São 30 anos de uma história que mantém viva a cultura e a tradição dos antepassados, imigrantes alemães que desbravaram o sul do Brasil, a partir da década de 1860, vindos do Estado de Baden wuttemberg, região ao sul da Alemanha. No dia 22 de agosto, o Grupo Folclórico Alle Tanzen Zusammen (ATZ) celebra três décadas de fundação, marcada pelo estudo de músicas, coreografias e trajes típicos, além de duas missões internacionais, que fortaleceram lanços e transformaram Guabiruba e o Distrito de distrito de Karlsruhe em cidades co-irmãs.
Segundo o coordenador do ATZ, Gilmar Jose Celva, o grupo foi formado em 1993, inspirado por uma apresentação folclórica em um encontro comarcal de catequistas. “Éramos jovens integrantes da comunidade São Pedro e fomos responsáveis por um momento de recreação, durante o encontro comarcal, em Brusque. Surgiu a ideia de apresentar uma dança alemã e, para isso, contamos com o apoio do Clube de Mães do bairro, que preparou roupas típicas da Fenarreco. Saímos empolgados e decidimos continuar”, lembra Celva.
Alle Tanzen Zusammen que, em português, significa “todos dançam juntos”, foi o nome dado ao grupo, inspirado por este primeiro momento, e pelo propósito de integrar o público em algumas músicas.
Fundamentação histórica
Em busca de aperfeiçoar suas apresentações em festivais, o ATZ se aprofundou em estudos sobre danças e trajes. A Associação dos Grupos Folclóricos Germânicos do Médio Vale do Itajaí (AFG) foi uma parceira deste processo e fez a indicação de diversos cursos, inclusive na Casa da Juventude, em Gramado (RS).
“Nos aprimoramos com o aprendizado. Fizemos um estudo sobre a região alemã de onde vieram nossos antepassados e iniciamos a pesquisa por trajes e danças”, explica Celva.
Em 2003, o ATZ recebeu seu primeiro traje, o ‘Guthar’, famoso pelo seu chapéu ‘Bollenhut’ (com bolas vermelhas). “Depois veio a confecção de um novo traje, mas no mesmo modelo. Hoje o grupo usa o ‘St. Marguen,’ que é da mesma região, a Floresta Negra, no sul da Alemanha” comenta o coordenador.
Experiências internacionais
Em 2006, o ATZ recebeu o convite para participar de um intercâmbio que celebrava os 725 anos de Neuthard. “Foi uma rica experiência conhecer os grupos folclóricos e o local de onde veio a inspiração para o nosso traje. O museu na Floreta Negra conta parte dessa história, o que nos trouxe um aprendizado interessante”, relata.
Em 2013, a experiência do intercâmbio voltou a se repetir e, desta vez, possibilitou aos integrantes conhecer outras regiões e festividades da Alemanha.
Celebração
A comemoração dos 30 anos do Grupo Folclórico Alle Tanzen Zusammen (ATZ) ocorre neste sábado, 19 de agosto. O evento é interno, restrito aos casais participantes e cerca de 150 convidados.
É importante destacar que, em 2018, quando o ATZ celebrou seus 25 anos de fundação, um livro com a história do grupo foi lançado. A obra pode ser adquirida com integrantes e conta esse capítulo importante de valorização à cultura de Guabiruba.
Atualmente, o grupo integra a Associação Artística Cultural São Pedro (AACSP), que também congrega o Grupo Folklorístico Tutti Buona Gente, o espetáculo “Paixão e Morte de um Homem Livre” e as ações relacionadas ao Maibaum.