Em 1992 Matias Kohler iniciou sua participação na política em Guabiruba. Fez seu primeiro mandato como vereador de 1993 à 1996 sendo oposição ao Executivo. Em 1996, Kohler foi convidado a assumir a direção da Câmara, permanecendo até 1999. Em 2000, o então prefeito Guido Antônio Kormann o convidou para ser secretário de Administração e Finanças, função que cumpriu até 2004. Em 2008, retornou às atividades políticas e se candidatou para vereador, sendo o mais votado naquele ano. Em 2012, ganhou sua primeira eleição para prefeito, e garantiu sua reeleição em 2016. Em 2020, segue seu último ano do segundo mandato.
Matias Kohler encerra seu segundo mandato como prefeito de Guabiruba com uma trajetória marcada por muitas “brigas”que, segundo ele, precisavam ser compradas. Uma delas foi a mudança do sistema de tratamento de água e esgoto no município que pôs fim aos trabalhos da Casan e instituiu um contrato de 30 anos com a Atlantis, que ficou postergado por mais de um ano em uma briga judicial.
Também implementou um novo sistema de tratamento e destinação do lixo municipal baseado em um ponto de transbordo, local que armazena temporariamente os resíduos antes de serem transportados para Timbó. O transbordo foi construído em uma das principais vias do município para que seja fiscalizado por toda a comunidade que ali trabalha, mora, estuda ou simplesmente passa pelo local todos os dias.
Matias define seus quase oito anos ininterruptos à frente do Executivo como “um período de organização, de abertura para a comunidade. Nosso governo nesse período é marcado pela oportunidade dada à população guabirubense, às entidades organizadas e àqueles que tiverem vontade, de poderem contribuir dentro de um processo de governo”.
Foram muitos projetos relevantes a médio e longo prazo executados em Guabiruba, a exemplo das pavimentações em parceria. Nessas obras, os moradores ficavam responsáveis pela compra de material, e o governo pela mão de obra. Essa foi uma das primeiras brigas compradas e desacreditada, segundo ele, por grande parte das pessoas ao seu redor. “O projeto de Pavimentação em Parceria foi um dos mais importantes que nós conseguimos desenvolver, uma vez que era um conceito até então completamente inviável na visão de muitas pessoas e da classe política. Diziam que isso jamais poderia acontecer. Porém, no final de 2013, o projeto de Pavimentação em Parceria foi aprovado na Câmara Municipal, e à partir de 2014 o colocamos em prática. Ficamos surpresos com a forma incisiva que a comunidade abraçou o projeto. Se olharmos esse cenário, mais de 80 ruas pavimentadas em um período menor que sete anos, isso nos dá um grau de importância, haja visto que a população guabirubense tem vontade de participar, uma vez que se dê oportunidade”, comenta o atual líder do Executivo.
O governo também avançou na educação e na saúde do município, ao incentivar que a população participasse ativamente do governo através de associações organizadas. Na educação, Matias explica que além das construções de novos educandários, como a nova Creche do bairro Imigrantes e a ampliação da João Jensen, a distribuição de materiais escolares e uniformes marcou a administração Matias e Zirke.
“Na saúde, nós tivemos avanços muito importantes, principalmente na redução das filas e na organização, através do SisReg, da chamada fila única, também adotada nas vagas de creche, avançando em diversas medidas. Tivemos a reabertura do Hospital, que dentro da sua capacidade de organização, hoje pode atender o serviço de saúde do município de maneira suplementar”, explica.
As pavimentações com recursos próprios ganharam destaque nas gestões de Matias Kohler, como a revitalização da rua São Pedro, a construção de asfalto do Sternthal, além de obras em andamento como a da Planície Alta e, recentemente, as obras do programa Avançar Cidades, executadas na comunidade do Lageado Baixo com seis ruas pavimentadas em andamento e algumas finalizadas, além da conclusão da ligação da rua Antônio Fischer.
Diante da pandemia da Covid-19, Matias explica que muitos projetos não poderão ser concluídos ainda em seu mandato. “Ainda há ações em andamentos que não dependem só da nossa vontade, e a pandemia do novo coronavírus acaba nos atrapalhando. É justamente o caso da revitalização total da rua Guabiruba Sul e da Prefeito Carlos Boos, projetos esses já aprovados e com financiamentos garantidos, com dificuldade apenas para iniciar as obras por conta desse momento de pandemia. Estamos justamente esperando o desenrolar dessa situação, mas possivelmente estas duas obras não serão concluídas neste governo e ficarão para o próximo prefeito”.
Legado para os guabirubenses
A fiscalização autônoma das atividades do Executivo marcou a forma como os guabirubenses e os próprios servidores públicos olham para as atividades e investimentos públicos, com a criação de um controladoria interna. “A instalação de uma controladoria interna, independente, não mais vinculada a cargo comissionado, mas principalmente, que pudesse de uma forma autônoma analisar os atos do governo, suas contas, compras e tudo que se relaciona dentro de um olhar crítico, já com uma anteporta no Tribunal de Contas, fez com que Guabiruba ganhasse muito. No sentido da lisura, da boa transparência, no uso adequado dos recursos públicos, enfim, volto a enfatizar a qualidade das obras que foram executadas durante todo o nosso período de governo”, destaca.
