O Núcleo de Fabricantes de Toalhas (NFTEX), recebeu esta semana, representantes da Cooperativa de Produtores de Algodão de Campo Novo do Parecis (Copac/MT). O jantar ocorreu no Hotel Monthez, com o objetivo de estreitar laços e propor vantagens comerciais entre produtores e as indústrias locais, cuja pluma é a matéria-prima principal de sua cadeia produtiva.

“São grandes empresários, que abastecem 10% do mercado nacional, com cerca de 70 mil toneladas de algodão. Eles já atendem algumas tecelagens na região com muita qualidade e esta aproximação nos traz confiança mútua para novos negócios”, afirma o coordenador do NFTEX, Taciano Peterman.

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Durante o encontro também foram citadas as perspectivas econômicas para o próximo ano. “Temos que nos adaptar à uma realidade difícil. O custo do algodão é ´dolarizado´ e a questão do câmbio está distorcendo da realidade nacional. Ainda assim, compreender os detalhes que envolvem esta perspectiva de volume e de preço para 2022, nos proporciona uma vantagem competitiva”, analisa o coordenador.

Força produtiva
Fundada em 2005, a Copac representa um grupo de 14 famílias que cultivam algodão em 40 mil hectares, na Chapada dos Parecis (MT). A região é privilegiada pelo clima bem definido. O algodão, plantado em janeiro, é colhido na seca, sem a interferência da chuva. “Isto traz mais cor e brilho, para atender as características desejáveis da indústria”, conta o presidente da cooperativa, Jesur José Cassol.

Segundo ele, a Copac já é uma grande fornecedora para as indústrias de Santa Catarina e a expectativa é que esta missão empresarial no Estado, que iniciou na segunda e encerra nesta quarta-feira, possa consolidar novos negócios.
“Queremos estreitar o relacionamento e entender o que a indústria está precisando. Estamos, inclusive, dispostos a aumentar nossa produção para atender o mercado interno”, reforça Cassol.

Hoje, o Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e a projeção é que o país alcance a liderança deste mercado até 2030. “Os importadores conhecem a qualidade do produto. Nos últimos anos melhoramos as técnicas de cultivo, investimos na mecanização e nos processos de beneficiamento. Mas, ainda que o Brasil exporte muito, nós queremos pensar nas indústrias internas, que geram valor agregado e trazem riqueza aos municípios”, enfatiza o presidente da Copac.

A pandemia da Covid-19 também impactou negativamente este setor e a projeção é que o mercado estabilize nos próximos seis ou 12 meses. “Na agricultura trabalhamos antecipados. A próxima safra já tem seu preço definido e produtos adquiridos. O mundo enfrenta hoje a crise energética e o nosso setor sofre com o preço dos fertilizantes. Mas esperamos que logo a economia volte ao normal”, projeta Cassol.

Um dos fundadores da Copac, o empresário Sérgio Introvini, também acompanhava a comitiva do Mato Grosso. “Temos conversado com industriais e comerciantes que nos reportam boas notícias. No início da pandemia ficamos assustados, mas terminamos bem 2020, o que deve ser mantido em 2021. Por isso, estou otimista em relação ao futuro”, destaca Sérgio.

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