A cada ano aumenta a presença de focos dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus. A situação preocupa, pois eles são os transmissores de doenças como Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Febre Amarela. De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, em 2022 já foram confirmados três casos de Dengue no município e outros nove estão em investigação. As demais doenças transmitidas pelos mosquitos não tiveram casos registrados, mas o órgão não descarta a possibilidade de subnotificação. 

Em 2020, Guabiruba teve apenas um caso positivo de Dengue. Já no ano passado foi registrado um total de quatro casos. 

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Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, 27 focos de mosquitos foram registrados em 2020, 72 em 2021 e já 72 em menos de três meses, neste início de ano (até 16 de março). Até agora, já foram registrados 28 focos no Centro, 16 no bairro Imigrantes, 10 no Guabiruba Sul, sete no São Pedro, seis no Lageado Baixo, três no Aymoré e dois na Pomerânia. 

O número de larvas de Aedes Aegypti subiu de 151 em 2020, para 511 em 2021. Este ano, o número de larvas do mosquito encontradas na cidade já chegou a 777. As larvas do Aedes Albopictus também aumentaram: 111, 233 e 671, respectivamente nos últimos três anos.  

“Podemos observar que há um aumento constante de focos de dengue no município. A população está descuidada, por mais que se tenha as orientações necessárias. Orientamos para não usar água nos pratinhos de plantas, mas sim areia. Tem que lembrar que o ovo do mosquito pode durar quase dois anos em local seco. Por isso, se pede para lavar os pratinhos, os potes de comida e água dos animais semanalmente. Se jogar somente a água fora, quando colocar novamente água no pote o ovo do mosquito explode e em uma semana já vira mosquito”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Ana Lúcia Tolentino. 

Ela destaca que sempre que um foco de mosquito é encontrado, é realizada a visita em todos os imóveis, em um raio de 300 metros a partir do local do foco. O trabalho é realizado em paralelo com as visitas semanais ou quinzenais estabelecidas no cronograma dos cinco agentes de endemias. 

Como o município ainda  não é considerado infestado pelo Estado, não é feita pulverização das regiões neste momento. 

Para tentar controlar o cenário, Guabiruba conta com 95 armadilhas no município, que são visitadas pela equipe a cada sete dias. Também possui 25 pontos estratégicos, visitados a cada 14 dias, no itinerário dos agentes.

Situação em Brusque 

Foram atualizados nesta segunda-feira (21), pela Diretoria de Vigilância em Saúde de Brusque, por meio do Programa de Combate a Endemias, os números da dengue e dos focos do mosquito Aedes aegypti na cidade em 2022. O levantamento demonstra que, de janeiro até agora, o município soma 673 focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, entre outras doenças. 

O bairro com maior número de focos é o Santa Rita, com 53 notificações, seguido por Jardim Maluche, com 48; Azambuja, com 46; Guarani 40; Santa Terezinha 38; Limeira, com 35; e o bairro Dom Joaquim, também com 35 focos. Completam as regiões com maior número de focos, Nova Brasília, que tem 35, e Steffen, com 33 ocorrências de focos identificadas ao longo de 2022. 

Foram confirmados desde o início do ano 111 diagnósticos de dengue, todos autóctones, ou seja, que são contraídos no município.

Criadouros

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada, domiciliares e peridomiciliares. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

Já o Aedes albopictus é encontrado tanto na zona urbana como na rural, têm preferência por áreas cobertas por vegetação (por isso é considerado um mosquito de jardim), no entorno ou mais distante das residências. Instala seus criadouros em orifícios existentes nos troncos das árvores, em cascas de frutas ou em recipientes abandonados no meio da vegetação. O Aedes albopictus alimenta-se de sangue humano ou de qualquer outro animal mamífero ou silvestre e é mais resistente ao frio do que o Aedes aegypti. Essa capacidade de fácil adaptação ao ambiente torna seu combate mais difícil.  (Fonte: Dive)

Dicas para diminuir os criadouros de mosquitos

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
  • Retire a água acumulada em lajes;
  • Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
  • Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
  • Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

 

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