A Polícia Civil prendeu preventivamente na manhã desta quarta-feira (10), o ex-gerente da cooperativa de crédito Sicredi em Guabiruba, Iago Luiz Bretzke. Ele é investigado por ser o suposto mentor de um esquema envolvendo estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, com prejuízos estimados em mais de R$ 3 milhões nas cidades de Guabiruba e Brusque.
A operação, nomeada “Confiança Quebrada”, foi deflagrada às 6h e contou com o apoio da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Brusque. Além da prisão de Bretzke, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do suspeito e de indivíduos ligados a ele.
- Durante as buscas, a polícia recolheu:
- Cheques e boletos
- Quatro maquininhas de cartão
- Dois celulares
- Cartões bancários em nome de terceiros
- Um notebook
- Diversos contratos e extratos bancários
O delegado Fernando Farias, responsável pela investigação, explicou o nome da operação, que se refere ao modo de atuação do suspeito: “manipulava emocionalmente as vítimas, explorando a confiança que conquistava ao longo do tempo como gerente da cooperativa.”
“Ele era o gerente de contas de pessoa privada e trabalhou em duas agências de crédito na cidade de Guabiruba. Com base na confiança que ele foi ganhando na comunidade e com os clientes do banco, ele acabou usando dessa confiança para praticar golpes”, disse o delegado.
A investigação já confirmou, até o momento, pelo menos 11 vítimas diretas, embora haja relatos indicando que o número total de vítimas possa ultrapassar 30. O delegado informou que R$ 1,6 milhão em desvios diretos foram identificados. No entanto, o prejuízo total apontado pelas vítimas, somado, excede os R$ 3 milhões.
Segundo uma das vítimas, “este não é apenas um caso de estelionato, mas uma narrativa sobre abuso de confiança, falhas de controle bancário e o impacto devastador de crimes financeiros em pequenas comunidades”.

De acordo com prints de conversas obtidos pela reportagem, o suspeito agia no emocional das vítimas. “A minha palavra é contigo. Eu to acompanhando aqui, fica tranquila. Eu jamais iria fazer algo para ti”, diz, em conversa pelo WhatsApp. “[…] vou pegar o limite da conta do meu pai da maquininha e depois coloco lá, fica tranquila. Teu negócio é comigo. Não precisa ficar preocupada, eu não vou te trapacear nunca”, reforça.
Em outra conversa, dessa vez por áudio, o suspeito reforça a “confiança” para conseguir vantagens. “Eu vou ver contigo isso porque a gente tem confiança um no outro, tá? Jamais eu ia perguntar isso para outra pessoa. Tu não tens três cadastros de Brusque que a gente poderia emitir boleto, né?”, pergunta. “Em relação aos pagamentos, tu podes ficar tranquila, porque conforme eu recebo, eu já pago o boleto. […] Isso é minha palavra, é minha responsabilidade”, finaliza.


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