Entre os dias 27 de outubro e 09 de novembro, a Secretaria de Meio Ambiente realizou passeios com os alunos dos 9º anos da Escola Arthur Wippel, Escola Pe. Germano Brandt, Escola Carlos Maffezzolli e Escola Anna Othília Schlindwein. O local foi na trilha nas Minas de Ouro Abandonadas, localizadas no bairro Lageado Alto.
O passeio foi realizado através de um trabalho de conscientização ambiental, onde os alunos puderam conhecer a Mata Atlântica, os rios Braço e Cristalina, e visitar uma das Minas de Ouro Abandonadas da região. O trabalho de conscientização foi promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e conduzido pelos guias Ivo Leonardo Schmitz e Fernanda Rezini da Associação de Ecoturismo, Preservação e Aventura do Vale do Itajaí (ASSEPAVI).
Para Bruna Eli Ebele, secretária do Meio Ambiente “As atividades de Educação Ambiental com a Rede Municipal de Ensino são realizadas anualmente desde 2015, mas teve uma pausa no período de pandemia. A trilha até às Minas de Ouro Abandonas é um lugar muito belo, de fácil acesso e no interior do Parque Nacional da Serra do Itajaí. Durante a trilhas os alunos conseguiram ter um contato ótimo com a natureza e com as belezas que Guabiruba nos oferece, até mesmo uma pausa para um banho gelado nas águas do Rio Cristalina.”
“Após 2 anos parados por causa da pandemia, voltamos a normalidade e conseguimos realizar a sensibilização ambiental. O objetivo deste projeto, é aproximar os jovens da Natureza, apresentando a eles não só um grande atrativo turístico de nossa necessidade, mas instruindo para um correto uso deste ambiente. Esperamos construir pessoas melhores para nosso mundo. Levando as pessoas para o coração da Mata, e a Mata pro coração das pessoas”, ressalta Ivo Leonardo Schmitz, guia da ASSEPAVI.
A História das Minas de Ouro em Guabiruba
Um dos pontos turísticos mais visitados de Guabiruba guarda uma história bastante curiosa. Na década de 1980, a mineradora Auropaula, do Rio de Janeiro, decidiu investir na extração de ouro em território guabirubense, mais precisamente no Bairro Lageado Alto.
Por dois anos, Domingos Pontaldi foi um dos funcionários da empresa, junto com o cunhado Venâncio Celva. Eles foram os que abriram as trilhas e as próprias minas. Depois de delimitar as picadas que levariam aos locais de exploração, a rocha teve que ser dinamitada para a abertura das grutas de onde seriam retiradas, com picaretas, as pedras com o ouro.
De cada tonelada de rocha, eram extraídos cerca de 15 gramas de ouro, e cerca de 15 pessoas trabalhavam nas minas todos os dias.
As rochas extraídas no Lageado Alto eram carregadas brutas em uma caçamba e levadas até Canelinha, onde então seria feita a separação de todo o material e o ouro. Com o tempo, vários fatores desestimularam os investimentos nas minas. Entre os mais relevantes estavam a grande quantidade de mercúrio necessária para a extração do metal, o que acabava poluindo os cursos d’água do local e a pouca quantidade de ouro encontrada por tonelada de rocha extraída, rendendo baixa lucratividade à empresa.
Com isso, as trilhas e grutas acabaram ficando abandonadas tornando-se, com o tempo, um atrativo turístico que reúne história, curiosidades e belezas naturais. O local é de fácil acesso e hoje recebe o nome de Minas Abandonadas, recebendo visitantes o ano todo.
Confira as fotos do passeio