Na sessão da Câmara de Vereadores de Guabiruba na terça-feira (17), a segurança nas proximidades da Escola Municipal Paulo Schmidt, localizada no bairro Pomerânia, voltou a ser tema de discussão. O vereador Osmar Vicentini Filho utilizou a tribuna para alertar sobre os constantes transtornos causados por um morador ao lado da instituição, que nos últimos dias voltou a incomodar a paz local.
Em sua fala, o vereador trouxe à tona preocupações referentes à segurança das crianças e profissionais da escola, rememorando um trágico evento ocorrido em Blumenau, em 2023, onde quatro crianças foram mortas em uma creche. “A gente sabe o que acontece aquela vez em Blumenau, quando aquela pessoa pulou o muro e matou aquelas crianças”, relembrou, destacando o medo de possíveis consequências graves.
Relatos de moradores indicam que o vizinho frequentemente solta rojões e faz ameaças. O parlamentar destacou o temor da comunidade perante tal comportamento: “O que dá medo, é que não se sabe o que ele pode fazer. Se na hora que ele solta um rojão, ou faz ameaças, passa uma criança e machuca, fere a criança? Quem vai ser o responsável?”, indagou.
Vicentini fez um apelo às autoridades para que medidas urgentes sejam adotadas: “Peço encarecidamente que se tome um deferimento, ou a prefeitura ou a polícia”. Ele sugeriu que o morador em questão poderia necessitar de cuidados especiais, mencionando a importância de um diálogo: “Talvez ele tenha um problema, um distúrbio. Tem que ser tratado, conversado. O que está em questão é a vida das crianças, dos trabalhadores, dos professores”, destacou.
Mensagens de moradores foram citadas pelo vereador, evidenciando a tensão vivida na comunidade. “A comunidade está profundamente abalada, pois os pais estão com medo. O que está em curso não é apenas um desabafo isolado, é uma série de ações que configuram uma ameaça concreta à segurança das crianças e profissionais da escola”, leu.
O vereador Jair Francisco Kohler, em um aparte, sugeriu medidas para abordar o problema. “Eu acho que deveríamos procurar os órgãos competentes e o proprietário da casa, pois segundo relatos, a casa é alugada”, afirmou.
Carlos Henrique Graf da Silva também se manifestou, revelando que a situação já havia sido relatada a ele anteriormente. “Até onde eu tenho informação, o dono do imóvel já pediu a ordem de despejo quatro ou cinco vezes. O juiz acatou a ordem, mas o cidadão ainda não saiu de lá”. O vereador comprometeu-se a dialogar diretamente com o proprietário para buscar uma solução que restaure a tranquilidade no entorno escolar.
Alexandre Felipe Pereira, presidente da Câmara, relembrou que a situação é de longa data. “Na legislatura passada, tivemos um pai representando a APP daquela escola relatando os acontecidos, que já eram corriqueiros naquela época, e que agora estão sendo novamente”, explicou. Pereira enfatizou a necessidade de ações mais contundentes, envolvendo órgãos públicos e militares. “Onde hoje esse cidadão reside, ninguém que está aqui iria residir, numa residência daquela, já que existe uma completa falta de estrutura. É até passível da vigilância sanitária fechar o local. Temos que tomar uma providência”, ressaltou.
Os vereadores reforçaram a urgência de uma solução efetiva, destacando que “já passou da conta” e que o problema deveria ter sido resolvido há tempos, visando a segurança e a paz dos alunos e profissionais da Escola Paulo Schmidt.
Foice e rojões

O homem em questão apareceu na Escola Paulo Schmidt [VEJA O VÍDEO], no dia 27 de novembro de 2024, durante um evento de natal, portando uma foice. Ele teria jogado rojões em direção à escola, onde aconteciam as apresentações dos alunos. “A polícia apareceu mas ele continua à solta. Inadmissível uma situação dessas, uma escola ter que se adaptar a um vizinho desse tipo”, destacou, na época, Eduardo Kleine, secretário da Associação de Pais e Professores da escola.
“Tivemos uma ocorrência grave ontem durante a noite natalina da escola, quando um vizinho incomodado com o evento de apresentações das crianças atacou os presentes com rojões e foguetes. Não contente com o resultado, o indivíduo retornou munido de uma foice e desferiu ameaças aos pais e criança presentes”, disse Kleine, após o ocorrido.