Osnir Schlindwein

Professor Osnir Schlindwein fala sobre educação, esporte e sua trajetória profissional

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O Guabiruba Zeitung conversou  com o professor Osnir Schlindwein (70). Casado há 42 anos com Vanilde Heil Schlindwein, pai de Estêvão e avô de Manuela (1), ele é formado em Pedagogia (1973), pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Vale do Itajaí e em Estudos Sociais (1975), pela mesma faculdade. Também concluiu o curso de Direito (1980), pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Vale do Itajaí.

Além de atividades desempenhadas no setor público como chefe de Gabinete do Executivo e na educação, atuou por quase uma década na área financeira da Estamparia Cores & Tons Ltda. 

Dr. Osnir também participou do processo de gravação do Hino do Município de Guabiruba, culminando com o lançamento do CD do Hino, em 2004, na Câmara Municipal. “Esse processo somente foi possível graças às efetivas atuações do maestro José Nilo Valle (autor do Hino), da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, da Associação Cultural e Coral Cristo Rei e do regente Eusébio Nicolau Kohler”, conta ele, que presta assessoria à Associação Hospitalar de Guabiruba e à Associação Cultural e Coral Cristo Rei. 

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Confira os principais trechos da entrevista: 

O Senhor foi diretor de escola por muitos anos. Como avalia a educação hoje em Guabiruba?

Fui diretor do Colégio João Boos por mais de 23 anos. Tínhamos uma grande equipe de trabalho, formada por professores, funcionários e demais servidores. Nossos alunos foram nossos parceiros nesta tarefa de ensinar e aprender. Não posso deixar de destacar a atuação das nossas famílias, que apoiavam a unidade escolar, sempre que solicitadas. Quanto à educação em Guabiruba nos dias atuais, entendo que a administração municipal procura tudo fazer, objetivando a melhoria do processo educacional, dentro de seus limites legais.

Na sua opinião, de que forma a pandemia de Covid-19 vai refletir na qualidade da educação em curto e médio prazo?

No meu modesto entendimento, o maior prejuízo que a pandemia está trazendo e trará, num futuro bem próximo, foi a falta das aulas presenciais. Você podia ir com seu filho para supermercados, lojas, bancos ou outros locais, mas ele não podia participar das aulas presenciais. Sabemos do esforço dos professores e dirigentes dos estabelecimentos de ensino, para que o aprendizado à distância fosse o melhor possível. Mas convenhamos, nada substitui o contato entre professor e aluno na sala de aula.

O senhor foi um dos idealizadores dos jogos comunitários de Guabiruba. O que lhe motivou?

Minha convivência com o esporte guabirubense começou no ano de 1971, ocasião em que foi realizado o primeiro campeonato municipal de futebol. A decisão daquele certame ocorreu no antigo Estádio Luiz Imhof, no centro da cidade, com a vitória do Continental sobre a equipe do São Pedro por contagem mínima. Com o correr dos anos, outras competições foram acontecendo. A criação dos jogos comunitários foi apenas o coroamento destas sucessivas atividades esportivas. Os primeiros jogos comunitários foram disputados entre 8 e 13 de junho de 1998 envolvendo nove modalidades, enquanto na edição de 2019, entre 9 de março e 1º de junho, atletas participaram em 38 modalidades, nos naipes feminino e masculino. Em 2002, deixei de promover eventos esportivos na cidade e comecei a me dedicar à Coordenação de Esportes do bairro Aymoré.

A educação e a advocacia são áreas afins? O senhor ainda atua como advogado?

Acredito que sim. Você como professor procura outras áreas do conhecimento, para aprofundamento de sua profissão, para melhor exercer sua atividade docente. O mesmo acontece na área jurídica. Tanto na educação como no direito as alterações na legislação são constantes. Somente a nossa Constituição Federal já possui mais de 100 emendas. Eu fui aposentado no magistério público estadual no dia 14 de dezembro de 2000. Por sinal, naquela noite presidi a formatura da 33ª turma do Ensino Fundamental e da 13ª turma do Ensino Médio. Eu ainda atuo na advocacia, especificamente na área de sucessões, que envolve testamento, inventário, partilha e temas afins.

Quais as principais mudanças na educação de quando o senhor iniciou na carreira a de quando encerrou a vida docente?

Iniciei minhas atividades no magistério em 1970, no Grupo Escolar Professor João Boos, estabelecimento em que trabalhei durante mais de trinta anos. Ainda lecionei na Escola Isolada de Planície Alta, no ano de 1973, e nas Escolas Reunidas Padre Germano Brandt nos dois anos seguintes, escola de onde eu saí para dirigir a Escola Básica Professor João Boos, em novembro de 1975. Já coloquei anteriormente que a educação sofreu muitas mudanças nesse longo trajeto. O aluno respeitava o professor. A família apoiava a escola. Hoje infelizmente o aluno agride professor em sala de aula, num grave desrespeito à autoridade do profissional da educação. 

E as transformações de Guabiruba?

Todos os administradores municipais procuram tudo fazer para honrar a decisão da população, que os colocou na direção do Poder Executivo, com o apoio do Poder Legislativo, a quem cabe legislar em benefício dos munícipes. Guabiruba passou por um forte período de desenvolvimento nos últimos oito anos, não menosprezando as administrações anteriores.

O senhor foi chefe de gabinete. O que evidencia desta experiência?

Sim, ocupei a função de Chefe de Gabinete do prefeito Matias Kohler e do vice-prefeito Valmir Zirke, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. Já havia desempenhado tal função entre janeiro de 2001 e dezembro de 2004, na administração Guido Antônio Kormann e Valério Gums. O Chefe de Gabinete atua junto a diversas esferas da administração, no auxílio aos secretários municipais, na ligação com o Poder Legislativo e outras atividades correlatas, que norteiam a tarefa de assessorar o Chefe do Poder Executivo.

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