência, então toda a prefeitura teve que se enquadrar. A gente entende que o sistema público é muito burocrático, algumas coisas deveriam ser alteradas e sabemos que por conta dessa demora e outros problemas é que as pessoas estão desacreditadas do serviço público.

GZ: O que a prefeitura tem feito para facilitar o atendimento, evitando a demora com a burocracia?

AZ: Iniciamos a fase de renovação do sistema de informática da Prefeitura, para fazer com que os processos sejam mais ágeis, trabalhando a favor do contribuinte, através da tecnologia. Com isso, as pessoas poderão fazer uma série de procedimentos no conforto de suas casas, podendo acompanhar todos os processos pela internet e que a prefeitura seja um ponto para os servidores virem trabalhar apenas, mas que as pessoas de suas casas possam resolver a maior quantidade de pendências possíveis. 

Esta ação é realizada em parceria com a cidade Karlsdorf-Neuthard, da Alemanha, onde lá eles já implantaram a Prefeitura sem Papel e aqui estamos caminhando para isso, trazendo mais velocidade nas respostas para a comunidade.

GZ: Como está hoje o relacionamento com as outras secretarias para alinhar as dificuldades com a burocracia e controle orçamentário?

AZ: Os próprios secretários quando têm alguma dúvida me procuram, todos são orientados já no início do ano quanto será o seu orçamento e eles acompanham esses valores. Alguns como a Assistência Social, Saúde e Educação precisam acompanhar com mais afinco, pois têm muitos recursos vinculados com o Estado, que são destinados especificamente para determinada área ou aquisição, então eles precisam ter o controle muito mais rígido desses recursos para fazer o gasto correto e não deixar dinheiro em caixa atoa. Mas temos sim um bom relacionamento com todos os secretários.

GZ: Como fechou o Orçamento de 2019?

AZ: O orçamento de 2019 fechou com um superávit de R$ 4.626,577,98 milhões (quatro milhões, seiscentos e vinte e seis mil, quinhentos e setenta e sete reais e noventa e oito centavos) de recursos livres, que na íntegra são provenientes de impostos os quais a prefeitura pode investir em diversas áreas. Este ano vamos usar o superávit em obras de pavimentações e na construção da nova escola João Jensen, situada no Holstein. O educandário será construído totalmente com recursos do município, e cada centavo economizado ajuda nestas reformas e novas construções ou pavimentações.

GZ: Qual o orçamento para 2020?

AZ: Em 2020 teremos o orçamento, já descontadas as deduções de impostos, de R$ 84.148.941.50 (oitenta e quatro milhões, cento e quarenta e oito mil, novecentos e quarenta e um reais e cinquenta centavos), que são distribuídos para todas as secretarias. Vale ressaltar que os recursos que entram como receita para a prefeitura também são destinados às demais unidades gestoras como fundo de saúde, fundação e câmara, e o orçamento que já existe para a saúde é proveniente de recursos vinculados [Confira em detalhes no Box 1].

GZ: Quais as expectativas para esse ano, sendo eleitoral e com restrições?

AZ: Nós temos restrições principalmente no setor de licitações, limitando o período para início das obras de até seis meses antes do período eleitoral, além de cuidados com as contratações e inaugurações. Todas estas orientações vem da AMMVI, que nos passa em detalhes o que não podemos fazer. Mas na secretaria nós continuamos trabalhando normalmente no período eleitoral, a prefeitura não para e as secretarias continuam precisando de orçamentos e cuidados com os gastos. 

GZ: Quais as metas para 2020?

AZ: As metas da Secretaria de Administração são mais internas, como cumprir prazos para as licitações, principalmente as maiores que envolvem pavimentação e um número de recursos expressivos. No RH, finalizamos o processo do concurso e seleção agora em janeiro e devemos realizar algumas contratações dentro do período permitido. Estamos caminhando também para a finalização da revisão do estatuto dos servidores, que foi feito em 2014, mas que precisaram de ajustes. A ideia é que a gente envie esses ajustes para a Câmara antes do período eleitoral.

GZ: Quanto foi arrecadado de IPTU até agora?

AZ: Nós já arrecadamos R$ 474. 771,16 (quatrocentos e setenta e quatro mil, setecentos e setenta e um reais e dezesseis centavos). Lembrando que o vencimento é 15 de março, mas em Guabiruba as pessoas têm o costume de pagar o carnê total com antecedência. Hoje, nós temos um índice de inadimplência de 15% a 20% que se repete ano a ano. 

GZ: Você pretende seguir no serviço público após a eleição?

AZ: Eu não sou efetiva, sou cargo de confiança, mas estou aqui porque gosto de trabalhar no setor público e se tiver a oportunidade eu estarei aqui novamente em 2021. 

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