Quase no início do Morro de Santo Antônio, no bairro Lageado Alto, encontramos Ilma Celva, 52 anos, cuidando do jardim da casa. A residência em tons de verde vibrante é um dos endereços guabirubenses mais distantes do Centro onde chega o jornal Guabiruba Zeitung. Na casa não tem internet, nem no aparelho celular. A família se mantém informada pelas ondas da Rádio Araguaia e semanalmente pelas páginas do Guabiruba Zeitung.
“Meu filho, Pe. Eder Celva, foi quem assinou o jornal para nós e insiste para que a gente leia e se informe através da leitura. Por volta das 9h ou 10h, na sexta-feira, o rapaz que entrega chega e, quando não tem ninguém em casa, deixa na caixinha de correspondência”, conta Ilma.
Durante a conversa, a dona de casa revela que muitas das reportagens chamam a sua atenção, e por certa dificuldade, ela acaba lendo o jornal aos poucos durante a semana. Uma das notícias que mais lhe marcou recentemente foi o falecimento de Honório Dalbosco, mais conhecido como Frei Pascoal, noticiado pelo Zeitung no dia 23 de agosto.
“Até chorei quando li a reportagem. Meu filho era muito próximo a ele, uma pessoa muito querida para nossa família, me tocou bastante a morte dele”, ressalta Ilma. “Inclusive ele era irmão do Anselmo Dalbosco”, completa.
“Meu filho sempre fala que a leitura é o melhor caminho para abrir a mente, ficar mais inteligente e continuar com a cabeça ativa. Não podemos ficar parados, ele sempre me diz. Então, ou é mexendo nas atividades de casa ou é lendo alguma coisa”, salienta.
As manchetes e chamadas presentes nos jornais são os que mais chamam a atenção de Ilma Celva. “Às vezes me cansa ler o texto todo, então leio as chamadas e o início do texto, para saber as principais informações, com o tempo, vou lendo o restante”, ressalta.
Dona Ilma tem o costume de guardar os jornais e conta que seu filho, quando chega em casa, recorta as reportagens que considera mais importante.
Dona Ilma é uma das leitoras do Zeitung, que completou 10 anos no início de setembro. No dia 27, um caderno especial sobre a primeira década de existência do periódico será encartado e veiculado junto com a edição do jornal. No material, dez histórias que marcaram as páginas do Zeitung serão recontadas com o foco atual.
O jornal também pode ser assinado de forma digital.