Entrevista: Letícia Schaefer da Silva

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Em 2019, Letícia Schaefer da Silva, 31 anos, tomou uma das decisões mais difíceis e que exigem coragem na vida adulta. Sair de um emprego estável para seguir o que ela considera ser seu propósito de vida. Na manhã do dia 25 de julho de 2020, ela se questionava se as decisões que havia tomado eram corretas. Durante suas reflexões, o avião monomotor caiu atrás dela, a poucos metros de distância. Para ela, a queda do ultraleve foi um aviso de que sim, ela estava no caminho certo.

Letícia é guabirubense e reside atualmente no bairro Guabiruba Sul. É filha de Arcenio Schaefer e Lourdes Voss Schaefer, irmã de Gustavo Schaefer e casada com  Everton Mateus da Silva. A terapeuta tem Bacharel em Administração e MBA Coaching, além de diversos cursos em terapias integrativas. Apesar de ser conhecida pelas suas terapias, foi com a queda do avião que ela concedeu diversas entrevistas, inclusive para o Fantástico, programa nacional da Rede Globo. 

Guabiruba Zeitung: Quais atividades você desenvolve em Guabiruba atualmente?

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Letícia Schaefer da Silva: Atualmente trabalho com as terapias Reiki, Barras de Access, ThetaHealing e ferramentas de desenvolvimento pessoal. Uma vida agitada, somada à ansiedade, stress, medo, pânico, insegurança, depressão, crenças limitantes, bloqueios emocionais e energéticos, resultam em uma sociedade doente onde a maioria das pessoas vive doente, seja de maneira física ou emocional. Estes sintomas podem ser tratados e/ou amenizados através das terapias. Cada terapia consiste em um método, a aplicação vai depender muito do que a pessoa está buscando melhorar. 

GZ: Quem é Letícia Schaefer da Silva?

LS: Uma pessoa feliz e realizada. Que gosta de estar com a família e amigos. Que ama viajar e que gosta muito de gatos. Que tem como missão fazer parte do processo de transformação na vida das pessoas, ajudando-as a viver de maneira plena, abundante e feliz em um mundo melhor.

GZ: Como foi sua infância em Guabiruba? 

LS: Minha infância foi super tranquila, morei sempre com meus pais e irmão no bairro Lageado Baixo.  

GZ: Como iniciou seu trabalho como terapeuta e como isso se tornou uma missão para você? 

LS: Meu chamado começou em 2012 quando fiz uma reciclagem do curso de Reiki. Comecei atender alguns amigos, na época atendia na casa dos meus pais. Em 2017, mudei para minha casa no bairro Guabiruba Sul e atendia em um simples “quartinho”. Comecei a divulgar um pouco mais, pois gostava de ajudar as pessoas.

De boca em boca os atendimentos cresceram. Trabalhava na Viacredi em horário comercial e à noite fazia os atendimentos. Quanto mais atendia, mais pessoas surgiam. E cada vez fazia mais sentido ajudar as pessoas, fazer parte deste processo de transformação. Isso fez com que eu me desligasse do antigo emprego. Foi um tanto quanto desafiador fazer esta escolha, estabilidade financeira versus propósito de vida. Em 2019 me desliguei da cooperativa, construí uma sala para atendimentos em minha casa e hoje me dedico apenas as terapias. Em 2020 dei mais um passo na minha caminhada, tornando-me instrutora de cursos de reiki. 

GZ: O acidente com o monomotor trouxe alguma mudança na sua vida ou pensamento? Qual o significado desse acontecimento para você?

LS: Sim, com certeza. Algumas semanas antes do ocorrido estava vivenciando um grande momento de reflexão em minha vida. Estava analisando várias situações que me ocorreram. Uma delas era justamente a parte profissional. Perguntava se estava eu realmente realizando o meu propósito de vida de acordo com que eu sonhava e  se estava fazendo o certo.  

E meu dia 25/07/2020 foi totalmente atípico. Caminhar para mim é ouvir música alta, curtir a vibe, apreciar a natureza e a cidade. E naquele dia fui sem celular, sem música. Acabei fazendo uma prática meditativa, o Hoʻoponopono no qual nunca fiz caminhando. Isto me chamou mais atenção do que a própria queda do monomotor. Se estivesse caminhando normalmente e o acidente tivesse ocorrido, ok. Mas não, não foi assim. Para mim, isto foi um sinal. 

Diria um renascimento, no qual me trouxe várias respostas, quebrou vários medos e crenças das quais carregava, por exemplo gravar vídeos, sempre quis gravar, mas sempre tinha medo. Medo este que perdi após o acidente. Naquele dia voltando para casa, caminhando e chorando me dei conta que a vida é um sopro, um piscar de olhos, pois hoje estou aqui e amanhã talvez não esteja.  

GZ: Quais as maiores lições que 2020 trouxe para você?

LS: Procuro sempre observar o lado positivo de cada situação. Diria que a pandemia, de certa forma, aproximou pessoas. Bem como para muitos foi um momento de reflexão, um momento em que o mundo parou, mesmo que de forma obrigatória. Foi um momento em que muitas pessoas pararam e olharam para dentro de si. E sem dúvida, o acidente foi um marco em minha vida. Tive certeza que renasci, tenho certeza de que as reflexões e questionamentos foram respondidas e que devo seguir com todos os meus projetos e sonhos. 

GZ: Quais são seus principais projetos a médio prazo?

LS: Expandir meu trabalho através das redes sociais para que possa ajudar mais pessoas. Tornar-me instrutora da Terapias Barra de Access e dar continuidade ao projeto doe + amor. Projeto este que tem como objetivo levar mais amor ao mundo através de ações sociais. 

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