A banda de um homem só é uma das marcas do músico Silvano Baron, 36 anos, que tem deixado outras tantas marcas na cultura e na arte de Guabiruba. Graduado com Licenciatura em Artes e Música e pós-graduado em Gestão Escolar, o músico profissional e professor de Arte e Música, é filho da artista Cláudia Rieg Baron e Roberto Baron e irmão de Angela, Adriana e Gabriela. É casado com Jéssica Bernardes da Silva Baron e mora no bairro São Pedro, em Guabiruba.
Silvano vinha fazendo várias apresentações musicais, inclusive nos eventos organizados pelo Poder Público da cidade. Porém, com a pandemia, os shows foram suspensos e ele tem voltado aos poucos aos palcos, embora as atividades docentes não tenham parado.
Conheça mais sobre o músico que completou dez anos de banda Eletroldo em 10 de junho de 2020 e que integra o círculo de artistas guabirubenses.
Guabiruba Zeitung: Como começou sua relação com a música?
Silvano Baron: Minha família me ofereceu oportunidades, tive alguns brinquedos musicais e sempre gostei de tocar. Meus dois avôs tocavam acordeom e tenho alguns primos que também são músicos. Meus pais me incentivaram a seguir a profissão que me faz feliz, eu escolhi a arte e a música. Desde que comecei a estudar violão, quando tinha 12 anos, a música ocupou um lugar especial na minha vida, sempre foi algo muito natural, parece que sempre fez parte de mim.
GZ: Você sempre morou no bairro São Pedro?
SB: Quase. Cresci no bairro São Pedro, quando me casei com a Jéssica moramos no Centro de Brusque por dois anos, então construímos nossa casa no bairro São Pedro.
GZ: Como é tocar vários instrumentos ao mesmo tempo?
SB: É muito divertido e libertador, posso criar o que eu quiser, na hora que quiser, porque a música depende apenas de mim, mas exige bastante estudo e prática. É preciso aprender cada música com cada instrumento individualmente e é muito importante ter todas as partes das músicas na memória; na hora de tocar é preciso ter bastante concentração para garantir que cada canção funcione em 100%.
GZ: Como é sua rotina de apresentações?
SB: É uma rotina bem agitada, geralmente faço um mínimo de três apresentações mensais. Seria bem tranquilo se eu me dedicasse apenas para este trabalho, mas além de músico sou professor de arte e de música. Com a pandemia, todas as apresentações musicais foram suspensas e o trabalho de professor passou a exigir muito mais tempo de dedicação devido às adaptações ao formato digital. É muito difícil ficar sem tocar ao vivo, às vezes percebemos o quanto gostamos e precisamos de algo apenas quando não podemos ter. Então, mesmo com pouco tempo à disposição, iniciei algumas restaurações e realizei alguns reparos nos meus instrumentos musicais. Felizmente, no mês de outubro, os eventos começaram a acontecer novamente e no dia 31 fiz o terceiro show do mês, uma noite com tema de Halloween no Bay Huuss Pub, em Pomerode.
GZ: Em quais colégios você atua como professor?
SB: Sou professor de Arte na E.E.B. Professor João Boos e na E.E.B. Francisco de Araújo Brusque. Na escola João Boos tenho também duas turmas de Musicalização, parte do Ensino Médio Inovador e uma turma de Educação Empreendedora, parte do Novo Ensino Médio. Atendo aulas particulares de música em casa e também sou professor de violão na Fundação Cultural de Guabiruba.
GZ: Você recentemente se candidatou a diretor da escola. Está nos seus planos dirigir uma escola?
SB: Sim, é um dos meus objetivos. Sei que o desafio é grande, porque além do ensino envolve também as áreas de Administração e Recursos Humanos, mas estou disposto a trabalhar para melhorar a qualidade da educação.
GZ: Quais os maiores desafios da sua vida?
SB: Transmitir uma mensagem de paz e harmonia através da música e da educação; agregar valor para os trabalhos e profissões ligados à arte; aprimorar meu trabalho como “Banda de Um Homem Só” ou “Eletroldo One Mann Quartetto”.
GZ: Como surgiu o nome da sua banda?
SB: É uma união entre o presente e o passado, o elétrico e o antigo, ou “old”. Eletr + Old = Eletroldo. Acrescentei o “O” no final para soar melhor. “One Mann Quartetto” faz referência às minhas origens e ao principal idioma de trabalho: one em inglês; mann em alemão e quartetto em italiano.
GZ: O que deixa você alegre?
SB: Estar com a minha esposa, estar em casa, o final da tarde, ouvir uma boa música. O ideal é ter tudo no mesmo momento, mas se eu tiver cada parte individualmente já está ótimo.
GZ: Quais artistas lhe inspiram?
SB: Johnny Cash, The Doors, Bob Dylan, Led Zeppelin, The Who, Os Beatles, Os Rolling Stones, David Bowie, Elvis Presley.
GZ: Uma música?
SB: Love Street, The Doors.
GZ: Um sonho?
Um mundo em paz.
GZ: O que você espera do futuro?
Um mundo em paz.
Silvano e muito talentoso entrevista top