Foram mais de 20 dias de isolamento social completo, exceto para serviços considerados essenciais. Muitos guabirubenses ainda permanecem recolhidos em suas casas, principalmente as crianças, que estão com as aulas suspensas. Com tanto tempo livre, o que os guabirubenses andam fazendo nesta quarentena? É isso que o Guabiruba Zeitung procurou saber.
Ivanir Hang, 52 anos, mora no Centro de Guabiruba e resumiu bem o que ela e a família mais fizeram durante esta quarentena. “O que a gente, como alemão, costuma fazer mais, principalmente neste tempo de quarentena, eu posso resumir em uma palavra: comer. Nós que estamos em casa, primeiro colocamos a casa em dia, limpando e deixando tudo em ordem e depois partimos para fazer muita comida boa. Então, você começa a pegar o livro de receita que era da sua mãe, busca fazer a cuca caseira. Com a Páscoa, fazemos a amêndoa caseira para comer assistindo televisão. Como não podemos sair, a gente vê televisão e come”, conta a guabirubense.
Já Jeane Riffel, 20 anos, que estuda nutrição na Uniavan de Balneário Camboriú, tem dedicado o tempo livre a manter em dia as tarefas e cursos extras relacionados à faculdade, além de curtir um pouco mais a família. “Na minha perspetiva, é importante nesse período a gente manter a calma, procurar informações verdadeiras e descartar as fake news. Nesse tempo de quarenta estou em casa, pois a empresa onde trabalho está fechada seguindo o decreto, estou me mantendo ocupada diariamente com diversas atividades, principalmente as relacionadas à faculdade como trabalhos, aulas online, cursos onlines que estou realizando. Esse tempo “livre” em casa com meus pais intensificou nossa relação e me manteve menos preocupada por poder compartilhar as minhas ideias”, conta a estudante.
Jeane destaca também o cuidado com a saúde neste período. “Venho cuidando da minha saúde de diversas maneiras, com atividades físicas, alimentação e crenças religiosas. Dividir minhas aflições com alguém de confiança me ajuda e me deixa menos preocupada com essa situação que estamos passando, nesse momento tão delicado”, destacou a moradora do bairro Guabiruba Sul.
A empresária Malu Giusto, uma das proprietárias do Sítio do Sol, tem aproveitado o tempo livre para se manter otimista e realizar as manutenções eventualmente necessárias no hotel. “Nos reinventamos diariamente, visto que o nosso setor ainda permanece 100% fechado! Pescamos, fazemos benfeitorias para o hotel e estamos trabalhando nosso site, redes sociais e fazendo um novo planejamento estratégico para depois que tudo isso passar. Não podemos parar! Logo, logo sairemos, dessa”, enfatiza Malu.
A costureira e professora de Zumba, Marise Bormanieri, de 35 anos, tem duas filhas e teve que adaptar bem a rotina para brincar e entreter as crianças. “Eu já trabalhava em casa como costureira e à noite dava aulas de ritmos e zumba, quando iniciou essa quarentena procurei fazer bastante atividades com minhas filhas e meu esposo, como brincadeiras, assistir filmes e até exercício físico, pois eu faço faculdade de educação física e já aproveito para pôr em prática. A rotina está um pouco fora, vamos dormir mais tarde e acordamos mais tarde também, estou aproveitando bastante minha família, ansiedade está bem controlada, mas em compensação ando comendo um pouco mais, pois de vez em quando tem uma receita diferente em casa”, conta.