Crédito: Carina Machado/Ideia Comunicação

Por: Grazielle Guimarães

Os vereadores guabirubenses reacenderam nesta semana a polêmica dos repasses financeiros municipais de Guabiruba ao Hospital Azambuja. Segundo o diretor da unidade hospitalar, Evandro da Roza, muitas das afirmações não procedem. “Acredito que o mais importante agora é deixar claro que o que estamos discutindo é o repasse da Prefeitura de Guabiruba para os plantões médicos do hospital, que demandam diversos profissionais e uma equipe completa à disposição. Quanto a isso, nós nunca tivemos reunião ou discussão com o Executivo guabirubense”, afirma Roza.

O pedido de repasse não é direcionado somente a Guabiruba, mas também a Botuverá, cidades atendidas pela instituição. Roza garante que há possibilidade do hospital só atender os casos que envolvam o risco direto à vida. “Estamos analisando as possibilidades com nosso jurídico, o déficit de R$ 217 mil do hospital é assustador”, revela.

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Uma das principais preocupações é quanto à especialidade em obstetrícia. Segundo o diretor, ao atender uma gestante em trabalho de parto, toda uma equipe precisa ser mobilizada, desde ginecologia, obstetrícia, pediatria e anestesista. “Tudo isso envolve custos e o hospital atende quadros assim das três cidades, sem receber apoio financeiro destes dois municípios”, pontua.

O que diz a Prefeitura

Através de nota, a prefeitura de Guabiruba, declarou que aguarda um contato da diretoria do hospital para uma reunião oficial. “As informações chegaram à Prefeitura através da imprensa, sem nenhum contato prévio dos gestores da instituição informando sobre a necessidade urgente de repasse para atender aos guabirubenses”. A nota diz ainda que a prefeitura já havia tratado com Evandro Roza, administrador do hospital, um possível auxílio de R$ 70 mil mensais. “Tal auxílio substituiria o que atualmente vigora junto à Associação Hospitalar de Guabiruba que, assim, mantém plantões de 12 horas por dia, sete dias por semana. Com o repasse ao Hospital Azambuja, a entidade assumiria a responsabilidade de prestar esse atendimento aos guabirubenses. Logo que as tratativas iniciaram, a Prefeitura de Guabiruba foi informada de que haveria necessidade de adequar o estatuto das entidades envolvidas e que assim que isso fosse feito, as negociações seriam retomadas”, diz a nota.

Evandro da Roza salienta que o que o hospital pede agora é diferente do que já foi tratado antes. “Conversamos com a administração de Guabiruba no ano passado sobre a possibilidade da administração do hospital assumir a unidade hospitalar da cidade. Essa negociação não foi para a frente, mas não é isso que estamos discutindo agora. Quanto aos plantões médicos não recebemos nenhum apoio e não recebemos nenhum retorno, nem do Legislativo nem do Executivo”, afirma Roza.

Conversa clara entre Executivo e Hospital

O diretor do Hospital Azambuja afirmou ainda que através de orientações jurídicas entrará com um pedido em 1º de novembro para que em 30 dias o Executivo converse com o hospital e apresente proposta. “Acredito que os poderes Executivo e Legislativo podem se unir para colaborar com o hospital. Muita coisa que tem se falado não procede e o que queremos é uma conversa clara entre o Hospital Azambuja e o governo de Guabiruba”, finaliza. 

Quanto a isso, o prefeito de  Guabiruba salienta que nunca se recusou ao diálogo. “Sempre deixamos claro que estamos dispostos a vencer todos os obstáculos legais para resolver qualquer impasse. O Hospital Azambuja recebe diretamente do SUS para atender aos pacientes da região, mas mesmo assim, iniciamos um diálogo no sentido de buscar soluções viáveis para todos. Não vamos discutir esse assunto via imprensa. Aguardamos um contato da administração do hospital com a Prefeitura de Guabiruba”, finaliza Matias Kohler.

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