A noite de sábado, 5, foi marcada por uma tragédia em Brusque. O motoboy Divaldo Oliveira, de 28, anos, morreu ao ser atingido por um carro na rua Maximiliano Furbringer, no bairro Jardim Maluche. O motociclista estava trabalhando no momento em que sua moto, modelo Fan 125 vermelha, foi atingido por um Gol branco. Ele estava caído sobre a pista e aguardando atendimento. Um outro motociclista havia colocado sua moto a uma distância para avisar de que havia um acidente, porém não foi suficiente para parar o condutor do Gol. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o motorista, de 45 anos, que atingiu Divaldo, estava sob efeito de álcool.
O teste do bafômetro realizado no motorista acusou 0.58mg/l, o que aponta embriaguez. Ele foi preso em flagrante e posteriormente conduzido a Unidade Prisional Avançada (UPA) de Brusque e deve responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor.
A morte de Divaldo causou comoção na região e alguns motociclistas e motoboys se reuniram em frente a sede da Delegacia de Polícia para pedir rigor da justiça no caso da morte de Divaldo. Andrian Christian dos Santos, de 23 anos, é motociclista desde os 18 anos e atualmente trabalha como motoboy em Brusque e Guabiruba. Ele conhecia Divaldo e chegou a participar das manifestações.
O motoboy conta como conheceu o amigo e sobre o choque que a morte do colega de profissão causou. “Conheci o Divaldo por meio de outro amigo meu na época em que ele estava na direção de um pub em Brusque. Depois de muito papo fizemos uma amizade muito bacana. Quando soube do ocorrido entrei em choque, foi e ainda esta sendo difícil de acreditar que o perdemos”, conta Adrian.
O motoboy participou da manifestação, que trouxe um sentimento maior de união para a classe. “O sentimento que fica é de união, que a massa proletariada é maior e unida pode cobrar e até parar um país. A união de todos os motoboys de Brusque e até de Guabiruba foi muito bacana e deixa claro o luto e a cobrança por justiça em nome de Divaldo, que teve sua vida tirada por imprudência”, diz ele.
Ele completa: “Espero de coração que o mínimo seja feito, que a justiça seja feita e que o cidadão pague pelo que fez e que sirva de exemplo pra todos que bebida e direção não combinam”.