O talento pode ser a essência do sucesso de qualquer profissão, mas muitas vezes ele precisa de um empurrãozinho para se manifestar. Foi o que aconteceu com Patrick Luchesi, 24 anos. Desempregado e com dificuldade para retornar ao mercado de trabalho, resolveu abrir a schocoterapia e se dedicar ao que sempre gostou: cozinhar.

No bairro São Pedro, Micheli Carolina Coronneti, 35 anos, fazendo enxoval para o filho percebeu que as pessoas gostavam do que ela criava. E assim, o patchwork começou a complementar a renda da família. Como ela e a idealizadora do Laços Bella Bambina, Simone Habitzreuter, de 36 anos, há outras artesãs na cidade.

Há 15 anos, Marilise B. Teixeira estava com filho pequeno, não queria sair para trabalhar e precisava ganhar um dinheirinho. Começou a pintar em casa. Nunca mais parou. Quase com o mesmo período de experiência está Edir Krempel, a mulher do crochê de Guabiruba, que está criando um grupo para unir todas as crocheteiras do município. Já são oito.

- Publicidade i -

E para quem “só acredita lendo”, é hora de ler a matéria até o final e conhecer o sebo da professora Marcia Moreira, que mora em Guabiruba há dez anos.

Artes da Mih 

Micheli Carolina Coronneti, 35 anos, é moradora do bairro São Pedro

Trabalha com artesanato diversificado, desde enxoval para bebê, toalhas e kits. “Comecei a fazer quando fiquei grávida do meu bebê mais novo. Acabei pegando o gosto. Eu sempre fiz alguma coisa para casa, como toalhas, enfeites, sempre gostei de artesanato. Tentei crochê, bordado, pintura, mas acabei me achando no patchwork”, conta Micheli, que trabalha fora e acaba produzindo suas encomendas nos horários que está em casa.

Edir Krempel

O primeiro contato com o crochê, a moradora do bairro Aymoré, Edir Krempel, teve na escola. O segundo, com uma antiga vizinha no 10

Edir Krempel faz crochê há 12 anos

de Junho, onde morava.  “Eu ia na casa dela para aprender e fui fazendo”, comenta. Quando sua sogra ficou no hospital, Edir fazia companhia enquanto crochetava. “Comecei a tirar modelo dos livros e revistas. Comecei a gostar e não parei mais”, afirma, mostrando os amigurumis que estão na moda e bastante procurados atualmente. “Estou fazendo os bichinhos, bonecos. Sempre precisa renovar, nunca pode ficar parado. Tem que procurar novidades. Eu faço cursos, quero aprender a fazer roupas e já estou me preparando”, declara. Edir sempre participa de todas as feiras e diz que uma de suas maiores alegrias é quando o cliente gosta do que encomendou. “Sinto aquela alegria. Eu amo quando eles gostam”, confidencia.

Laços Bella Bambina

Quando sua irmã comprou um laço para a filha, há três anos, Simone Habitzreuter não acreditou que o valor era aquele mesmo. Na mesma hora disse que ela mesma faria os laços para

O preço dos laços para bebês despertou em Simone Habitzreuter a iniciativa em produzi-los

a sobrinha. “Comprei fita, material, fiz e deu certo”, revela. “Comecei a divulgar nas redes sociais para as amigas e a vender”, completa. Simone, como as demais artesãs, utiliza as redes sociais e a internet para vender seus produtos. Trabalha em horário comercial em uma empresa de roupa feminina e produz os laços no tempo vago. Além de laços para recém-nascidos, possui tiaras, arcos e adornos para o público infantil.

Marilise B. Teixeira

Na rua Nicolau Schaefer, Imigrantes, vizinha do pelznickel, mora Marilise B. Teixeira, professora de artesanato. Há 15 anos ela cria lindas peças e há 13 ensina outros a fazerem o mesmo. No início, sem redes sociais, era o boca-a-boca que fazia a propaganda do seu trabalho. Hoje ela ministra aulas na Fundação Cultural e oferece cursos particulares. “Faço tudo que for de madeira, desde kits para bebes, bandejas, abajur, porta fraldas, kits para cozinhas, quadros. Normalmente as alunas chegam e dizem: quero aprender a fazer isso. E nós vamos desenvolvendo”, diz. Pintura na técnica alemã, country, pintura de ovos são algumas das formas utilizadas por Marilise.

Shocoterapia

Patrick Luchesi, 24 anos, morador do bairro São Pedro, sentiu dificuldades em encontrar um emprego após ser demitido. Uniu dois gostos: o de cozinhar e o de chocolate. Da mistura nasceu a schocoterapia. “Adoro cozinhar, adoro doce e pensei porque não tentar? Ainda trabalho fora, mas penso em viver somente disso”, fala. “Tem gente que não sabe que a schocoterapia é de Guabiruba e tem possibilidade de encomendar. Nas feiras aproveito para divulgar”, detalha.

Só acredito lendo

Acostumada com sebos em São Paulo, a professora Marcia Moreira veio para Santa Catarina há 18 anos. Em Brusque, teve o sebo da Lurdes e em Guabiruba montou o Só Acredito Lendo, que fica ao lado da Prefeitura Municipal. “É um local onde se consegue adquirir livros por um preço diferenciado”, diz ela, que mora no bairro Guabiruba Sul e ministra aulas na Carlos Maffezzolli, em Guabiruba, e na Padre Lux, em Brusque.

A loja começou com vendas apenas pela internet, passou para o espaço físico e segue para as feiras. Seu nome surgiu de um projeto de revitalização da biblioteca da escola Feliciano Pires, onde a professora lecionava. “Como estava próximo da aposentadoria, eu pensei em fazer algo novo e disso surgiu o Só Acredito Lendo. Procurei orientações no Sebrae de como montar uma empresa”, relata.

Além da compra de livros, é possível fazer troca na Só Acredito Lendo

Deixe uma resposta

- Publicidade -
banner2
WhatsAppImage2021-08-16at104018-2
previous arrow
next arrow