A vitória de Donald Trump não foi apenas a de um candidato, mas a reafirmação de um fenômeno político global que já vem sendo observado em várias partes do mundo: a reação da população contra o avanço de políticas ideológicas progressistas, que mais parecem querer redefinir a vida social e econômica sem qualquer conexão com a realidade das ruas.

Para quem acompanha o cenário político internacional, é claro que a eleição de Trump reflete um desejo profundo de muitas pessoas, especialmente na classe trabalhadora, que já não se vê representada pelas elites políticas. E, sim, antes que a esquerda comece a choramingar (já sabemos o que vem por aí), é bom lembrar: o choro é livre, mas a realidade está bem diferente da fantasia de quem acha que o mundo pode ser moldado com base em agendas ideológicas sem levar em conta a vida das pessoas comuns.

No fundo, a eleição de Trump é mais uma vitória da chamada “realpolitik”. Ele representou o pragmatismo, uma resposta a décadas de políticas que foram feitas nos gabinetes de Washington, sem escutar quem realmente trabalha, paga impostos e vê suas condições de vida se deteriorarem. O “América First” de Trump é a expressão de uma população cansada da globalização desenfreada, da imigração descontrolada e de políticas econômicas que só beneficiam uma pequena elite global. Se você olha o lado da esquerda, aplaude o “progressismo” enquanto o trabalhador americano vê sua fábrica ser transferida para a China, fica sem emprego, mas tudo bem, pelo menos a diversidade de gênero está em alta. Esse é o tipo de hipocrisia que explodiu nas urnas.

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A reação contra essa lógica não é exclusiva dos EUA. Na Argentina, o fenômeno de Javier Milei, um libertário que mistura humor ácido com uma pauta de choque contra o status quo, também foi uma resposta direta à esquerda. O povo está dizendo: “Chega de ideologia, queremos soluções reais!” E isso está se espalhando. A direita está se fortalecendo porque, ao contrário da esquerda, que insiste em deslegitimar seus adversários com uma narrativa de moralidade superior, a direita está apresentando alternativas práticas para problemas reais.

Claro, a vitória de Trump não vem sem seus desafios, especialmente para países como o Brasil, que vive um governo de esquerda e, ao que parece, se empenha em seguir em um caminho cada vez mais alinhado com ideologias que desconsideram as necessidades econômicas e sociais. Os primeiros sinais de desconexão com a realidade já estão aí: a crise econômica, o aumento da inflação e o retrocesso no setor produtivo. Tudo isso vai refletir, inevitavelmente, nas relações internacionais.

A boa notícia? A economia global é uma força volátil. Os mercados podem sentir o impacto da vitória de Trump, claro, mas a história já nos mostrou que, após um choque, a adaptação é inevitável. Alguns países vão perder, outros vão ganhar, mas no fim, a roda continua girando. O problema é quando a esquerda insiste em tentar deter essa roda com um dedo. Porque o que vemos por aí, com algumas exceções, são governos que se apegam a uma ideologia mais do que a soluções práticas.

O Brasil tem a chance de se reorganizar, aprender com os erros da última década e, quem sabe, aproveitar a onda global para fortalecer sua economia. Mas se continuar atolado em agendas ideológicas, como parece estar, a conta vai chegar. A direita no Brasil, ao menos, parece ter a agenda mais voltada para o pragmatismo, e isso pode ser a chave para o país dar a volta por cima.

O choro da esquerda é inevitável – sempre será assim. Mas a verdade é que o mundo está mudando, e essa mudança traz consigo uma nova ordem, onde as promessas de um mundo perfeito e igualitário já não enganam mais. Trump não é o salvador de todos os problemas, mas é, sem dúvida, uma expressão do desejo de um povo que quer ser ouvido de verdade. A vitória dele é apenas o reflexo disso. Eles que se acostumem: o pragmatismo chegou para ficar.

 

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