Crédito: Grazielle Guimarães

Por: Grazielle Guimarães

O vereador mais jovem de Guabiruba, Paulo Ricardo Gums, hoje com 28 anos, decidiu ingressar na política aos 21, elegendo-se de primeira aos 25 anos. O filho de Francisco Gums e Jacinta Scharf Gums, que possui uma irmã, Francine Gums, demonstra ter os pés nos chão e deseja trilhar sua jornada na política aos poucos.

Popularmente conhecido como Minhoca, o vereador está em seu primeiro mandato e é formado em Tecnologia Têxtil, atuando na área de Recursos Humanos no Grupo Santa Rosa. Conheça, nesta edição, o 6° entrevistado da série com os vereadores guabirubenses.

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Guabiruba Zeitung: Quem é Paulo Ricardo Gums?

Paulo Gums: Eu me vejo como um jovem esforçado, que entrou muito cedo na política, sendo eleito o vereador mais novo da história de Guabiruba, na época com 630 votos. Sempre gostei de política. Atuava como presidente do Grupo de Amigos do Aymoré, também participei do Conselho Pastoral da Comunidade na Capela São Cristóvão, sempre fui envolvido em diversas atividades da comunidade, principalmente no bairro Aymoré.

Quando eu tinha 13 anos, meu pai foi candidato a vereador e eu o ajudei na campanha, na época ele não se elegeu por 17 votos. E desde aquele tempo eu comecei a me interessar por política. Quando eu tinha 21 anos, na eleição anterior à minha candidatura, algumas pessoas já queriam que eu fosse candidato, mas eu ainda estava na faculdade e não me sentia preparado. Mas, naquela mesma eleição, eu decretei que na próxima eu seria candidato e assim foi. 

Me organizei, fiz uma campanha bem planejada, contando com o apoio de diversas pessoas do bem, amigos e gente completamente diferente uma da outra, como mulheres, idosos, jovens, enfim. Muitas pessoas disseram que foi a juventude que me elegeu, mas não foi só a juventude. Fiz votos em todas as urnas de todos os bairros para chegar até aqui.

GZ: O que mais te impulsionou a se candidatar tão jovem?

PG: Eu queria fazer algo diferente do que vinha sendo feito. A gente sempre escuta as pessoas reclamando do governo e hoje eu vejo que não é fácil resolver todas as demandas da população. Mas o meu foco é tentar fazer algo novo. 

Em minhas campanhas eu não prometi nada, pois não adiantava eu prometer fazer mil coisas, sendo que muitas dessas ações não seriam competência do Legislativo, mas prometi que estaria na Câmara para ajudar, principalmente a população, aprovando os melhores projetos, tomando decisões que iriam beneficiar a cidade. O que eu mais prometi para as pessoas era que eu iria trabalhar.

GZ: De onde veio o apelido Minhoca?

PG: Eu tinha 14 anos quando comecei no meu primeiro emprego, em uma malharia, e um colega de trabalho, o Alceu Suave, dizia que eu andava parecendo uma minhoca, pois na época eu era bem magrinho, franzino, e ele me apelidou assim. 

Eu não gostava desse apelido, ficava bravo e parecia que quanto mais eu me irritava mais isso se espalhava e as pessoas me chamavam de minhoca. Eu odiava o apelido e acho que pegou justamente por isso. 

Até hoje têm pessoas que nem sabem meu nome, só me conhecem por Minhoca. Por isso que eu decidi na campanha colocar “Paulo Minhoca” para ter o meu nome e apelido para que as pessoas me reconhecessem.

GZ: Como tem sido a experiência de ser vereador?

PG: Tem sido uma experiência que eu imaginei que um dia teria, sendo algo muito bom e válido. Cada dia aprendo mais. Muitas coisas nos entristecem, pois às vezes a gente gostaria de atender o pedido de algumas pessoas de forma imediata e não conseguimos, por não ser competência do vereador. Isso é um pouco frustrante. Mas eu estava ciente de que nesse ponto seria difícil, porém tem sido muito bom.

Procuramos melhorar, aprendendo com os vereadores mais experientes, ouvindo a população. Tem pessoas que eu sei que votaram em mim mas não vem até mim trazer suas demandas, pedindo para outra pessoa da prefeitura, ou outro parlamentar, mas o vereador em que você votou está justamente na Câmara para ouvir e tentar atender a solicitação. E isso a gente torce para que as pessoas mudem, pois o nosso desejo é ouvir e atender as necessidades da população de forma eficiente e rápida.

GZ: Quais objetivos futuros na política?

PG: É preciso planejar com os pés no chão. Eu ainda sou jovem, tenho 28 anos. Para a próxima eleição pretendo avaliar minha candidatura com a minha família e as pessoas que me apoiaram, bem como com o meu partido e se for viáve  eu me candidatarei a reeleição para vereador. 

Esta é uma hipótese considerada grandemente, mas ainda não está definido se eu serei candidato ou não, até porque ainda não chegou a época de decidir. Mas eu tenho vontade de me reeleger vereador.

GZ: Você deseja ser prefeito de Guabiruba?

PG: A gente sempre sonha em um dia ser vice ou prefeito da nossa cidade, mas é necessário ter os pés no chão e dar um passo de cada vez. Não adianta dar um passo maior que a perna. À princípio não pretendo me candidatar a nenhum cargo do Executivo, mas a gente nunca sabe qual será a decisão final da convenção, estou ali para ajudar o partido. A ideia é continuar no Legislativo até para ajudar os novos vereadores eleitos, pois teremos muitos candidatos novos e é necessário ter alguém experiente na Câmara. No começo do meu mandato eu fiquei bem perdido e os parlamentares mais experientes ajudaram muito.

Futuramente tenho o desejo em ser candidato ao Executivo, pois acredito que não adianta ser vereador por mais de dois mandatos. Então à partir do terceiro mandato é ir para vice ou prefeito ou quem sabe parar no Legislativo, até porque eu não vivo de política, tenho meu emprego na rede privada. Entrei na política por gostar, nunca trabalhei na prefeitura nem nada disso. 

GZ: O que você considera prioridade para Guabiruba?

PG: Vejo que saúde e educação em Guabiruba vão bem, apesar de ter muitas coisas para melhorar. Porém, o que Guabiruba carece muito ainda é de infraestrutura. Por mais que seja a área em que mais o prefeito trabalhou, chegando a pavimentar mais de 70 ruas em parcerias, fazendo algumas vias por conta própria, este setor ainda é carente. A cidade se industrializou muito e hoje vemos que as estradas ainda estão precárias, por mais que se tenha melhorado. Se nossa cidade continuar crescendo na velocidade em que está e não melhorar a infraestrutura, não vai funcionar. 

GZ: Como você avalia o governo Matias e Zirke?

PG: Para mim está sendo muito bom, um governo que, na minha opinião, revolucionou Guabiruba, mudando o município de status. Um dos pontos positivos foram as pavimentações, como mencionado anteriormente, o projeto Pavimentações em Parcerias deu muito certo. Se não fosse esse projeto acho que o prefeito não conseguiria fazer 20% das pavimentações realizadas ao longo desses seis anos.

Além disso, a administração trabalhou muito nos setores de saúde e educação, hoje não temos mais filas nas creches, o Hospital estava fechado e com o Matias foi reaberto, atendendo das 10h à 22h. Eu sei que ainda é necessário melhorar, mas antes o Hospital não atendia ninguém, pois estava fechado e hoje atende mais de 700 pessoas por mês. Além de um investimento no Turismo inexistente anteriormente, e Guabiruba vem evoluindo nisso.

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