A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) gerou dificuldades em todos os setores e atrapalhou as empresas de chocolates que se preparavam para a Páscoa. Todo o planejamento que começa bem antes do coelhinho aparecer, teve que ser remanejada e adaptada a uma nova realidade.
Andrei Paza, um dos administradores da loja de chocolates Vô Paza, situada no bairro Jardim Maluche, em Brusque, afirma que foram muitos os desafios que ele e sua equipe enfrentaram diante da paralisação imposta pelos decretos municipais e estaduais: o primeiro deles foi o cancelamento das encomendas.
“Tivemos uma diminuição tanto na fabricação quanto nas vendas que chegou à 40%. A procura agora próximo à Páscoa aumentou, mas em relação ao ano passado diminuiu sim. Antes os alunos davam às professoras, colégios pediam, alguns funcionários da prefeitura, muitos colégios cancelaram, empresas também, diminuiu bastante”, comenta Paza.
Segundo o empresário, a produção e compra de matéria prima para os ovos de chocolate começaram bem antes de toda a pandemia se instalar no mundo, por isso, muitos produtos não sofreram interferência nos valores, mas outros materiais acabaram tendo que ser reajustados, além do número de contratações temporárias que também foi reduzida.
“Nós não aumentamos os valores em todos os produtos, apenas em alguns que tiveram um acréscimo na matéria prima. Nós iríamos contratar dez colaboradores temporários, mas diante da pandemia contratamos apenas duas pessoas”, salienta Paza.
Cuidados redobrados
A higiene na fábrica e loja dos chocolates Vô Paza já eram algo rigoroso, com as exigências do Ministério da Saúde e o perigo da Pandemia foi redobrado. “Na loja física, estamos tomando todas as medidas de segurança necessárias, as pessoas entram pouco a pouco, mantemos a distância de 1,5 metros. Já tínhamos um padrão de limpeza bem rigoroso e intensificamos ainda mais”.
Paza completa destacando a disponibilidade de álcool gel e redução no número de funcionários ao mesmo tempo na fábrica. “Temos álcool disponível em todos os espaços, reduzimos consideravelmente o número de funcionários na fábrica também. A fábrica ficou cerca de duas semanas totalmente fechada, sem produção, porque ovos de Páscoa após a Páscoa não se vende praticamente nada”, enfatiza.