A guabirubense Jéssica Rocha, que já foi rainha e I princesa da Festa da Integração, se prepara para embarcar para os Emirados Árabes, onde vai trabalhar por pelo menos dois anos. A viagem está marcada para 31 de outubro. 

“Às vezes não parece que está tão próximo. Já estou organizando muita coisa pessoal e também profissional. Os estudos já começaram, tudo exige tempo e dedicação”, conta.

Jéssica trabalha como analista de importação e instrutora de ginástica coletiva. Até agora, o mais longe que morou da família foi em Brusque. “Morei por 28 anos no bairro Imigrantes, em Guabiruba e estou há um ano residindo no Jardim Maluche”, detalha.

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Agora, o destino é a cidade de Al Ain, que fica a uma hora de Dubai. A distância deixou os pais Marise Wust Rocha e Gilmar Aparecido Rocha preocupados. “Foi um choque de início (risos). Afinal, não é a cidade vizinha, que eles podem pegar o carro e ir me ver todo final de semana. É do outro lado do mundo. Sou filha única, então a preocupação pesa”, explica ela.

A instrutora acredita que a vontade de morar fora é reflexo da educação que recebeu. “Se isto está acontecendo é pelo tanto que eles me prepararam nessa vida. Sempre me incentivaram nos estudos e sabem do meu amor pela atividade física”, conta. 

Um grande desafio 

Jéssica revela que sempre teve o desejo de viajar para o exterior e acreditava que isso seria possível já na primeira graduação que realizou, em Comércio Exterior. Depois, ela cursou pós-graduação em Negócios Internacionais, mas a oportunidade ainda não havia se desenhado. 

Apaixonada por esporte e atividade física, ela então decidiu iniciar a Faculdade de Educação Física, mesmo com um joelho operado e um tornozelo fraturado. Logo passou a conciliar as duas profissões.  

“Comecei a dar aulas de ginástica coletiva. Procurei bons cursos para ter boas aulas para oferecer, buscando sempre algum diferencial. Me dediquei e isso me abriu muitas portas, até que surgiu essa oportunidade profissional”, explica.

E que oportunidade! Ela vai dirigir um dos departamentos de aulas coletivas da empresa que a contratou no Oriente. “É desafiador, pois deixarei tudo para uma nova vida, novos hábitos, horário, cultura, idioma. Tudo sem meus pais e amigos”, ressalta. 

Jéssica explica que seu trabalho irá além de dar aulas. “É muito mais. É ajudar em tudo que for necessário. Diferente do que muitos pensam, lá ainda terá muito estudo pela frente, existem ótimos profissionais e muito trabalho. É um país que oferece oportunidade rápida na área, com cursos sem precisar da formação brasileira. Espero fazer um bom trabalho lá e conquistar cada vez mais meu espaço, com muito amor e dedicação”, frisa.

A boa notícia é que a empresa em que a instrutora vai trabalhar já conta com vários brasileiros no time. “É um país muito desenvolvido e com muitos estrangeiros. A região que ficarei é mais tradicional, então terei que me adaptar a certos costumes, mas já me informaram que no trabalho é bem tranquilo e são apaixonadas por brasileiras professoras”, explica Jéssica, que no início ficará em um clube só para mulheres. 

Correr atrás do sonho 

Jéssica é a prova de que não se pode desistir dos sonhos nos primeiros obstáculos. Na primeira tentativa de morar fora, ela e a família levaram calote de uma agência. 

“Anos atrás eu ia fazer intercâmbio e a agência sumiu com o dinheiro impossibilitando a viagem. Mas todos têm chance de crescimento, com possibilidade de mudar de cidade e região. Por isso, minha dica para quando for fazer algo é fazer com amor, se dedicar e dar seu melhor, pois nunca é tarde para tentar algo novo”, completa.

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