A última semana de novembro marca uma vitória histórica pró-vida. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, por 35 votos a 15, a admissibilidade da PEC 164/12, que propõe a inclusão na Constituição da inviolabilidade do direito à vida desde a concepção. Esse é um avanço significativo para a proteção da vida humana em suas primeiras etapas e uma grande vitória para todos que defendem a valorização da vida desde o seu início.
A PEC tem o objetivo de garantir que a Constituição passe a afirmar que a vida começa na concepção. Se for aprovada, essa mudança proibiria o aborto em qualquer circunstância, incluindo os casos previstos atualmente pela legislação, como quando há risco para a vida da mãe, em casos de anencefalia fetal ou quando a gravidez resulta de estupro. Para muitos, a medida é uma reafirmação da dignidade da vida humana, sem exceções.
A relatora da PEC, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), defendeu o projeto com base em argumentos científicos e éticos, destacando que a vida começa no momento da concepção e, portanto, deve ser protegida desde esse instante. Apesar da resistência de setores contrários à proposta, que argumentam que ela poderia colocar em risco a saúde das mulheres, a aprovação na CCJ é uma resposta positiva a quem acredita que a vida humana, em qualquer circunstância, deve ser preservada.
O clima da reunião da CCJ foi marcado por intensos protestos, com manifestantes invadindo a sessão e gritando palavras de ordem contra a PEC. Eles defenderam que a proposta desconsidera a autonomia das mulheres e coloca sua saúde em risco. Mesmo diante dessa pressão, a PEC passou e seguiu para a próxima fase no Congresso. A votação de ontem foi apenas o começo de um longo processo que ainda precisará passar por uma comissão especial, votação no plenário da Câmara e no Senado. Mas esse primeiro passo importante já pode e deve ser comemorado.
A aprovação da PEC na CCJ representa uma vitória simbólica para todos que defendem a vida desde a concepção, pois a mudança na Constituição teria um peso enorme. Ela não só fortalece a proteção dos fetos, mas também reforça um compromisso com a dignidade humana e com o respeito à vida, independentemente das circunstâncias de sua concepção.
Não podemos esquecer, no entanto, que a aprovação da PEC também levanta desafios importantes. Os críticos do projeto argumentam que a medida pode gerar retrocessos, especialmente em casos em que a saúde da mulher esteja em risco. É fundamental que, ao defender a vida desde a concepção, o Estado também busque políticas públicas para apoiar as mulheres em situações de vulnerabilidade, garantindo que possam levar a gravidez adiante com o devido cuidado e suporte.
A PEC 164/12, que ainda tem um longo caminho a percorrer, é uma oportunidade para reforçar a importância de políticas que ofereçam segurança e dignidade às mulheres gestantes, sem abrir mão da proteção à vida. Afinal, defender a vida desde o início não significa desconsiderar a necessidade de apoio para as mulheres, mas, sim, chamar a atenção para a importância de oferecer alternativas viáveis para que garantir uma gestação saudável e com o suporte necessário.
Essa aprovação na CCJ é um sinal claro de que o movimento pró-vida tem força no Congresso e que há um crescente apoio à ideia de que a vida humana deve ser protegida desde a concepção. Não será fácil, é claro, mas esse passo inicial é uma vitória que deve nos encher de esperança.
Agora, o trabalho continua. Vamos acompanhar de perto os próximos passos da PEC 164/12, que, se aprovada, poderá mudar a forma como o Brasil enxerga e trata a vida humana. Para todos que acreditam na inviolabilidade do direito à vida, esse é um motivo de celebração. E que essa vitória seja apenas o começo de um movimento ainda mais forte pela valorização da vida em todas as suas formas.