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Guabiruba, 11 de maio de 2020. Há pouco mais de um ano, o guabirubense Genésio Schweigert, de 71 anos, se torna a primeira vítima fatal do município, vítima de uma pandemia que, ainda hoje, parece não ter fim.

Genésio era apenas o quinto caso da cidade e faleceu 12 dias após dar entrada na UTI do Hospital Azambuja. Naquele momento, a ficha de muitos guabirubenses realmente caiu: o coronavírus já era uma realidade na cidade.

Hoje, Genésio é uma das mais de 3700 pessoas que contraíram a Covid-19 no município. A grande maioria, em torno de 3600, já estão recuperados. Mas ele e outras 42 pessoas não tiveram a mesma sorte e se tornaram uma das quase 500 mil vítimas no país.

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Um ano e um mês após a perda da vida de Genésio, Guabiruba ainda segue sofrendo com o coronavírus. Uma doença silenciosa, mas traiçoeira, que agride com muita brutalidade a todos os perfis, sem distinção. É isso o que mostra relatório exclusivo obtido por Guabiruba Zeitung junto a Secretaria de Saúde do município.

O coronavírus em Guabiruba
Não há ainda números e informações capazes de ajudarem a ciência a entender o coronavírus sem questionamentos. A doença tem se mostrado versátil, com variantes ainda pouco conhecidas. Ao mesmo tempo, não há vítimas com um padrão ou perfil pré-estabelecido. As características do impacto do vírus se alteram conforme os países, regiões e localidades. Em Guabiruba, por exemplo, a doença tem números peculiares (Veja nos destaques)

Homens morrem mais
A cada três pessoas que morrem vítimas de coronavírus em Guabiruba, duas são homens. O vírus mata mais eles do que elas. São 29 óbitos masculinos desde o início da pandemia, contra 14 femininos.

Números que preocupam
Somente nos 6 primeiros meses desse ano em Guabiruba, morreram mais pessoas na cidade do que nos 9 meses de 2020, a partir do registro do primeiro óbito, em 11 de maio. Foram 18 casos no ano passado, com média de dois óbitos ao mês. Esse ano, ao menos três pessoas morrem em Guabiruba, por mês, vítima da doença. A média pode aumentar caso a cidade tenha novas vítimas até 30 de junho.

Março fatal
Março foi o mês com a maior quantidade de vítimas fatais de Covid-19 em Guabiruba. Foram registrados 8 casos (6 homens e 2 mulheres). Este mês, nos 20 primeiros dias de junho, já foram 4 casos. Desde o início de pandemia, somente em outubro o município passou em branco, sem o registro de novos óbitos.

Dados por idade
Entre as vítimas fatais em Guabiruba, somente uma pessoa tinha menos de 40 anos. Na outra ponta, um óbito foi registrado por pessoa com mais de 90 anos. A faixa-etária que mais morre é a de 60 a 69 anos, e a de 70 a 79, ambas com 11 casos cada. Em geral, quanto maior a faixa-etária, maior a probabilidade de óbito da vítima ao contrair a Covid-19.

Óbitos por bairro
Aymoré e Centro são os locais que concentram a maioria das mortes por Covid-19 em Guabiruba. São 16 casos, oito em cada bairro. Na sequência aparecem: Lageado Baixo e São Pedro com 7, Guabiruba Sul e Imigrantes, com 4 cada, além de Lageado Alto 3 e Pomerânia 2.

 

       Sexo masculino: 29                             

       Sexo feminino: 14                                      

       Total óbitos: 43

  • 2020 = 14 masculinos e 04 femininos
  • 2021 = 15 masculinos e 10 femininos

 

Sexo/Idade  Sexo masculino  Sexo feminino Total
0-9 anos
10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos 01 01
40 a 49 anos 04 01 05
50 a 59 anos 02 04 06
60 a 69 anos 10 01 11
70 a 79 anos 07 04 11
80 a 89 anos 06 02 08
>= 90 anos 01 01
Ano/Bairro 2020 2021 Total 
Aimoré  02 06 08
Centro  06 02 08
Guabiruba Sul 02 02 04
Imigrantes 01 03 04
Lageado Baixo 03 04 07
Lageado Alto 01 02 03
São Pedro 02 05 07
Pomerânea  01 01 02

 

 

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