Foto: Olga Luisa dos Santos/Divulgação

 

O empreendedorismo social tem ganhado ao longo dos anos espaço e atenção dos novos e futuros gestores no Brasil. Segundo a edição de 2021 do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, realizado pela plataforma Pipe.Social, o Brasil possui 1.272 negócios de impacto social e ambiental e, por isso, o tema tem emergido na universidade.

Gerenciar um empreendimento que tem como missão melhorar a sociedade, tem suas particularidades e, foi com o intuito de abordar esse tipo de gestão que os acadêmicos de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais da UNIFEBE desenvolveram neste semestre, na Curricularização da Extensão, o projeto Empreendedorismo Social, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Brusque – APAE.

- Publicidade i -

De acordo com o coordenador dos cursos, professor Günther Lother Pertschy, o intuito da atividade era desafiar os estudantes a utilizarem seus conhecimentos em prol da APAE. Para isso, os acadêmicos observaram as principais dificuldades da instituição na área da gestão e a partir das demandas apresentadas pela própria APAE, foram instigados a pensar em soluções para a ampliação de receita e ações de marketing.

Divididos em 20 equipes orientadas por professores, os acadêmicos desenvolveram suas propostas. As sugestões levaram em consideração as experiências compartilhadas pelo instituto OMUNGA, na palestra com Roberto Pascal, na palestra virtual com Shirlei Monteiro e Maicon Canever sobre a Incubadora Social ABADEU, e as informações repassadas pelo presidente e pela diretora da APAE de Brusque, Renato Roda e Valdete Battisti Archer.

Com os dados em mãos, as equipes participaram de três dias de hackathon, com um dia voltado para a ideação do projeto, outro para a estruturação e, por fim, o pitch, com uma apresentação de suas propostas para uma banca avaliadora composta por professores e membros da diretoria da APAE.

A equipe do acadêmico de Administração, Hian Vinicius Bittencourt Melo, teve sua proposta escolhida como vencedora do desafio. “Nosso grupo desenvolveu uma camiseta com uma estampa exclusiva, que fizesse as pessoas a terem não só interesse em adquirir para ajudar a APAE, mas também por gostar da peça. Pensar em formas de ampliar a receita e compartilhar essas ideias com colegas de outros cursos foi um desafio, mas ao mesmo tempo gratificante”, salienta.

Antes de conhecer a realidade da APAE, o acadêmico de Processos Gerenciais da Unifebe, Paulo Henrique Staub, não sabia o verdadeiro papel da instituição na sociedade. “Como estudantes, vivenciar esse contato com um cliente real, com uma função tão nobre quanto a APAE de Brusque, nos ensina de diversas formas. Um aprendizado que vai além da nossa formação profissional”, enfatiza.

Todas as equipes envolvidas no projeto de curricularização foram parabenizadas pela APAE, que entregou ao grupo vencedor um troféu feito pelos próprios usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Brusque. Na oportunidade, o presidente Renato Roda também entregou o troféu ao representante do curso de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil, pelo desenvolvimento do projeto da praça inclusiva, realizado na edição desse ano do Executa Unifebe.

“Temos o desejo de que os projetos sugeridos pelos acadêmicos da Unifebe sejam postos em prática em nossa instituição. Essas ações contribuem para que consigamos atender mais e melhor os nossos usuários. Todos estão de parabéns e esses projetos são frutos de uma parceria que está apenas começando entre a APAE e a Unifebe”, enalteceu.

Ao entregar os troféus, a gestora da APAE de Brusque, Rosecler Ceratti Foletto, lembrou que a instituição está de portas abertas para receber os estudantes. “Queremos agradecer pelo carinho e cuidado com que vocês pensaram em nossa APAE. O envolvimento de vocês engrandece o nosso trabalho e aproxima a comunidade em geral do nosso propósito. Muito obrigada”, reconheceu.

Os troféus de premiação dos projetos de curricularização dos cursos de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais, e da equipe vencedora do Executa foram feitos pelos usuários da APAE, com materiais recicláveis, azulejos e tintas, durante as aulas de Arte na instituição.

“Que bom que nós Unifebe temos a oportunidade de ser extensão, de levar para a comunidade o nosso melhor e de fazer a diferença. Nunca saímos iguais desses processos, pois aprendemos muito com o outro e nos tornamos pessoas ainda melhores. Muito obrigada APAE de Brusque, por possibilitar essa incrível troca entre os nossos acadêmicos e a sua instituição”, retribuiu a reitora, professora Rosemari Glatz.

Agora, o desejo dos cursos de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais é dar continuidade aos projetos apresentados para a APAE, aplicando diversas atividades nas disciplinas do próprio curso. “Nosso objetivo é que o acadêmico aprenda o quanto ele pode contribuir com aquilo que ele vem buscando como formação, e de forma profissional, com um olhar de gestor, auxiliar a instituição a evoluir”, concluiu o coordenador, professor Günther.

Além do troféu, a equipe vencedora do projeto de Empreendedorismo Social recebeu um kit preparado pela OMUNGA.

Curricularização da Extensão

Constituída por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.

De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo. As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou a ser implantada pela Unifebe no primeiro semestre de 2020, com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Neste semestre, estudantes da 2ª e 4ª fase participaram das intervenções.

O pró-reitor de Graduação Unifebe, professor Sidnei Gripa, explica que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes, promovendo intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.

Por meio de projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, a Curricularização da Extensão articula ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “O estudante contribui com a comunidade por meio de atividades relacionadas à sua formação universitária, oportunizando, assim, um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, destaca Gripa.

As atividades desenvolvidas presencialmente, neste semestre, seguiram todos os protocolos de segurança em saúde.

Deixe uma resposta

- Publicidade -
banner2
WhatsAppImage2021-08-16at104018-2
previous arrow
next arrow