Os vereadores suplentes, Denise Fernandes Fischer e Clóvis Jeske (Progressistas), assumiram cadeira no Poder Legislativo por 30 dias a partir da sessão ordinária de terça-feira (3). Eles assumem no lugar dos legisladores titulares Ricardo J. Schlindwein e Cristiano Kormann, respectivamente, que estão licenciados por conta de um acordo realizado nas eleições, para que os suplentes pudessem representar os seus eleitores em algum período.
Clóvis, que exerce a vereança pela primeira vez, comentou que deseja fazer um bom trabalho no período em que está no legislativo. “Para mim hoje é um dia muito especial, pois posso assumir por 30 dias uma cadeira na Câmara de Vereadores. Quero fazer um bom trabalho”, frisa o vereador, que confirma sua presença nas cinco sessões, quatro ordinárias e uma itinerante, no mês de outubro.
Ele apresentou indicações de melhorias na rua Schieferbruch, pedido de passagem de caminhão pipa para amenizar os efeitos da poeira, além da inclusão de mais linhas e alteração de horário do transporte coletivo, no bairro Lageado Baixo. “O ônibus que sai 7h10, poderia sair 25 minutos mais cedo e não pegaria o engarrafamento no portal. Quem trabalha às 7h30 em Brusque, chega sempre de 15 a 20 minutos atrasado. O pessoal da escola também reclama sobre isso”, relata.
Denise Fernandes Fischer legisla na Câmara pela segunda vez. A primeira oportunidade foi em novembro de 2019. A vereadora agradeceu a oportunidade de representar seus eleitores no legislativo guabirubense e também ao marido Anderson Fischer, que a acompanha. Denise garantiu que está à disposição da comunidade para apresentar as demandas para a administração municipal.
Ela também ressalta a sua participação no legislativo e destaca que qualquer pessoa com deficiência pode exercer uma profissão. “Sou deficiente visual total, perdi a visão com 12 anos. Tenho glaucoma. No estudo, na época na escola, não havia atendimento especial, hoje já tem. Na minha época foi muito difícil, mas consegui concluir o ensino médio. Sou casada, mãe de duas meninas e quero expressar na minha passagem como vereadora, que a pessoa com deficiência visual pode sim trabalhar e ter uma vida normal”, destaca.
Favoráveis
O requerimento 22/2023 do vereador Wagner Fischer Westarb (MDB), que solicita ao Executivo a informações sobre a quantidade de cuidadores escolares, foi aprovado com oito votos favoráveis. “Peço a aprovação dos colegas para sabermos informações sobre a categoria dos cuidadores. Recebemos um projeto (do Executivo) para a contratação de mais. O requerimento é para sabermos como está a adequação do município perante essa questão dos cuidadores”, completa.
De acordo com o presidente da Casa, vereador Waldemiro Dalbosco, o projeto 4/2023, baixado para as Comissões de Legislação, Justiça e Redação Final e Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social, vai permanecer em tramitação até que o Executivo responda o requerimento 22/2023, já que são matérias com teor relacionado.
Igualdade
O vereador Wagner usou a tribuna para comentar a sua frustração em relação ao projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados contrário ao casamento homoafetivo no país. “É inacreditável como a felicidade de algumas pessoas afeta a vida de outras. O que isso interfere na vida do próximo? O artigo 5º da Constituição diz: o direito à liberdade, à igualdade, à segurança, enfim. Porque o direito de um não pode ser o direito de outro? Onde há erro nisso?”, questiona.
A vereadora Maria Simone Fischer (MDB) também comentou sobre o assunto. “Num país onde existem 5.570 municípios, onde tem muitas coisas erradas acontecendo há muito tempo e coisas muito importantes as quais se deve legislar, as pessoas se preocupam com a vida e a felicidade dos outros?”, observa.