Nivert Imhof, 66 anos, conduz a empresa Tecebem, que em 2020 veio para Guabiruba

Nivert Imhof, 66 anos, é proprietário da Tecebem, empresa que em janeiro de 2020 comemorou 30 anos de atividades com a inauguração do seu novo parque fabril na rua Europa, bairro São Pedro, em Guabiruba.

A empresa nasceu do sonho de dois irmãos em ter o negócio próprio: Nivert e Ismar. O primeiro tinha conhecimento em contabilidade. Concluiu o segundo grau no Colégio São Luiz, de Brusque, em técnico em contabilidade. Graduou-se em Ciências Contábeis pela FURB-Blumenau, em 1977. Foi contador da Metalúrgica Brusque por 16 anos e gerente administrativo/financeiro da Quimisa por 14 anos. Já o irmão Ismar era experiente no ramo têxtil.

O conhecimento, iniciativa e esforço dos dois fez com que em 2 de janeiro de 1990 nascesse oficialmente a Tecebem. Durante a cerimônia dos 30 anos, Nivert Imhof disse que os anos seguintes ao surgimento da empresa foram de lutas, amor pelo trabalho e vontade de vencer. Não sozinhos, mas com a ajuda dos funcionários, fornecedores e clientes.

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Em 2015, ele adquiriu a parte da empresa do seu irmão e começou o planejamento para a construção do novo parque fabril, que acabou sendo em Guabiruba, cidade que abriga cerca de 90% dos seus funcionários.

O empresário destaca o apoio que obteve do governo municipal quando procurou o prefeito Matias Kohler e o vice Valmir Zirke em relação ao acesso público da via. Também a afinidade cultural com Guabiruba. “O povo é trabalhador e honesto. Laços sentimentais me unem a essa cidade: aqui nasceram minhas duas avós”, lembra ele, ressaltando ainda que seu pai, Arnaldo, que era construtor, construiu a igreja Matriz nos tempos do padre Matias Engel.

Seu Nivert é casado há 25 anos com Sonia Maria Gianesini Imhof.  Do seu primeiro casamento com Maria Celina Vidotto Imhof (falecida), teve três filhas: Betina, Beatriz e Bruna. Possui cinco netos: Caroline, Bernardo, Joaquim, Benjamim e Júlia.

A seguir você confere a entrevista com o empresário, que – entre outros temas – avalia o cenário atual frente à pandemia da Covid-19.

 GZ: Como surgiu a Tecebem e quais suas áreas de atuação?

Nivert Imhof: A Tecebem surgiu na época da abertura dos mercados pelo presidente Collor. As grandes empresas têxteis aqui no Vale fecharam, criando oportunidades para pequenos empreendedores. A mão de obra era farta e qualificada. Meu irmão e eu sempre tivemos o desejo de abrir um negócio e a ocasião certa foi aquela. Começamos com teares planos, fabricando felpudo, mais tarde migramos para a malha.

 GZ: O que motivou a vinda da empresa para o município?

NI: Inauguramos nosso novo parque fabril na Guabiruba, quando a Tecebem completou 30 anos de atividades. Antes funcionávamos no mesmo bairro, mas em Brusque. Quando abrimos a sociedade, meu irmão ficou com os imóveis e eu com a empresa. Queria construir minha própria sede e optamos por Guabiruba por diversos fatores, como a proximidade da residência dos funcionários, a excelente qualidade da mão de obra dos guabirubenses, o excelente atendimento pelos funcionários da Prefeitura e o apoio do prefeito e vice-prefeito, sempre solícitos e receptivos para virmos para Guabiruba.

GZ: Quantos funcionários possui a Tecebem e qual a área das instalações do novo parque fabril?

NI: A Tecebem emprega diretamente 60 pessoas, mas através de facções e outros serviços terceirizados, o total de empregos gira em torno de 150 pessoas. Temos 9.000 m² de instalações.

 GZ: Depois de anos de êxito, muitas empresas familiares declinaram. No que consiste a vitalidade da sua empresa?

NI: Uma empresa deve ser tratada como empresa, visando lucratividade, não uma instituição que visa assentar interesses dos familiares e agregados. A competência e o mérito devem ser privilegiados. A democracia não funciona numa empresa e numa família. É necessário um comando forte. Esta é nossa filosofia e tem dado certo.

GZ: Em 17 de janeiro, dia na inauguração da empresa em Guabiruba, provavelmente se esperava um 2020 diferente. O que precisou ser adaptado no planejamento da empresa frente à pandemia do novo coronavírus?

NI: Sempre fomos otimistas e nestes 30 anos passamos por inúmeras crises, sempre saindo vencedores. Temos duas atividades bem distintas: a fabricação de malhas para revenda e a confecção de artigos para cama em malha, onde somos os pioneiros em Brusque. Quando uma atividade decai, a outra é alavancada. Com a pandemia do novo coronavírus, caiu muito a venda de enxovais, mas o tempo seco e frio alavancou a venda de tecidos para o inverno.

GZ: Como o senhor analisa essa pandemia no cenário atual e futuro. Há mudanças que vieram para ficar?

NI: Não acredito em grandes mudanças em função da pandemia. O que houve foi uma grande disseminação de dúvidas. O povo cansou de tanta controvérsia, logo vai esquecer e tocar a vida em frente. Todo ano temos uma epidemia diferente, como a peste suína, aviária, aftosa, cólera, HIV, dengue, chicungunha, sarampo, etc. A pandemia do novo coronavírus será esquecida assim que outra surgir nos noticiários.

GZ: Nesses 30 anos, a empresa sentiu um cenário parecido com o atual?

NI: Tivemos períodos piores, sempre vivemos uma grande crise. Crise de venda, inadimplência, mão-de-obra, transporte, falta de matéria prima, energia, crise de confiança, etc. O mundo convive com crises desde o início dos tempos.

GZ: O que o senhor diria para quem está à frente de pequenos, médios ou grandes empresas neste momento delicado em que vivemos?

NI: Acreditar em si mesmo, no seu potencial, trabalhar muito e gastar menos do que se recebe. Essa é a única fórmula do sucesso.

GZ: Como Guabiruba recebeu a Tecebem?

NI: Guabiruba nos recebeu de braços abertos e saberemos corresponder a esta receptividade. Queremos cumprimentar os guabirubenses pelos 58 anos de emancipação política e dizer que juntos, com muita fé no futuro e amor ao trabalho, faremos desta cidade um lar feliz para nós e para as futuras gerações.

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