Quando questionado sobre qual o maior legado de seu governo para Guabiruba, o atual prefeito enfatiza mais uma vez a participação popular nas decisões do Executivo, em todos os âmbitos. “Sem dúvida alguma, o maior legado que esse governo vai deixar é a oportunidade que demos à comunidade de participar da construção de uma nova realidade para o município. Destaco isso porque, até então, os governos municipais não tinham muito esse olhar do quão importante é você permitir que as pessoas participem tanto da formulação dos seus atos de governo, quanto da execução das propostas, da fiscalização. Enfim, se cada um de nós ajudarmos um pouco, o resultado será muito maior. Não são metas que são pré-consolidadas, é um processo em construção e de uma construção contínua”.
O desafio na concessão dos serviços e tratamento de esgoto
Sem dúvida um dos maiores desafios, até agora, na vida política de Matias Kohler foi a transição da concessão de água e esgoto do município da Casan para o Grupo Atlantis. Por mais de um ano, o processo de licitação da concessão foi adiado devido a uma contestação judicial feita pela empresa Rio Vivo junto ao Tribunal de Contas. E depois, novo atraso de algumas semanas por conta da pandemia da Covid-19.
“Não há uma solução mágica. Sempre falamos isso. Mas precisamos entender que agora nós temos um direcionamento. Guabiruba sabe o que quer para os próximos anos, e o principal objetivo dessa construção de modelo de concessão, diante da necessidade de aporte de recursos financeiros muito volumosos, nos leva a crer que, num cenário muito próximo de dez anos, nós seremos uma cidade com potencial único em termos de qualidade de vida”, enfatiza Kohler.
Ele salienta ainda que a concessionária Atlantis é responsável pelo tratamento da rede de esgoto do município, e que os guabirubenses devem estar atentos para fiscalizar. “Construímos a concessão da água e do esgoto. É muito importante frisar que, embora num primeiro momento as pessoas só vejam a água como bem essencial para a sua vida, o tratamento de esgoto vai ser um grande diferencial para o município. Vamos viver esse cenário, e em dez anos, no máximo, vamos ter mais de 80% da água do município com esgoto tratado. Isso é um novo conceito”, destaca.
O prefeito completa afirmando que “cabe a nós todos, guabirubenses, seja governo ou seja não governo, ou entidades organizadas, acompanhar e fiscalizar todos os atos decorrentes desta concessão, porque nós vamos pagar por isso. Então, temos o direito de fiscalizar. E que a gente saiba fazer isso com muita serenidade, persistência e eficácia”.
Um presente para Guabiruba pelos seus 58 anos
“O presente que eu gostaria de dar a Guabiruba como um todo, por esses 58 anos, é dizer que a pandemia do novo coronavírus acabou. Porque isso nos aflige demasiadamente, não somente no setor público, mas no privado também, com a alta do desemprego, com a perda do poder aquisitivo das famílias, com as dificuldades que muitos estão vivendo neste momento em relação a essa insegurança e a essa instabilidade toda que nós estamos vivendo”.
Apesar de não poder garantir esse presente que aliviaria a dor de milhares de famílias, Matias Kohler dá uma injeção de ânimo aos guabirubenses. “Isso não pode nos deprimir ou nos desmotivar. Vamos continuar motivados. Que o guabirubense continue acreditando em sua cidade, e que esse presente, se ele não for dado por esse governo, que ele possa ser vivido por todos nós no mais curto espaço de tempo possível”.
Biografia
O atual chefe do Executivo guabirubense nasceu em 4 de novembro de 1959, iniciando seus estudos em Guabiruba, na escola pública da Pomerânia, dando sequência no Colégio João Boos por dois anos.Filho de Erico Kohler e Olívia Wippel Kohler (in memoriam), Matias Kohler é pai de cinco filhos e marido de Patrícia Heiderscheidt.
Em 1972, foi para o seminário de Corupá, e começou seus estudos para ser padre até 1975. Estudou ainda em Curitiba, até maio de 1978, onde começou o ensino médio até a década de 80. Concluiu o ensino médio no Colégio São Luiz, e a partir daí, começou a desenvolver inúmeras atividades sociais.
Atuou por mais de dois anos na APP da Escola Pomerânia e na direção da Igreja Matriz por mais de dez anos. Casou-se na década de 80 com sua primeira esposa, Lucia Kohler, com quem tem quatro filhos: Marcelo Luíz, Fernando, Rodrigo e Alexandre.
Matias Kohler sempre trabalhou na Kohler Tinturaria, empresa da família. Seu pai Erico e tios [Paulo e Alois] fundaram a empresa que completou 70 anos em 2019. Em 2001, começou uma nova união com Patrícia Heiderscheidt com quem tem sua filha mais nova, Clara Maria.
melhor prefeito, sem dúvidas, que GUABIRUBA já teve!!! que continuem no mesmo rumo e ritmo, continuando a fazer nossa cidade ainda melhor e referência regional!!!