Ultimamente, eu tenho ouvido uma frase que parece ter se tornado um mantra: “Eu não voto no partido, eu voto na pessoa.” E eu entendo a intenção por trás disso. A ideia é que a escolha do candidato se baseie em suas qualidades, em sua trajetória, em suas propostas. Mas, sinceramente, será que essa lógica faz sentido na prática? Primeiro, vamos lembrar que a pessoa em quem você está votando pertence a um partido. E adivinha? O voto que você dá a ela não é só uma troca de simpatia. Ele fortalece toda uma estrutura, um projeto político que, muitas vezes, nem sempre reflete os seus valores. É aquela história: o vereador pode ser o seu amigo de infância, mas ele não atua isoladamente. Ele está lá, dentro de um sistema, que é o partido. E os partidos têm suas ideologias, suas oligarquias, seus interesses próprios.

Você já parou pra pensar que, quando você vota em um candidato, está, na verdade, dando um empurrãozinho para fortalecer a bancada do partido dele? Isso mesmo! Os recursos que são distribuídos para campanhas, para projetos e para o funcionamento da máquina pública não caem do céu; eles vêm da força representativa dos partidos. Se o candidato que você escolheu ganha, acredite, ele vai levar junto toda a trupe do partido dele. E quem está no comando desse partido? Aqueles que, muitas vezes, você nem conhece, mas que podem estar decidindo os rumos da sua cidade, do seu estado e até do país.

E cá entre nós, quando falamos de política, a gente não pode ignorar os reais beneficiados. As velhas raposas que estão no poder há anos, moldando a política a seu bel-prazer, continuam lá, puxando as cordas. Enquanto isso, o eleitor, achando que está fazendo uma escolha pessoal, na verdade pode estar apenas alimentando o sistema que ele diz querer mudar.

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Então, antes de você levantar a mão e dizer que vai votar “na pessoa”, que tal dar uma olhada mais de perto no partido que ela representa? Quais são os princípios que regem esse partido? Ele realmente se alinha aos seus valores? E, mais importante, quem são as figuras por trás desse candidato? No caso da eleição para vereador, quem são os realmente elegíveis no partido e quem serão os suplentes? Fazer uma análise mais ampla pode parecer chato, mas é fundamental. Porque no fim do dia, o que está em jogo é muito mais do que uma simples simpatia por um rosto conhecido. Lanço aqui um desafio: dia 6 de outubro, vamos votar com a cabeça e não com o coração. No fim, a política não é só sobre pessoas, mas também sobre as ideias e projetos que elas carregam. E isso vale muito mais do que um sorriso bonito ou uma promessa vazia.

 

Mudando de assunto…

A partir deste momento, estou ativando o “modo eleição”. Semana que vem começo a trazer para vocês um pequeno panorama das urnas em Brusque e Guabiruba. Nada jornalístico, mas prometo muita análise e boa resenha. Até lá!

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