Imagem: Divulgação

Na primeira sessão Legislativa de setembro, o vereador Waldemiro Dalbosco (PP) discorreu sobre a proposta da deputada federal Carolina Detoni, que propõe reserva mínima de 30% das vagas para as candidaturas de mulheres. “Temos o péssimo hábito nesse país de cotizar as coisas e na política não é diferente. Do que adianta essa reserva se a mulher não quer participar da política?”, questionou. “Os senhores vereadores já foram ou são dirigentes de partidos políticos e sabem dessa dificuldade de fazer com que a mulher se engaje na política e participe do movimento político”, completou.

Conforme Dalbosco, o fundo partidário destinou um valor para as candidaturas femininas e um recurso específico foi canalizado para elas nas últimas eleições. “Agora criaram cotas do Fundo Partidário para candidatos negros, ou seja, estamos cotizando tudo e certamente esse não é o caminho. Se temos uma democracia, liberdade, na política não haveria necessidade desse engessamento todo por muitas vezes candidaturas a contra gosto?”, indagou.

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Ele também criticou o relator da emenda constitucional do pacto federativo no Senado, Marcio Bittar, o qual propõe criar a 25ª categoria de município excluindo as Câmaras em cidades com até cinco mil habitantes. “Se temos um modelo político administrativo com presidente, governadores, Congresso, Assembleias e Câmaras de Vereadores como ficariam esses municípios com menos de cinco mil habitantes? O prefeito faria tudo sozinho? Ele seria dono do orçamento? Não haveria contraponto como é o Legislativo? Será que o problema todo do país está nas Câmaras de Vereadores? Garanto que 99% dessas Câmaras que se pretende extinguir não tem mais de um ou dois funcionários”, disse ele, mencionando Botuverá como exemplo. “O Mario Taquini está em Botuverá fazendo o papel de único diretor. Tudo quer se jogar para as Câmaras de Vereadores, fazendo com que o vereador seja o grande vilão da situação fiscal do país. Se não for mais para ter o vereador, que se mude o modelo político ou administrativo do país, mas enquanto esse for o modelo, temos que reconhecer a importância do Legislativo, sua utilidade e transparência”, enfatizou.

Haliton Kormann (MDB) concordou. “Tem que acabar com as coisas lá em cima primeiro. Fechar o Senado. Para que ter senador? E os deputados? Deveria diminuir pela metade, mas realmente como o Waldemiro falou, sobra para os vereadores”.

Água permanece sendo tema central das discussões da Câmara de Vereadores

 

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